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Um passo atrás, dois em frente...

   Após uma longa espera, cerca de 3 anos após o lançamento do "Travelling Without Moving", a banda lançou o seu 4º e mais "dance orientated" álbum até à data.

    A banda passou grande parte de 98 a trabalhar no álbum e quando já tinham o álbum praticamente feito, já tinham 9 músicas gravadas, o Baixista Stuart Zender decidiu deixar a banda...os motivos pelos quais ele decidiu sair ainda não são 100% claros. É indesmentível que algum tempo antes de sair da banda, Zender deu uma entrevista na qual disse preferir ficar em casa com a sua namorada do que ir em tour ou trabalhar com os Jamiroquai o que levou a que a banda se sentisse incomodada com esse facto, pois segundo fontes próximas da banda Zender nos últimos tempos não se entregava ao trabalho de corpo e alma e com todos estes acontecimentos,  ele acabou por sair da banda. Tentou depois argumentar que a sua saída da banda se devia ao facto de que o JK tinha toda a atenção e que era ganancioso... o que é contrariado pelos outros membros da banda, nos quais eu sinceramente acredito mais.

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    Com a saída de Zender, a banda decidiu começar o álbum de novo para evitar questões legais com o ex-baixista e perderam cerca de 6 meses de trabalho. Dedicaram-se agora a reescrever o álbum e a encontrar um novo baixista. Depois de muitos concorrentes, o escolhido foi o sortudo Nick Fyffe, pelo que já me foi dado a conhecer é um substituto à altura e que se entrega ao trabalho!!!

    O resultado foi "Synkronized", o 2º álbum que figurou em 1º lugar nas tabelas de vendas, o que apenas tinha sido conseguido pelo "Emergency On Planet Earth", e também o 2º álbum da banda que mais sucesso teve . Vendeu mais de 4 Milhões de cópias até à altura. O 1º single foi "Canned Heat", uma canção com uma marcada influência "disco", foi um enorme sucesso por todo o mundo e, na minha opinião, a melhor musica dance que os Jami já fizeram. A canção chegou a estar em 2º lugar no "Mtv European Top 20" e em 4º na Inglaterra. Continuo a pensar que se o 2º single lançado fosse outro que não o "Supersonic", o álbum teria vendido muito mais. Não é que "Supersonic" seja uma má música mas é pouco acessível e como tal reflecte o 22º lugar nas tabelas. Este single foi responsável pelo abrandamento das vendas de "Synkronized". O 3º single foi "King For A Day". Lindo, simplesmente lindo. Esta música vem provar que os Jamiroquai ainda conseguem fazer coisas diferentes e que estão numa viagem de aprendizagem e ascensão musical. A letra é uma das melhores que já fizeram e a string section, graças a Simon Hale, é também das melhores que já ouvi. O som majéstico insere-nos no "mood" da canção e transporta-nos para o seu mundo. Não foi um grande sucesso mas veio calar muitas bocas de muita gente que dizia que os Jamiroquai se estavam a tornar comerciais.

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    Na minha opinião é uma álbum muito diferente dos outros, muito diversificado e igualmente ousado. Este álbuns tem autênticas pérolas como "Black Capricorn Day", uma faixa Rock/Funk simplesmente espectacular, que nos consegue transportar para um ambiente soturno e de ira. "Soul Education" tem o som típico de Jamiroquai, com Nick Fyffe a fazer um óptimo trabalho, e uma letra bastante interessante; "Destitute Illusions" é uma lufada de ar fresco na vertente instrumental e conta com o scratching do Dj D-Zire; "Where Do We Go From Here" tem o feel de "Funktion" mas mais elaborado, com o piano-meister Toby Smith a arrasar, juntamente com o baixo do jovem Fyffe, claramente um party hit; e temos ainda a bonus track "Deeper Underground" o grande sucesso de 98 que esteve em 1º lugar nas tabelas, mas musicalmente fraca ao pé de muitos dos trabalhos de Jamiroquai.

    Este álbum é o 4º melhor álbum de Jamiroquai e como tal leva 8,5/10!


