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Modelos de Perfeição

 

Construção de Cenários em Miniatura

 

Cenários montanhosos - Existem diversas maneiras de se criar cenários montanhosos. Uma muito usada seria recobrir com folhas de alumínio uma estrutura feita de tela de galinheiro ou de gesso, que pode ser montada em plataformas e ao ar livre ou com uma pintura de fundo por trás. Um outro material também usado para se criar as rochas seria a espuma de uretano e em menor freqüência de uso, o isopor.

As folhas de alumínio são aquelas que você já conhece e já viu, ou seja, aquelas de se embrulhar alimentos. Quanto mais encorpada a folha, melhor. As espuma de uretano se assemelha com o isopor só que é menos porosa e pode ser encontrada em densidades diferentes. A espuma de uretano tem a mesma facilidade de uso que a madeira tem, só que melhor ainda. Assim, com a espuma de uretano é possível entalhar, lixar, esculpir, como a madeira, só que melhor.

 

Para o filme Always, a ILM construiu uma paisagem rochosa de cerca de 80 metros de comprimento por 10 metros de largura, com uma estrutura de canos metálicos de 2,5 cm de diâmetro e ripas de madeira. Sobre esta estrutura, eles recobriram com tela de galinheiro e sobre esta tela eles aplicaram folhas de alumínio comum. Depois eles pintaram de cor de terra e maquiaram com terra, matos, pequenas árvores, pedras e outras sujeiras. Na primeira figura você vê a parte traseira da estrutura, mostrando os canos, as madeiras e a folha de alumínio que constitui as rochas. Na outra foto, você paisagem rochosa de frente.

 

Numa das cenas do filme Mortal Kombat: Annihilation, a técnica da folha de alumínio foi também usada. Os artistas criaram tubos com paredes cobertas de folha de alumínio amassado e pintado com tinta preta. Na figura da esquerda, você pode ver partes da folha de alumínio emendadas e ainda sem pintura. Na figura da direita pode-se ver com mais detalhes a superfície amassada da folha de alumínio pintado de preto.

 

 

Para o filme, Indiana Jones e o Templo da Perdição, algumas montanhas foram feitas usando-se folha de alumínio amassada sobre uma estrutura de gesso. Esta estrutura de gesso era esculpida com as formas aproximadas do que se queria para a montanha. Depois eles recobriram com folhas de alumínio amassadas e depois pintaram com a cor desejada para imitar a montanha. Para criar os detalhes da neve sobre a superfície da montanha eles aplicaram gesso líquido ou tinta branca e depois polvilharam com fermento em pó. Na primeira figura você vê a parte traseira da montanha de gesso e folha de alumínio na segunda foto a frente da montanha. Na terceira foto, é possível ver uma mini-câmera correndo em trilhos de uma miniatura de túnel. Esta foto se refere às cenas em que aparecem Indiana Jones sendo perseguido dentro de uma mina no filme Indiana Jones e o Templo da Perdição. Observe que as paredes do túnel também foram feitas com folha de alumínio amassado e pintadas de marrom para imitar as rochas.

 

Para o filme Alive, que conta história de um acidente aéreo nos Andes, a ILM construiu uma miniatura de montanha esculpida com gesso e coberta com folhas de alumínio. Em seguida, pintaram com cor de rocha e polvilharam com fermento em pó para simular neve. Toda essa miniatura de montanha estava montada em uma estrutura de metal e madeira e tinha um fundo pintado por trás, para imitar o céu que estava na cena real feita com os atores. Tanto esta miniatura e a do avião foram colocadas ao ar livre no estacionamento da ILM para serem filmadas.

   

 

