Desfile
sonhado
Num sopro... o desfilar
da vida,
que timidamente sonha,
como é sonhada; micro tanga, topless,
salto...
No asfalto, um salto no espaço, pequeno no tempo
em que se faz rainha sonhando com seu par...
que a veste e reveste como segunda pele
fazendo os desejos voar... com entusiasmo
até cumprir o desfile sonhado.
Enrredo Conhecido, não de outros carnavais,
feito da imaginação que leva a caminhos inesperados
bifurcando, chocando e se mostrando
na sensibilidade do "Eu"
que as imagens criadas como etéreo seres,
sendo pais, irmãos, tios
na sensualidade externada como exercício do libido
o incesto não pratica...
E vai.. voa... cria...
Cria o cais da vida... vista a moça de luto,
chore todas as partidas em navios imaginados
onde sombras e desejos partem encurvados
suplicando os movimentos que já não mais fazia,
no desfile tão sonhado...
