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Modelos de Perfeição

 

Movimentação de Miniaturas

 

Controle de Movimento

 

Algumas das cenas mais impressionantes do filme Supernova são aquelas em que aparecessem a nave Nighttingale. Grande parte destas cenas foi obtida usando-se uma miniatura desta nave, enquanto que em outras, a nave foi gerada por computação gráfica. Mark Stetson da Digital Domain, optou por filmar a nave usando o sistema de controle de movimento. Mas para ter idéia de como planejar os movimentos da nave, Stetson criou pré-visualizações em computador mostrando como deveria ser feito os movimentos da câmera. Depois eles filmaram a nave tendo ao fundo uma tela verde, que depois seria substituída por um céu estrelado. No sistema usado por Stetson, a nave ficaria suportada por um eixo e apenas giraria. A câmera tinha a capacidade de se aproximar, e elevar-se diante da miniatura no suporte. Abaixo você pode conferir um esquema de pré-visualização semelhante ao usado no filme. À esquerda você pode observar como era filmado e à direita a imagem que a câmera filmaria. Depois de pronto, o modelo era constituído de três secções separadas, secções removíveis, permitindo ao pessoal da fotografia de miniaturas certa flexibilidade para capturar certos ângulos de câmera. Se era preciso filmar os módulos da tripulação de trás para frente, era possível tirar a cauda e colocar a câmera no lugar dela. Ao invés de tudo ser aparafusado junto, estas secções eram feitas de encaixes giratórios ( existiam pinos que deslizavam e travavam) o que fazia as rotações mais fáceis. "

Para filmar, a nave era montada num suporte de controle de movimento feito de tubos de 5 cm de diâmetro que se extendiam por 1,32 metros. A cauda, os painéis solares e as secções da cabeça foram construídos de forma que pudéssem girar, o que permitiu girar completamente a nave de cabeça para baixo e ainda continuar filmando. Em nenhum momento foi preciso tirar a nave e mudar o encaixe suporte, eles apenas giraram a nave. Ao invés de equipar o modelo com motores, certas partes que precisavam de articulação móvel foram modeladas digitalmente, animadas e então encaixadas digitalmente às cenas do modelo. Devido ao curto tempo de filmagem, não foi possível filmar todas as cenas com miniaturas. Assim, as cenas distantes da nave ou que tinham movimentos complicados foram feitas com um modelo em 3D por computação gráfica.O modelo computadorizado da Nightingale foi feito com base nos desenhos em AutoCAD criados pelo departamento de modelos da Digital Domain usados na construção da miniatura. O software 3D usado para modelar a nave foi o Alias Wavefront. Fotos foram tiradas da miniatura foram usadas para se criar as texturas do modelo em 3D, garantindo assim, uma combinação perfeita entre a miniatura e o modelo em 3D. Apesar da nave em 3D ser criada para as cenas distantes, ela foi usada também para algumas cenas em close-up, já que o modelo em 3D ficou muito fotorrealista. A colaboração entre miniatura e modelos em 3D se extenderam para a ciração de pré-visualizações de todas as cenas filmadas com miniaturas. Recriações digitais do set de filmagem de controle de movimento e mesmo dos equipamentos ou suportes foram usadas para visualizar todos os movimentos de câmera e da miniatura antes de filmae de verdade. Uma vez que este movimentos estavam aprovados, os dados da previsualização foram enviados diretamente para o equipamento de controle de movimento, que reencenaria os movimentos virtuais o mais precisamente possível. "Este processo nos permitiu filmar as miniaturas mais rapidamente"explica Kelly Port, o que era um ponto muito importante considerando-se o curto tempo disponível para filmagem.
Programar no computador de controle de movimento todos estes movimentos tomaria um tempo extra de 2 ou 3 dias por cena. Assim, fazendo esta previsualização e traduzindo tudo para o set de filmagem poupou muito tempo. Matthew Lamb modelou os vários elementos do set de filmagem usando o software 3D Houdini. Matthew traduziria todos estes dados de previsualização em controle de movimento e veria se funcionaria corretamente com a miniatura. Ele poderia ver se um certo movimento iria fazer a câmera quebraria na parede, por exemplo. Tudo podia ser alterado até que o movimento funcionasse e então, os dados de previsualização poderiam ser usados para dirigir o equipamento de controle de movimento.   "Fomos além de só modelar o set de filmagem e o equipamento de controle de movimento", diz Jonathan Egstad. "Modelamos os suportes de movimentação dos modelos, o trilho no chão, o set de filmagem, a tela verde, onde a luz principal ficaria - ou seja tudo. Todos este fatores foram levados em conta. Uma cena pode ficar muito legal no computador; mas nós percebemos que no set de filmagem, a câmera iria através do telhado para fazer o mesmo movimento. Também existiam certas limitações para o movimento do modelo da Nightingale. Ela poderia dar uma guinada e ir para frente e para trás, mas era só. Ela não poderia rolar, todos estes movimentos tinham que ser feitos pela câmera. Estas restrições foram levadas em conta durante a previsualização". "A razão deste sistema não ter funcionado outras vezes foi porque não era levado em conta as milhares de variáveis envolvidas", diz Egstad, "tais como distorção da imagem pelas lentes da câmera e a imprecisão do sistema de controle de movimento, ou pequenas variações na trilha. Até a temperatura do set de filmagem levou a certas alterações que não contávamos. Desta vez, para o filme Supernova, nós medimos e medimos e medimos. Mas, mesmo com todo este rigor, nós ainda tinhamos problemas. No final tínhamos que admitir que isto nunca seria totalmente perfeito".
 

