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Sudário ou Santo Graal?
André Ranulfo
O professor Daniel Scarvone acredita que o Santo Sudário é na verdade a origem do mito
do Santo Graal. Ele parte do principio de que José de Arimatéia fez o sepultamento de Cristo. Como podemos ler na Bíblia, ele enrolou Jesus em uma pano de linho branco como manda a tradição judaica. Sendo que a imagem no Santo Sudário, as mãos se cruzam na região pélvica, e se o sudério for realmente de Jesus, comprovaria que Jesus teve um sepultamento nas tradições essênias.
O manto segundo Daniel Scarvone, teve contato direto com o sangue de cristo, e que José de Arimatéia levou guardou consigo o manto. Seguindo relatos de documentos apócrifos que dizem que o manto com o sangue de cristo estava sob a posse de José de Arimatéia . Esses envangélios dizem persistentemente no manto que possuía a imagem do corpo de Jesus crucificado. E mais que a imagem era de corpo todo.
Esses documentos afirmam que a imagem migrou para o ocidente no século VIII. Relatos da época comentam que uma ícone era exposto na cidade de Edessa. Corroborando à pesquisa do Dr. Scarvone, acrescento que nesse período, o sudário foi dobrado em 4 partes iguais e emoldurado de forma que só a cabeça estava a mostra.
 
Que depois foi para Constantinopla em 944. E que artistas Bizantinos tiveram permissão para copiar a imagem e que o linho era mantido dobrado numa moldura retangular mostrando somente o rosto da imagem. Nesse caso Scarvone pode estar se referindo ao mandylion, e as cópias os archeirospoietos – que são cópias do original. Archeirospoieto significa "não pintados por mãos"
Pelo que Scarvone relata em seu trabalho, o manto com a imagem era exposto para toda a população de 944 a 1204 quando ocorreu a quarta cruzada. Scarvone acredita que na época, a má comunicação, fez com que rumores da imagem de Cristo e o sangue de Cristo corressem toda a Europa dando asas a criatividade de romancistas da época.
Não tenho como concordar ou discordar do professor Daniel Scarvone, mas algo me intrigou nessa sua teoria. Analisando o processo de supressão da Ordem do Templo, muitas acusações de heresias foram levantadas. Dentre todas mais enigmática é a de que a Ordem do Templo cultuavam um demônio de nome Baphomet. Sob severa tortura os inquisidores conseguiram extrair várias confissões sobre tal ídolo.
Em 12 de agosto de 1308, os Inquisidores fizeram uma lista de acusações, dentre elas podemos citar:

· Informa-se que em cada província eles possuíam ídolos, isto é, cabeças...

· Informa-se que eles adoravam os ídolos...

· Informa-se que eles diziam que as cabeças poderiam salvá-los...

· Informa-se que [ela poderia] fazer fortunas...

· Informa-se que ela fazia florescer as árvores...

· Informa-se que ela fazia a terra germinar...

· Informa-se que eles rodeavam ou tocavam cada cabeça dos ídolos mencionados com pequenas cordas, as quais usavam envoltas em volta de si próprios, próximos a camisa ou pele...

(Fonte: M. Barber, Trial of the Templars, p 249. a lista é condensada)

Outras confissõs sobre as "cabeças", diziam que na ocasião que viram o "ídolo" ficaram tão atemorizados, que não conseguiam descrevê-la. Muitos cavaleiros usaram essa desculpa para não descrever a "cabeça" no momento da tortura. Um tenplário de nome Rauol de Gizy, afirmou o seguinte:

INQUISIDOR: Agora, fale-nos sobre a cabeça.

IRMÃO RAOUL: Bem, a cabeça. Vi-a durante sete capítulos realizados pelo irmão Hugh de Peraud e outros.

INQUISIDOR: O que faziam para prestar-lr culto?

IRMÃO RAOUL: Bem, era assim. Ela era apresentada a cada um dos presentes se atirava ao solo, tirava o capuz da cabeça e venerava.

INQUISIDOR: Como era a façe?

IRMÃO RAOUL: Terríivel. Pareceu-me ser a aface de um demônio, de um maufé [espirito malígno]. Cada vez eu a via, sentia-me tomado por tamanho terros que mal podia olhar para ela, tremendo em todo o corpo.

Fonte: Procès, II, pág 364. Rauol de Ginzy era preceptor da província de Champagne.

Veja também esse depoiment de Jean Taillefer, em Michelet, op. cit, pág 190.

"... mais ou menos do tamanho natural de uma cabeça de homem, com uma face de aspecto muito feroz e com barba".

