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ESPAÇO DE DEBATE

DEBATE 1

A QUESTÃO DOS NOVOS CONTROLOS DE TEMPO IMPOSTOS PELA FIDE

 

(ordem cronológica ascendente)

 

7) De: Rui Casas Novas - 9/3

" Queria deixar a minha opinião relativamente aos novos limites de tempo nas partidas de xadrez, propostos pela FIDE.
Primeiro, gostava de lembrar que o xadrez ficou sujeito ao relógio, a partir do momento em que se considerou que um jogo não podia durar eternamente... parece lógico que isso tenha acontecido. Daí que com a aceleração do quotidiano da vida ocidental moderna, em que não se tem tempo para nada...a medida não me parece descabida. Devemos lembrar-nos que a grande maioria mundial dos jogadores de xadrez não são profissionais e nem sequer federados... pessoas que apenas querem jogar, e que não o fazem mais porque as suas vidas pessoais não o permitem.    
  No caso portugues, é claro a quantidade de jogadores que após a sua formação e a entrada no meio profissional, se vêm praticamente, obrigados a renunciar à modalidade. Mas isto não se passa só com o xadrez! Mas em outras modalidades, estas encontram através da mediatização, um meio de continuar vivas e preencher os tempos livres destas pessoas. Será que este tipo de jogadores, maioritário, está realmente interessado em estar horas a jogar uma partida lenta ou prefere um campeonato de rápidas ou semi-rápidas? Parece claro que a segunda hipótese parece mais provável.
  No entanto, a FIDE não está certa na forma como está a seguir o processo. Nos campeonatos de alta competição estes pressupostos não existem. Aqui a qualidade de jogo deve ser preveligiada e é completamente errado a adopção destes novos controlos. Não vai ser agradável de ver os grandes GMs a dar peças e a levar mates por causa do tempo...qual a piada? Eles devem ser os modelos dos jogadores mais fracos. É pena, mas é impossivel de continuar com estes ritmos, devido à vida que levamos. Mas para quem faz vida em função da modalidade jogando ao mais alto nível, porquê amputar a imaginação desses cerébros, por uma limitação excessiva de tempo? Eu proprio prefiro uma lenta...mas sei que assim, vou continuar a jogar com os mesmos...
   A FIDE quer introduzir uma lei sem ter em conta as especificidades da alta competição e das limitações económicas de algumas federações... de onde vai vir o dinheiro para a aquisição de tantos relógios pelas associações do nosso país?
   Por isso, para mim este ritmo deve ser implantado, mas não para todas as competições (por exemplo, no campeonato nacional absoluto ou no torneio de mestres não devia sê-lo) e se a FIDE quer fazê-lo, que subsidie a aquisição de relógios...no mínimo.
Uma última achega, a FIDE estatutariamente não pode tomar esta decisão. Ainda há tempo para reformular tudo isto.
Para quem chegar ao fim deste testamento, muito obrigado pela atenção.

Rui Casas Novas"

 

5) De:  António C. Saraiva (Vila do Conde) - 22-2

"Desculpem vir tomar o vosso tempo novamente, mas não posso deixar passar em claro as provocações de um leitor, que em lugar de dar uma resposta aceitável às minhas questões, vem abandalhar este debate com uma série de asneiras. Já agora convido esse sujeito a dizer qual o seu nome verdadeiro. Tem medo de quê? A cobertura do anonimato serve para ofender as pessoas?  A ofensa é sem dúvida uma forma pouco saudável de esconder as nossas próprias fraquezas. Porte-se como um homenzinho, meu caro!

Em relação ao leitor (ou leitora) Maria da Fonte, venho perguntar o seguinte: Está preocupado(a) com tradições de 100 anos? Meu amigo, a tradição já não é o que era! Arranje melhores argumentos, que esse, francamente, não pega, nem convence ninguém."

 

4) De:  O Vingador (leitor identificado - Barreiro) - 20-2

"Gostava só de perguntar ao Sr. António Saraiva se conhece o ditado «depressa e bem há pouco quem»;  será que o Sr. António Saraiva percebe alguma coisa de xadrez para falar em «empates bocejantes» entre GMs. ? Eu,  se fosse ao Sr. Saraiva sugeria um debate sobre dominó, jogo em que ele deve estar mais à vontade..."

 
3) De:  Maria da Fonte (leitor identificado de Lisboa) - 18-2

"Pela positiva, só posso prever numa época em que o tempo é o bem mais
precioso uma maior rapidez nas partidas e a possível venda de imagens a
televisões. Mas nunca em Portugal: a modalidade tem uma visibilidade perto
do zero.

Contra se calhar a coisa mais importante: onde fica a tradição de 100 anos?
Onde a mente podia reflectir quase livremente e podia de facto ter
qualificação no lance? A qualidade só pode descer."

 

N.R.: Este leitor propôs um novo tema para debate (debate nº 3)

 

2) De:  António C. Saraiva (Vila do Conde) - 16-2

" Venho participar no debate sobre a questão dos novos controlos de tempo, mas antes uma chamada de atenção: Acho uma lástima que V. Exas. tivessem tomado partido nesta questão. Penso que deveriam indicar as diversas posições sobre a questão, comportando-se de uma forma isenta, e não alinhar na onda de histeria generalizada anti-FIDE. Além disso, penso que existem outros temas de debate mais interessantes para o nosso país do que este, que não me parece merecer o destaque que lhe deram.

Em relação ao assunto em causa:  Ainda ninguém demonstrou claramente, por A+B, que o novo sistema decidido pela FIDE é efectivamente prejudicial. E por que o seria? Toda a gente diz mal, mas ninguém explica de forma convincente qual o mal dos novos controlos. Quanto às vantagens, parecem-me inúmeras: A principal é que, se se atrair os media para o xadrez de forma mais clara, vai haver mais dinheiro para se desenvolver a modalidade. Para mim é uma decisão histórica da FIDE que pode dar nova alma ao xadrez mundial. E independentemente da questão financeira: Menos tempo para pensar pode significar mais luta e mais emoção e a redução do número de empates bocejantes entre GMs.

Tenho algumas sugestões para a vossa página, mas fica para outra vez (2 e 50 da madrugada !). Um abraço.


N.R. Obrigado pela sua opinião. Queremos esclarecer o seguinte: Não nos aliámos a nenhuma onda de histeria anti-FIDE! Apenas estamos contra uma determinada decisão da FIDE que, para além de, em nossa opinião, violar os seus próprios estatutos, nos parece que não beneficia em nada o xadrez. Não vemos motivo para não podermos emitir opinião própria sobre as grandes questões do xadrez.  Para terminar: Se  existem outros temas mais interessantes... faça favor! Sugira um novo tema de debate!... Ficamos à espera.


1) De:  O Vingador (leitor identificado - Barreiro) 16-2

"Parabéns pela ideia do espaço de debate, e pela vossa página em geral. Venho manifestar o meu total desacordo com a decisão da FIDE. Tempos de reflexão mais curtos vão beneficiar os "barreteiros" e os "marrões" das aberturas, reduzindo a qualidade do jogo e tornando o xadrez menos acessível aos jogadores de mais idade. Não me parece que exista qualquer vantagem em termos económicos. Ou se existir, não compensa a perda da essência da modalidade."