O cotidiano do Templo.

Os Templários só rezavam e batalhavam? Como era na hora do almoço? Qual era a agenda diária dos cavaleiros de Cristo?

André Ranulfo

Tendo feito votos de castidade, de pobreza e de dedicação de suas existências a monástica dos Templários foi estruturado uma regra com disciplina e rotinas rígidas.

Cada aspecto de suas vidas foram dedicadas pelos vários regulamentos estabelecidos por princípios da Ordem de  Ordem Cisterciense, também conhecidos como Monges-Brancos. Era uma ordem que prezava por uma vida de clausura e sacrifício de seus membros.

Bernard de Clairvaux (a esquerda) - Um dos mais influentes membro dessa ordem. - Teve uma formação para ser cavaleiro, mas por motivos de saúde e vocação, escolheu o monasticismo.

Nessa época, o sentido de cavaleirismo havia se perdido. Os cavaleiros já não tinham honra. Usavam seda em volta dos cavalos, lindos penachos sobre o elmo, desenhos nos escudos, jóias nas espadas e cabelos longos. St. Bernard não concordava com aquilo, e condenava aquela cavalaria, alegando que um verdadeiro cavaleiro deveria empunhar uma espada e lutar, sem se preocupar com furtividades e vaidade. 

Ao ver a proposta de Huges de Payens de fundar uma ordem de cavalaria seguindo a vida de clausura dos monastérios, logo se entusiasmou e ajudou com sua influência para que o Papa intercedesse pela Ordem.

Um de seus primeiros passos foi redigir uma série de regras, que foi se moldando através dos tempos

Pela Regra, os Templários cortavam seus cabelos curtos mas deviam deixar a barba crescer. (E banho era raro!) Um dos motivos era para se tornar assustadores perante  ao  inimigo. Usavam um hábito branco simples (para simbolizar a pureza) ou marrom (para poucos irmãos) e em 1146 o papa Eugenius decretou o uso de uma cruz vermelha em seu peito esquerdo. Um cabo era usado em torno da cintura para lembrá-los de seu voto do castidade.

Eram acordados cedo, e a cada manhã vestiam-se em silêncio e rumavam à capela da igreja atender ao serviço que envolvia em recitar 28 Pais Nossos (14 de que deviam representar as horas do dia e os outros 14 eram para a Virgem Maria). As expedições deixavam menos horas para as preces mas se possível a sessão de 28 preces seria repetida umas 4 vezes a mais durante o dia.

A primeiramente refeição do dia era ao meio-dia. todos os irmãos se recolheriam em um salão e lá seriam mais 60 Pais-Nossos. Feito então o preceptor se sentaria seguido pelos cavaleiros e então pelos outros.

As refeições possuíam uma finalidade prática - somente para manter a força dos cavaleiros - nunca foram consideradas ocasiões sociais. Sentavam seguindo a hierarquia. Cavaleiros, empregados e padres em mesas diferentes sem uma comunicação verbal. Diz-se que uma série de sinais foram usados para evitar a conversa. Comer sozinho era uma das punições.

Uma vez que a refeição estava sobre a mesa, era hora para mais preces. Havia afazeres como cuidar dos cavalos (cada Cavaleiro Templário tinha  direito a 3). Se houvesse uma expedição então a rotina incluiria a preparação do equipamento para a batalha. O tempo certamente livre não devia ser usado em vão. As perseguições tais como a caça foram proibidas.

O contato com a comunidade exterior era mínimo. Os irmãos não deviam tornar-se padrinhoos ou adentrar um lar onde uma mulher estivesse dentro. Pela Regra era considerado perigoso olhar constantemente para mulheres, nem se atrever beijar mulher, nem viúva, nem virgem, nem mãe, nem irmã, nem tia, nem nenhuma outra mulher.  contato com mulheres era por mais escassos e freiras não faziam parte da ordem e não era permitida empregadas a menos que um cavaleiro estivesse na necessidade desesperada do cuidado e nenhuma outra alternativa estivesse disponível. O Beijar toda a mulher na boca era também um tabú. (essa abnegação a imagem feminina foi usada posteriormente para acusar a ordem de práticas de homossexualismo)

Participavam de 40 dias de jejum antes do natal e da Páscoa. Isto cumprido a rígida a menos que o alimento fosse necessário para a força na batalha ou o Grão-mestre optasse por não jejuar.

O abuso dos privilégios, roubo, heresia, matar um cristão ou revelar seu capítulo significava a expulsão da ordem. Embora houvesse umas ocasiões onde mortes de cristãos era inevitável.

Pela primeira vez  na história cristã a disciplina da vida militar foi combinada com a dedicação da vida monástica para criar guerreiros formidáveis

Fonte de pesquisa:

Este material faz parte do livro: Cavaleiros do Templo - Os segredos dos Templários - André Ranulfo (autor desse site) que será; publicado no próximo ano.

VOLTAR