Após esse relato, Jean disse que não podia descrevê-lo mais detalhadamente, exceto que lhe parecia ser de cor avermelhada.

 

Muitos Templários afirmavam que a tal "cabeça" tinha barba. E mais, Rauol chega a afirmar que vira a imagem, com Hugh de Peraud. Num momento determinado de uma cerimônia ou rito, era desvendada a imagem da cabeça. Já Jean Taillefe diz que além de ter barba, era de cor avermelhada. (que se assemelha com a drescrição da imagem do sudário, que era dobrado em 4 de forma que só era vista a cabeça, de coloração avermelhada)

Também podemos perceber nos textos acima, que os poderes que a tal "cabeça" ou "Baphomet" possuíam, muito se assemelham com os poderes do mito do Santo Graal, especialmente a fertilidade, que é comum na mitologia celta. E curiosamente, no conto arthuriano Perlevaus de Robert, o herói do cavaleiro Graal Sir Parsifal (Percival) exite uma passagem que diz:

"Em um odor tão doce chega até ele,vindo da cruz e do local. [...] Ele (Pasifal) olhou e viu surgirem da floresta dois padres. [...] e o padre ajoelhou-se em frente à cruz e a adorou e se inclinou e a beijou muitas vezes [...] o outro padre veio depois, e trouxe uma grande corda, [...] e bateu na cruz com a corda rm todas as partes, ea chicoteou até ferir."
Parece que Parsifal não ficou quieto com a heresia dos padres, e depois de repreendê-los, recebeu a resposta de um dos padres:
"o que fazemos não lhe concerne, nem deve o senhor saber de nós!"
Neste conto de Robert, os Templários se fazem presentes parte da trama. Numa investida num castelo, Persifal emcontra é recebido por 2 mestres, que batem palmas e são seguidos por mais 33 cavaleiros.
"Eles portavam vestimentas brancas, e todos sem excessão continham uma cruz vermelha no meio do peito, e eles pareciam ser todos da mesma idade."

Como pudemos ver acima, os templários sempre foram acusador de idolatria a um ídolo chamado Bafomé. Que por conseguinte, tinha poderes parecidos com o do Santo Graal. Coincidência ou não, o uso de cordas amarradas a cintura, e beijos a cruz aparecem explicitamente por clérigos em um dos famosos romances do Santo Graal. Da mesma forma, beijar a cruz e se amarrar com cordas a cintura era parte das acusações ao templo. Fonte de pesquisa

Voltando a realizade, os templários também hagiam da mesma forma que os padres do conto, fazendo rituas estranhos, onde pessoas de fora não eram benvindas, veja esse incidente na Inglaterra, pouco antes de começar as perseguições.

"Ele era hósprde dos Templários na comunidade de Wetherbt, em Yorkshire, e ao anoitecer foi informado que o preceptor não viria jantar, pois estava acomodando algumas relíquias que trouxera consigo da Terra Santa. Depois disso, ouviu um ruído confuso na capela e, levantando-se, olhou pelo buraco da fechadura e viu uma forte luz no interior, seja de uma fogueira, seja de velas, e na manhã seguinte perguntou a um dos irmãos qual o nome do santo em cuja honra haviam celebrado tào grandiosa cerimônia durante a noite. E o irmão, apavorado e empalidedecendo, pensando que o visitante tivesse visto o que eles haviam feito, disse-lhe: "Vá embora, e se tu me ama ou tem algun apreço a sua própria vida, jamais fale sobre esse assunto.".

Fonte: Robert of Oteringhan, superior da Ordem dos Menores (Franciscanos), extraído por Addison, op.cit., pág 272.

Há um paralelo nos contos arthurianos, ligando os Templários como os guardiões do Graal. E já que o sudário poderia ter parado sob a guarda dos Templários depois da 4a Cruzada, onde a relíquia se mostrava dobrada só mostrando a cabeça. As acusações afirmam que a tal "cabeça" possuia poderes que também são atribuidos ao Graal. E de a mesma forma eram os poderes atríbuidos ao Mandylion

 

· Essa é a teoria feita em 1996 pelo Professor Daniel Scarvone da University of Southern Indiana - Um notável historiador e grande pesquisador sobre o Sudário de Turim. Autor do livro "The Shroud of Turin" de 1989. Juntamente com alguns adendos de andré Ranulfo - (Organizador desse site).

Fonte de pesquisa:

Este material faz parte do livro: "Santo Graal - a busca das buscas" - André Ranulfo (autor desse site) que será publicado no próximo ano.

 

 

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