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ESPAÇO DE DEBATE

DEBATE 2

Na era dos computadores, ainda faz sentido o xadrez por correspondência?

 

(ordem cronológica ascendente)

 

12) De: "Baranowski" - 04/05/2001

Na minha opinião o Xadrez por Correspondência é o Xadrez na sua forma mais perfeita. Em partidas "Ao Vivo" costuma-se cometer erros grosseiros. Quantos Campeões Mundiais perderam partidas por um erro qualquer. Imagina se Kasparov pudesse ter mais tempo para analisar suas partidas no último Campeonato Mundial.
A beleza do Xadrez não está na Vitória, mas sim nos lances de uma partida bem jogada. Antes, utilizava-se os informadores, enciclopédias de abertura, revistas e até a opinião de um jogador mais experiente. Hoje, com o avanço tecnológico, temos à nossa disposição softwares e cd's rom de aberturas e milhares de partidas para consulta. Se alguém acha que é só comprar um Fritz 6 e se inscrever em um Torneio Postal que vai ser Campeão, ficará bastante decepcionado. Além do mais o Xadrez por Correspondência obriga-nos a analisar uma posição mais detidamente, o que não acontece no Xadrez "Ao Vivo". Para se ter uma idéia, muitas novidades de abertura foram descobertas no "Postal". Estudar Teoria ainda é o melhor caminho. E quando tivermos prontos, colocá-la em prática em Torneios "Ao Vivo". Só que no "Postal", podemos dar o melhor de nós. Ou seja, o Xadrez na sua essência!

 

11)  De: António C. Saraiva - 01-05-2001

Lá venho eu outra vez à carga.  Gostava de perguntar a alguns mestres abelhudos de trazer por casa se eram capazes de jogar contra mim sem o auxílio de um computador.  É que em tempos joguei uns torneios organizados pelo,  creio eu ser assim o nome, Dr. Babo, da Figueira da Foz. Calhou-me um desses mestres  da treta, de que nem vou revelar o nome, e que me jogou os lances iguaizinhos ao de uma máquina de xadrez portátil que havia na altura e que já jogava benzinho. Bom, o tal mestre da caca levou um bailarico valente cá do velhote.  Hoje seria um pouco mais difícil, já estou mais velho e os computadores são mais fortes. Mas não tenho medo de nenhum desses heróis de chacha. Por estas e por outras é que eu digo e repito: Haja honestidade !

 

10) De: Leitor não identificado - 22-04-2001

Penso que o xadrez por correspondência está condenado a curto/médio prazo. E quando aparecer um programa absolutamente imbatível? Já estivemos mais longe... um abraço.

 

9) De:  "K7pirata" - 19-04-2001

Estrategicamente, os computadores são muito fracos, e no meu modesto entender, o xadrez por correspondência baseia-se na análise profunda das posições, e aí, os computadores, não estão muito muito à vontade (a um nível razoável, naturalmente). Por isso respondi SIM na sondagem.

 

8) De: António C. Saraiva - 19-04-2001

Deve-se inserir esta questão numa outra mais complexa: O da honestidade. O que é que eu quero dizer com isto? Que o xadrez por correspondência, independentemente da existência de computadores de alto nível de jogo,  pode ou não fazer sentido, conforme o grau de honestidade das pessoas em causa.  Isto é,  imaginando que o meu filho é um grande mestre de xadrez, as pessoas suspeitam: O filho vai dar-lhe umas dicas, etc. Mas se quem estiver a jogar comigo souber a verdade, isto é,  que a minha honestidade é total,  então para esse meu adversário não é importante esse facto.  O mesmo se passa com os computadores. Se houver honestidade, o xadrez por correspondência faz sentido. Caso contrário poderá não fazer. Porque é que eu digo "poderá" e não "pode"?  Porque há mais um factor importante em jogo: Os computadores terão actualmente a força estratégica de jogo suficiente para se imporem no xadrez por correspondência praticado por jogadores de nível razoável? Estas é que são as questões relevantes.  Daí que me pareça que o debate estava um pouco mal lançado, e agora, sem falsas modéstias, ficou apontado na direcção certa. Assim se for necessário poderei de novo intervir para lançar mais umas dicas. 

 

7) De: Leitor não identificado - 18-04-2001

Xadrez, só ao vivo. Penso que os computadores já estão demasiado fortes. Talvez não se note ainda tanto ao mais alto nível, mas para os comuns mortais, como eu,  penso que o xadrez por correspondência já era....

 

6) De: João Martins Carrapiço - 17-04-2001

Tenho 19 anos e vivo num meio algo isolado no Alentejo, onde jogar xadrez não é uma actividade muito procurada. Por isso vou jogando por correspondência e isso ajuda-me a quebrar a solidão. Tenho um computador já antigo (é um 386) e por isso nem um programa de xadrez bom posso ter. Não recorro a qualquer auxílio exterior seja humano ou de máquinas. E penso que assim é que deve ser. Gostaria de perguntar por curiosidade ao Sr. Mestre Luís Santos, que penso ser um dos melhores jogadores do mundo por correspondência se faz algum uso de computadores nas suas partidas, ou se analisa as partidas completamente sozinho, sem intervenção exterior.   (...) De qualquer modo, mesmo que venha a ter em breve um computador melhor, continuarei sempre a analisar as minhas partidas sozinho. um abraço.

 

5) De: Luís Santos - 16-04-2001

Claro que sim. Mas é uma modalidade com tipo de preparação bem diferente do xadrez por correspondência clássico por correio como eu o conheci.
Mesmo por email (ou especialmente por email). A prova está na formidável adesão da partida por correspondência mais famosa de sempre entre Kasparov e o Resto do Mundo.
Só quem pensa erradamente que os computadores já jogam mais que os humanos (mestres) é que não entende esta verdade elementar. Naturalmente. É compreensível este erro (comum à maioria da população do planeta que já pensou sobre o assunto) depois de 1997 (match Deep Blue - Kasparov).
Para quando um match a sério de humano+máquina contra máquina só para acabar de vez com esta ideia errada??
Aposto que a máquina só não passa os 30% dos pontos possíveis. Quem quer apostar comigo? Quanto?

 

4) De: Leitor não identificado - 15-04-2001

Adoro o xadrez por correspondência e penso que qualquer jogador de competição lucraria com essa modalidade, e a análise profunda das posições que só ele proporciona. Nessa perspectiva é indiferente se estou a jogar contra uma máquina ou não.

 

3) De: Pedro Dias - 14-04-2001

Desculpem lá os amantes da correspondência, mas sempre achei muito esquisita essa coisa de estar a jogar com um Zé Maria qualquer que não joga nada e de repente sofrer uma combinação, só ao alcance de um génio. Mesmo antes dos computadores serem tão fortes, já era um problema o xadrez postal: Nunca se sabe bem ao certo contra quem se está a jogar! Parabéns pela  iniciativa e votos de felicidades.

 

2) De: Fernando José Dulce Mouquinho - 14-04-2001

Sim faz sentido se for por E-Mail, aliás eu até estou a pensar em fazer
algumas partidas assim!
Sem outro assunto de momento me despeço com as minhas melhores saudações

 

1) De: "rvn1932" - 14-04-2001

Penso que nesta fase do avanço tecnológico, as "leis da vida" não se alteraram muito!.
Rábula:
«Se Eu tenho um computador, Tu também tens um ou senão Tens os teus colegas de Clube , ou um grande Mestre conhecido ou...»
Tudo val a pena se a alma não é pequena!