Para um episódio de Jornada nas Estrelas Deep Space Nine, foi preciso conseguir uma superfície de um planeta hostil e tempestuoso. Como não existe tal locação, foi então construída uma miniatura de 6 metros por 5,5 metros. Para isso, o modelista Gregory (Greg) Jein foi encarregado desta tarefa. Greg é veterano de filmes como Caçada ao Outubro Vermelho, Jogos de Guerra e Contatos Imediatos do Terceiro Grau. Segundo Greg Jein, "fazer modelos é uma terapia, é como tecer cestas, se não fizesse algo com as mãos, fico louco". A superfície hostil do planeta deveria ser rochosa, com vários picos altos e penhascos. Para isso, os picos foram entalhados em espuma de uretano, um material semelhante ao isopor só que mais duro e menos poroso. O entalhe foi feito inicialmente com ferramentas como machadinhas para formar os cortes deste pico. Em seguida usaram raspadores para alisar um pouco a superfície. Depois, usaram ferramentas de ponta para fazer ranhuras neste pico, típicas de uma encosta rochosa. Como a superfície rochosa do planeta tinha regiões de desfiladeiro, primeiro os modeladores criaram um versão reduzida do desfiladeiro numa chapa de espuma de uretano. Esta maquete serviu apenas para visualizar como deveria ser na miniatura final. Depois eles transferiram o desenho deste desfiladeiro para pedaços maiores do mesmo material e que farão parte da miniatura final. Para transferir eles usaram o método do quadriculado. Neste método, eles traçam riscos horizontais e verticais feitos com lápis formando, por exemplo, um quadriculado com quadradinhos de 1 cm de lado. Assim, por exemplo, se na versão final o desfiladeiro deverá ser quatro vezes maior, eles desenham na chapa que será o desfiladeiro final, quadradinhos de 4 cm de lado. Assim, basta ir observando na maquete e tentando reproduzir na chapa maior. Para dar a forma recortada típica do desfiladeiro, os escultores raspam a beirada destas chapas com escova de pêlos metálicos (escova de arame). Assim que as peças estão prontas, elas são montadas sobre plataformas de madeira em um estúdio, gastando um dia inteiro. Greg Jein e sua equipe gastaram 3 semanas para construir 62 peças que constituem a paisagem infernal do planeta. Para criar a ilusão de tempestade nesta miniatura, o planeta é coberto com uma névoa feita de nitrogênio líquido ou LN2 a 160 graus negativos. Para fazer relâmpagos, eles usaram lâmpadas que piscam como flashs de máquinas de fotográficas. Essas lâmpadas são controladas por computador para que combine com as luzes que fazem os relâmpagos na cena já filmada com os atores reais.

 

Para o filme de viagem cinematográfica StarQuest, a equipe de modeladores lideradas por David Goldberg da DreamQuest Images construiu uma miniatura de paisagem lunar com 93 metros quadrados, com superfície e picos rochosos feitos com isopor.

 

Em uma das cenas do filme Risco Total, um helicóptero colide com um penhasco. Para fazer essa cena, o supervisor de efeitos especiais, Neil Krepela, decide realiza-la com miniaturas. O penhasco em miniatura é na realidade um estrutura de andaimes de metal (a mesma usada para construção civil) e madeira. Sobre esta estrutura foi aplicada tela de galinheiro. Em seguida eles aplicaram uma espuma de poliuretano que depois de seca torna-se bem rígida. No final, o penhasco em miinatura tinha cerca de 18 metros de altura.

 

As miniaturas também ajudam os cineastas a criarem um mundo que só existiria em filme. Em uma das cenas do filme 007 O Mundo Não É O Bastante, 007 dirige sua BMW por um campo de petróleo no Oriente Médio. Na cena seguinte em que chega a um lugar montanhoso de floresta, ela teve que ser filmada na Espanha. Como o diretor queria que a BMW de James Bond fizesse uma transição dos campos de petróleo para a floresta em uma só tomada, a solução foi construir uma miniatura do cenário desejado na escala 1:8 e que une um campo de petróleo a uma área de floresta. A esquerda do mini-cenário, o campo de petróleo foi construído detalhadamente com as bombas de extração de petróleo e poças de óleo. Do outro lado foi construída uma miniatura da floresta com pinheiros. Uma estrada empoeirada unia os dois cenários. O mini-cenário foi montado em uma espécie de mesa de madeira.

 

Umas das cenas mais cativantes de As Loucas Aventuras de James West era sem dúvida aquelas em que aparecia a tarântula mecânica gigante. Em uma delas, a tarântula movida a vapor é vista pela primeira vez em Monument Valley e parece estar cercada por rochas gigantescas. Então, ela destrói as rochas, como uma demonstração de poder e em seguida sai. Como não era possível explodir as rochas verdadeiras em Monument Valley a solução foi construir uma miniatura deste cenário, já que a tarântula mecânica seria construída em computação gráfica. À frente da equipe de modelistas da ILM estava Lorne Peterson. Para reproduzir 3 rochas de 66 metros de altura foram usadas miniaturas de 3,3 metros de altura em escala de 1:20. A parte mais difícil era fazer a destruição dos modelos. Era importante que não caíssem simplesmente e atrapalhassem a passagem da tarântula. Não podiam deixar que caíssem inteiras, ou seja, uma única peça inteira caída no chão, deveria parecer como uma demolição de um prédio. Para isso as rochas foram feitas de uma espuma rígida de uretano. Depois foram pré-cortadas como um quebra-cabeça. Para ficarem juntas usaram um produto industrial que vêm na forma de pó depois que se misturado ao álcool, vira uma espécie de lama e que seca depois de algum tempo. Depois de seca ela é quebradiça. Dentro de cada de coluna de rocha havia um tipo de rolha presa a um fio. No momento da explosão, esta rolha é puxada e então sai quebrando a massa no interior, fazendo com que os pedaços de rochas se separem um dos outros e então desabem. Veja o esquema abaixo. A pedra central mostra uma visão interna da rocha.

