Por Shaftiel
Casa da União Exploradora

     Durante a colonização, algumas fadas se interessaram bastante pelas novas terras disponíveis para exploração. Dessas, um grupo de Eshu se sobressaiu. Eles se espalharam pelas terras da América e começaram a explorar procurando por todo tipo de segredos que pudessem encontrar. Eles atravessaram todos os continentes como desbravadores sendo que muitos deles passaram a se unir aos bandeirantes no Brasil. Esses Eshu conheceram novas espécies de fadas, novas quimeras, novas terras do sonhar e guardaram o segredo para si. Começaram a ser conhecidos como os Desbravadores do Novo Sonhar.
     Os anos passaram depressa e cheio de desafios para as fadas bandeirantes até os sidhe voltarem. No começo, esses nobres não se importaram muito com esses desbravadores, chamando-os de simples plebeus que não tinham o que fazer. Depois de alguns  anos, um sidhe exilado passou a achar interessante a idéia dos Eshu e lembrou-se de suas outras vidas na terra, quando ele e seus cavaleiros exploravam o mundo e Arcádia procurando por desafios e conquistas. O sidhe, chamado  Rumurind, passou a conversar com esses Eshu sobre suas aventuras e procurou saber mais sobre o que se passavam em outras terras, principalmente naquelas onde os nobres ainda não haviam declarado reinos.
     Rumurind gostou de saber sobre o Brasil e rumou para o país juntamente com muitos membros da corte da Europa. Ele procurou por vários membros dos Desbravadores do Novo Sonhar mas eles o mandaram ir embora. Não queriam contato com nenhum nobre. Rumurind não gostou nada da situação. Com seu orgulho sidhe, ele quis forçar os Desbravadores a entregarem seu segredo. Eles não quiseram e o sidhe passou a atacá-los. Ele reuniu vários nobres da Europa e disse que poderiam construir vários reinos no Brasil ao invés de serem vassalos no velho continente.
     Os nobres trouxeram cavaleiros e outros soldados para lutar mas não conseguiram muito sucesso. Rumurind percebeu que cavaleiros de nada adiantariam para enfrentar o cerrado e a caatinga. Ele precisava de outros soldados. Pesquisando na história, leu sobre os bandeirantes mas ele sabia que os outros nobres não gostariam de deixar de trajar suas pomposas armaduras e trajes medievais. Então, ele resolveu  transformar tudo em um jogo. Desafiou os nobres  a acharem as riquezas de El Dorado, a derrotarem os monstros desconhecidos que viviam escondidos no cerrado e na selva amazônica. Eles gostaram e começaram as expedições. E ainda disse que eles deveriam estar na frente de plebeus como os Desbravadores do Novo Sonhar.
     Usando do método das bandeiras e de vários outros planos que obtiveram mais sucesso do que as idéias dos outros nobres. Ele conseguiu contato com fadas nativas e passou a usá-las. Outros sidhe acabaram por procurá-lo e ele resolveu fundar uma nova casa. Ela acabou por chamar-se a Casa da União Exploradora. Os sidhe deveriam ser fiéis a Rumurind e dar-lhe pelo menos 10% das riquezas que achassem se quisessem usar os benefícios da casa. Muitos concordaram pois nunca queria ficar atrás de plebeus como os Eshu.
     A Casa da União Exploradora cresceu e se espalhou pelo país. Seus membros passaram a caçar tesouros perdidos e quimeras estranhas para ter como troféus. Algumas vezes, um nobre organiza grandes bandeiras onde mantém alguma fada nativa como guia. Mesmo as fadas com aparência de criança podem fazer parte da casa. Elas são daquele tipo que se embrenha no mato em busca de aventuras juntamente com os amigos. Na maioria das vezes acabam perdidas mas aventura sempre vale a pena.
     Existem muitos lugares onde os membros da casa se reúnem para mostrar seus troféus, organizarem bandeiras ou simplesmente discutirem sobre alguns mistérios e caminhos impossíveis. Em cada local de reunião, muitas vezes chamado de Local de Descanso, existem mapas do Sonhar brasileiro e de onde poderiam estar certos mitos.
     Ainda hoje, a casa da União Exploradora é inimiga dos Desbravadores do Novo Sonhar. Mesmo que estes possuam mais conhecimento sobre a terra, a casa tem mais recursos que sempre são usados quando se trata de competir com os plebeus.
Símbolo: Uma bandeira com uma cidade de ouro desenhada.
Poderes: Os membros da Casa da União Exploradora possuem um estranho dom para encontrar tesouros e locais místicos escondidos. Uma vez a cada estória, o explorador pode gastar um ponto de glamour e testar glamour (dif. 8). Sucessos indicam que acabará por achar o caminho para um grande tesouro mesmo que fique perdido durante um tempo.  A cada dois sucessos, a fada ganha um dado para a missão.
Fraqueza: O próprio poder de se conseguir achar caminhos para os tesouros já é uma  fraqueza. O caminho sempre o levará a grandes desafios que poderão até causar sua morte. Isso fica a cargo do mestre. Uma falha crítica o levará para o pior caminho possível e fará com que perca três dados em todos os testes cruciais.