Tenho a impressão que aquele tipo não me grama...
ESCÂNDALO !
Luís Costa, presidente da F.P.X., foi
impedido de assistir à conferência de
imprensa de Judite Polgar, integrada no
V Festival de Lisboa de Xadrez.
Estava tudo doido na organização do
Festival?
A questão não é assim tão simples...


 
 
Luís Costa, presidente da F.P.X., encontrava-se fora de si. Fora de si e fora do Pavilhão de Portugal onde foi impedido de entrar e onde assistiria à conferência de imprensa de Judite Polgar, integrada no V Festival de Lisboa de Xadrez.
No exterior do pavilhão, Luís Costa não conseguia calar a sua ira pelo sucedido. Entre os circunstantes que o escutavam atentamente, contava-se um apoio de peso: Luís Santos. Apesar de poder assistir à conferência na qualidade de jornalista, preferiu não o fazer por solidariedade para com o novel presidente da Federação. Luís Santos, que, ao que parece, será um forte
candidato a director técnico nacional. Pelo menos, assim rezam as más línguas...
Afinal, o que esteve por detrás deste caricato episódio?
Segundo o que a SX conseguiu apurar, quando Luís Costa se preparava para dar entrada no Pavilhão, deparou com um membro da organização do Festival, António Laranjeira. Este, quando solicitado para franquear a entrada ao presidente da F.P.X., terá respondido que o não permitiria em virtude de o mesmo não possuir carteira de jornalista.
Naturalmente, estabeleceu-se o pandemónio. Luís Costa alegava que tinha todo o direito de entrar, tanto como presidente da F.P.X., como na qualidade de jornalista, que ele alega possuir.
Tanto quanto parece, nenhum responsável pela organização, nomeadamente João Pereira ou João Coutinho tiveram conhecimento imediato do que estava a passar; isto é, a decisão de não permitir a entrada de Luís Costa, pertenceu exclusivamente a António Laranjeira. São conhecidas as péssimas relações entre o homem dos Mestres de S. João e Luís Costa; um extenso rol de
recriminações entre ambos parece ajudar a compreender o lamentável incidente que manchou o V Festival.
Quando, finalmente, João Coutinho foi informado do que se estava a passar procurou sanar imediatamente o problema convidando Luís Costa a entrar. Estando este bastante exaltado, João Coutinho terá procurado acalmá-lo, explicando que tudo não havia passado de um mal-entendido.
Segundo apurámos, Luís Costa terá então deixado transparecer toda a sua ira de forma tão calorosa que, diz quem viu, o clima ficou... escaldante!
Com a entrada em cena de João Pereira e o seu habitual savoir-faire parecia que tudo se iria resolver da melhor forma: Luís Costa acabou por ser apresentado a Judite Polgar e tudo indicava que o incidente havia sido ultrapassado. Nada disso! Segundo apurámos, com surpresa de todos
os presentes e já bastante mais calmo Luís Costa decidiu retirar o apoio da F.P.X. ao evento, procedendo, entre outras medidas à recolha de todos os jogos cedidos pela Federação e exigindo a retirada de António Laranjeira do P.D. X..
Estas tomadas de posição de Luís Costa, que a organização apelida de "inqualificáveis" provocaram uma situação próxima da rotura total com o "staff" do Festival.
Há que concordar que a presidência da F.P.X. exige uma postura de estado que não é compatível com posições que Luís Costa tem assumido, do tipo, "a tentativa de superar o Torneio de N.S. Fátima falhou completamente" e outras. Por outro lado, a sua conduta no interior do Pavilhão de Portugal parece ter deixado muito a desejar. Este fustigar constante da organização
do Festival não parece contribuir em nada para o desejado desenvolvimento do xadrez nacional.
Por outro lado a exigência do afastamento de António Laranjeira, independentemente do comportamento deste não estar isento de críticas, parece extravasar totalmente as atribuições do órgão a que Luís Costa preside.                                                                                                                                                  Luís Costa já demonstrou no passado ser um homem de grande iniciativa que pode trazer muito de bom ao xadrez nacional; todos temos a ganhar se ele conseguir ultrapassar este exagerado espírito competitivo.

 

Enfim, esperemos que a paz regresse em definitivo ao panorama do xadrez nacional, pois o nosso pequeno mundo precisa acima de tudo de estabilidade; só assim poderemos caminhar na direcção de um futuro mais promissor.