   

 

No filme Supernova, um dos personagens (Nick) encontra a Mina de Titan abanadonada, uma cena que foi conseguida com miniaturas, tela verde e matte paintings. O interior da mina de Titan foi feito num hangar, onde as equipes de cena ao vivo tinham filmado. O exterior incluia uma ponte de 13,2 metros de comprimento e 2 torres de aterrissagem, com uma tela verde pendurada em áreas apropriadas para que as peças do set pudessem ser unidas com modelos e extensão de set em 3D. Entre estes modelos, estava uma elaborada encosta em miniatura, construída em escala de 1:220, o qual era um exterior de mina e superfície lunar ao redor. "A miniatura da paisagem foi esculpida em em espuma de uretano por Eric Alfred e sua equipe, " diz Scott Schneider. "Nick Seldon estava encarregado da estrutura metálica da mina, a qual era uma combinação de partes de kits de modelos para montar e plástico estireno preto. Todo o set da mina foi construído em 4 semanas."

   

 

 

Cenários com túneis - os cenários com túneis são muito usados quando se deseja, por exemplo, fazer com que uma grande enxurrada ou torrente de água escorra dentro deste túnel e persiga os heróis da estória. Neste caso, para fazer com que a água escorra dentro do túnel, a primeira parte dele precisa ser ligada a uma caixa d'água. Assim, quando a água é liberada da caixa d'água, ela escorrerá pelo túnel. É claro que, quanto mais alta for a caixa d'água, maior será a força e velocidade com que a água escorrerá pelo túnel.

No filme Indiana Jones e o Templo da Perdição, uma das cenas mais emocionantes era aquela em que Indiana era persequido dentro de um túnel por uma enxurrada gigante. Assim como em outros filmes que mostram água escorrendo dentro de túneis, os artistas da ILM usaram miniaturas. Eles criaram um túnel em miniatura, todo fechado, em que uma das extremidades cairia água vindo de uma caixa d'água acima deste túnel. Assim, todo o cenário deste túnel tinha de ser montado dentro deste cenário que possuía janelas para que os artistas pudéssem entrar e montar a miniatura. Na primeira foto você pode ver o túnel metálico e com uma parte ligada a uma caixa d'água. Na segunda foto, pode-se ver a entrada do túnel e que será o local que a câmera filmará. Observe que nem tudo é high-tech: veja o papel celofane amarelo colocado em frente a luz para dar um efeito de cenário quente! Na terceira foto o modelador Lorne Peterson está colando os trilhos do vagão. E na última foto, pode-se ver Indiana Jones em frente o túnel, uma cena conseguida combinando a cena do ator com a miniatura.

 

 

Cenários urbanos (prédios, edificações, etc.) - geralmente prédios e casas são construídos de madeira compensada, construindo-se somente as partes que serão filmadas pela câmera, justamente para baratear o custo. Os plásticos, principalmente o estireno, são usados com mais freqüência para se criar estruturas de menor espessura, como por exemplo, simular a estrutura metálica de uma ponte. O acrílico comum (conhecido como Plexiglass) é também usado quando se deseja transparência, por exemplo para fazer uma miniatura de prédio de vidro. Quando se deseja mais realismo às casas e prédios, principalmente nas cenas de destruição, o gesso é muito usado, pois quando se quebra lembra muito concreto se quebrando. Muitas vezes, em alguns filmes, é necessário que, por exemplo, uma casa de madeira se quebre ou seja queimada. Nesses casos, usa-se madeira balsa, pois ela é leve e quebradiça.