 

 

O filme True Lies conta as aventuras do agente secreto Harry Tasker, interpretado por Arnold Schwarzenegger, lutando contra uma gangue de terrorista que tenta destruir Miamy. O filme é repleto de efeitos especiais mas nenhum é tão espetacular quanto aquele em que Arnold pilota um avião a jato para socorrer sua filha do líder dos terroristas Aziz. O diretor James Cameron queria que o público acreditasse que Arnold estarva realmente pilotando o avião. Para isso, eles filmaram no topo de um edifício de 20 andares em Miamy. Para essas cenas do telhado foi construído um modelo de jato em escala 1:1 (tamanho real) com cerca de 15 metros de comprimento, utilizando paíneis de fibra de vidro sustentados por uma estrutura de aço. O supervisor de efeitos especiais, John Bruno, contou com a tecnologia de controle de movimento para os movimentos dinâmicos do avião. O coração de um sistema de controle de movimento é um computador que pode ser programado para controlar os movimentos de um tripé ou de uma câmera. Isto permite aos produtores, movimentos repetidos com controle completo e previsibilidade das ações. Em True Lies o computador controlou uma base hidráulica móvel de 9 toneladas, sobre o qual ficou apoiado o modelo de avião de 3,5 toneladas. A base móvel era capaz de se inclinar em até 60 graus em qualquer direção.

Como todos os movimentos da base móvel ficaram gravados no computador, uma seqüência de movimentos podia ser repetida com precisão. Uma grua (guindaste) foi colocada no telhado do prédio segurando uma câmera operada por controle remoto. O arranha-céu em Miamy não poderia ser utilizado para as cenas em que se precisava olhar para baixo do avião, porque assim o telhado apareceria na tela. Assim, eles levaram a base móvel e o modelo de avião para um angar de aeroporto em Los Angeles, onde foi colocada uma tela verde ao redor do avião e placas verdes tampando a base hidráulica. O processo de utilização de tela verde permite com que um objeto em primeiro plano seja combinado com uma outra imagem de em segundo plano. As cenas finais foram editadas nos computadores da Digital Domain. A tela verde foi substituída pelo horizonte de Miamy, fazendo parecer que o avião estava sobrevoando a cidade. No esquema abaixo você pode ver o sistema de controle em cima do teto do arranha-céu, usado para close-ups. Nos outros dois esquemas seguintes você pode ver o mesmo sistema dentro de um estúdio todo verde, usado para as cenas mais distantes do avião ou quando se precisa ver de cima do avião.
   
 

 

 

Para o filme Planeta Vermelho, nem todas as cenas foram feitas com movimento controlado para as miniaturas de naves. Em algumas cenas as miniaturas foram filmadas em uma única passagem colocando-se a câmera sobre um suporte dolly, ou seja, um carrinho com rodas sobre trilhos. É o chamado "feito à moda antiga". Eles colocaram marcadores nas paredes durante estas cenas de maneira que um céu estrelado digital pudesse ser colocado depois durante a pos-produção. O céu estrelado foi feito usando-se um plugin para o programa Lightwave 3D. Com este plugin é possível especificar que parte conhecida do universo você deseja criar um céu e ele gera detalhadamente as estrelas daquele ponto de vista. E você pode mudar a intensidade e cores das estrelas. Tendo assim, um céu estrelado realista.

 

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