2001: Uma odisseia de maturidade e boa música

    A espera era grande. Dois anos depois de terem feito um album à pressa, criticado por uma grande parte dos fãs...a expectativa sobrepunha-se à espera e em princípios de Junho um site disponibilizou 1mn do Little L. Os fãs fizeram uso do botão repeat dos seus Mp3's players e de uma maneira geral gostaram do que ouviram. Era só 1mn, não se podiam fazer grandes julgamentos mas notava-se um regresso subtil às origens: os licks de guitarra eram funky e cheios de groove, a linha de baixo era contagiante e a voz do Jk era contida e soulful. Depois foi a parte pior...saber que estava a chegar o album, cada dia que passava mais ansiedade e umas 2 semanas antes de sair pudemos ouvi-lo todinho...As 1ºas impressões são sempre injustas porque todos nós temos 1 era preferida, 1 estilo preferido, até 1 marca de baixo preferida, e queremos que as musicas soem tal e qual como imaginamos, e os Jamiroquai conseguiram surpreender-nos mais uma vez. Não que "A Funk Odyssey" seja 1 avanço que não tivéssemos à espera mas a qualidade, a maturidade, a influência do novo guitarrista e de 1 baixista com tempo vieram transformar este album num disco poderosíssimo e variado e que leva a manipulação electrónica, começada em Synkronized, a um patamar superior!

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Podemos assistir a mais um passo na revitalização e renovação do Disco-Funk, luta que é tão querida aos Jamiroquai, em músicas como o You give me something, uma das prováveis escolhas para próximo single. Imagina aquelas baladas dos anos 70 e junta-lhe o funk dos Jamiroquai! O Jay canta-a de 1 modo tão harmonioso que a torna realmente contagiante. Boa prestação tanto do baixo como da guitarra; Outro número disco é a Love Foolosophy, que conta com backing vocals da Beverly Knight, 1 óptima cantora soul que tds devem conhecer, onde o Nick Fyffe tem a liberdade de pegar fogo à música! Bom riff de guitarra no começo e o instrumental break é excelente! Uma das minhas preferidas!; Um dos highlights do álbum é, sem sombra de dúvida, a 8º faixa "Main Vein". Kay usa um discurso inflamado contra a cultura tablóide britânica que assenta num incursão Funk frenética, digna de uma perseguição do Kawolski ou de um filme da saga 007! What you gonna do stop me this time, baby? canta Jay Kay ajudado por Beverly Knight...quando se faz um álbum deste é difícil ser parado! :)

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O resto é preenchido por fusões funk, disco e soul como Little L, outras funk/rock como Stop, Don't Panic e há outro tema bastante explorado neste disco: Viagens Espaciais. O disco começa logo com um vento desértico em crescendo que vai dar origem a uma viagem espacial chamada Feels So Good. Linhas de baixo ácidas, acompanhados de finos synths e até de vocoders dão 1 ambiente realmente futuristico a esta canção, a qual, segundo Jk, "dada às pessoas certas para remisturar pode ser uma bomba!". Mas falando em espaço não se pode deixar de falar de Twenty Zero One, uma das minhas preferidas do álbum! Assim se vê os cojones que esta banda tem, fazendo 1 incursão psicadélica munido de poderosos sintetizadores e de 1 mensagem pertinente: "2001: By 2032 you can be me and with a little help I can Be You".  Twenty Zero One! Temos ainda 1 grande novidade...a exploração do Bossa-Nova em 2 músicas. Corner Of The Earth com 1 introdução que pretendia ser espanhola e tornou-se quase arábica, uma das melhores músicas do álbum, destaque-se a guitarra clássica, a percussão e o solo de trompete(já tinha saudades!), que mostra um lado confessional de Kay, juntamente com Picture of my life, a musica mais confessional e triste que Jay Kay já fez até hoje. Há ainda tempo para uma incursão um pouco folk, lembrando que Stevie Wonder é realmente uma das grandes influências da banda, chamada "Black Crow" e que aborda a guerra do Kosovo! Está mais ou menos tudo dito...9/10!