Havia uma aldeia, Por uma muralha rodeada. Em nenhum lado a muralha era furada. Havia um bétilo no centro cravado, Que por um lago era rodeado. Havia uma Branca Donzela, E por ela era adorado. Para marcar o tempo a passar, De tempos a tempos do lago uma bica jorrava. Para saber quando a fonte jorrava, Um velho, muito velho, os anjos contava. Quando a altura era chegada o Rei da aldeia, único mortal, Era imolado,... O seu sangue com a água da fonte, na Taça sagrada, era misturado, Pela Donzela, em cima do bétilo, a mistura era derramada. Então a pedra falava, e, novo Rei declamava. Um dia, um Fênix, passou por cima da muralha e trouxe um Ovo. A Donzela pelo Ovo se apaixonou, Nele pegou, Para dentro do Labirinto o levou. Tão entretida com o Ovo estava, Que no dia anunciado, à cerimônia não compareceu. A fonte jorrou, o Rei foi imolado,... Mas o bétilo com a mistura não foi regado... Então enegreceu, Emudeceu, A aldeia escureceu. A Donzela consciente da sua culpa, Temendo por si, e pelo seu Ovo sagrado, Na socapa da noite mergulhou no lago. Pelo fundo nadou, E através do subterrâneo túnel a muralha passou, Do outro lado saiu, Pelos verdes prados fugiu, E do alto da montanha viu; A sua aldeia ser inundada, Pela fonte que jorrava Na cidade submersa, ficaram os imortalmente-mortos A Donzela com o Ovo uma vida viveu, Quando amou; Uma lágrima chorou, Que sobre o ovo caiu, Este maior ficou, E ela; num Fênix se tornou... "O que está em baixo, é igual ao que está em cima" Celta 99-01-10. |