"Cristo ressuscitado" foi uma obra encomendada em 15 de julho de 1514 por
Metello Vari e dois eclesiásticos romanos, Bernardo Cenci e Mario Scappucci,
pela soma de 200 ducados. Michelangelo precisou interromper esse trabalho
dois anos mais tarde por causa de um defeito no mármore:
um filão escuro apareceu bem no meio do rosto! Em 21 de dezembro de 1518,
Michelangelo queixou-se de estar sempre na espera de um novo bloco de mármore
de Carrara que estava retido em Pisa. Ele pôde terminar a segunda versão do
Cristo por volta de abril de 1520. Seu ajudante aprendiz, Pietro Urbino,
tinha por missão terminar a escultura na igreja Santa Maria em Roma, mas o
que fez foi estragar a obra. Frizzi se encarregou de corrigir os erros e
terminar definitivamente a encomenda. Então, sete anos depois, em 27 de
setembro de 1521, Vari recebeu seu "Cristo ressuscitado" depois de recusar a
oferta de Michelangelo, que, pouco satisfeito com o resultado, queria fazer um terceiro.
Com efeito, a intervenção desastrada de Urbino e as ratificações de Frizzi são bastante
sentidas. O conjunto não fica no nível das outras obras de Michelangelo e as imperfeições
suscitaram muitas críticas.