Se te quero...


Se te quero, por que será que não me entrego?
Sei que te quero, mas desse meu jeito torto
Desse jeito que não virias para mim nem morto
Jeito que te quero ao mesmo tempo que te nego

Sei também que não é só a ti que faço sofrer
Ao desejar encontrar-me em teus braços perdidamente
Quando nesse mesmo instante mostro-me indiferente
Nessa briga interna de não poder, mas te querer

E com essa minha alma alheia e incoerente
Vou a mim mais do que a ti enlouquecendo
Bebendo dessa angústia: o que é certo e errado

Inebriando-me da luta desse meu jeito impassível e apaixonado
Onde, desse conflito, o meu empate vem prevalecendo
Prefiro, é assim que quero, por favor, não... Me tente.


Amanda* - Março, 1999.




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