Para uma das cenas do filme Apollo 13, o astronauta Jim Lovell, interpretado por Tom Hanks, acompanha um senador e sua comitiva numa visita a VAB ou Unidade de Montagem de Foguetes da NASA, onde estava sendo montado o foguete Saturno V. O diretor Ron Howard concluiu que seria impossível filmar nesta enorme unidade de montagem, o que precisaria de uma iluminação suficiente para uma pequena cidade. Para isso, o supervisor de efeitos visuais, Rob Legato da Digital Domain, sugeriu filmar os atores contra um fundo verde de depois retirar este fundo colocando cenas de uma miniatura desta unidade de montagem. Para se criar esta miniatura, os modeladores da Digital Domain tiraram várias fotos do cenário real como referência. O cenário foi projetado na escala 1:24, tinha quase 4 metros de altura, 4,5 metros de largura e 6 metros de profundidade. Foi montado com paredes de plástico estireno. Oito modeladores levaram mais de 1.500 horas para construir e finalizar este cenário. O detalhe tem papel importante na veracidade dos modelos. "Por experiência sabemos quanto detalhe é preciso, fazemos um registro do local, dos detalhes, porque muitas vezes mudamos as peças para lugares que permitem ângulos de câmera melhores" diz Leslie Ekker, chefe da equipe de modeladores da Digital Domain. Escadarias, tanques de gás e latas de lixo realçam o realismo na tela. O resultado é uma reprodução detalhada e realista de um dos maiores prédios do mundo, incluindo o foguete Saturno V.

 

Para o filme A Rede, a cena em que o avião Cessna 172 colide com chaminés foi obtida com miniaturas. Para isso, Paul Pierson da Proper Effects Incorporated construiu as mini-chaminés que serão atingidas pelo Cessna em miniatura. Elas são 4,5 vezes menores que as verdade (escala 1:4,5), tendo cerca de 7 metros ao invés de 30 metros. Elas são feitas de madeira revestida com metal flexível, são ocas tendo apenas a metade da frente. Corrimão e escadaria acrescentam realismo às mini-chaminés. São pintadas de cinza claro e depois aplicam cinza um pouco mais escuro com esponja de banho (espuma comum) para simular a porosidade típica de cimento. No alto das mini-chaminés é aplicado spray de tinta preta para imitar manchas de fumaça.

 

A cena de abertura do filme Morrendo e Aprendendo mostra uma vista aérea noturna de São Francisco por volta de 1959. Para isso, foram utilizadas miniaturas construídas pela empresa Forward Productions dos irmãos Denis e Robert Skotak. Foram construídas 200 miniaturas de pequenos prédios feitos de um plástico transparente chamado plexiglass (acrílico comum transparente). Esses prédios foram então pintados de preto, deixando-se somente o espaço das pequeninas janelas sem pintar. Luzes colocadas dentro destes prédios de plástico transparentes dão a ilusão de prédios iluminados. Eles foram pintados de preto pois a cena era noturna. Momentos depois, um ônibus de passageiros derrapa e cai de uma ponte. Para isso construiram uma miniatura da ponte e prédios ao redor e do ônibus. A ponte tinha uma mureta que deveria se romper com o impacto com o ônibus. Ela foi feita de um material semelhante a isopor, chamado de espuma de uretano e não era colada na ponte, justamente para se soltar com o impacto. Os prédios ao redor tinham apenas a frente eram feitos de madeira compensada.

 

No filme O Juíz, Sylvester Stallone interpreta o implacável juíz Dredd na futurística cidade Mega City 1. Para criar as cenas com os enormes prédios que deveriam chegar 600 metros de altura foi usado o recurso das miniaturas. Joel Hynek, supervisor de efeitos especiais coordenou a equipe da Mass Illusion que construíria a gigantesca Mega City 1. Cerca de 40 modelistas passaram 6 meses construindo miniaturas de madeira, plástico, e plexiglass (acrílico comum transparente). As miniaturas menores foram envelhecidas usando tintas acrílicas em tubo (aquelas usadas para pintar quadros) aplicadas diretamente com o dedo. Atrás de cada uma das 160.000 janelas transparentes dos prédios tinha luzes e fotografias de interiores de apartamentos. Este truque deu um aspecto mais realista aos prédios, criando a idéia de apartamentos diferentes. Grande parte das luzes que iluminavam o exterior da cidade também era em miniatura para ficar mais real. A cidade em miniatura tinha 3 metros de altura por 6 metros de largura.

 

Uma das cenas mais conhecidas do filme Independence Day é a cena de destruição da Casa Branca. Para consegui-la, foram usadas miniaturas. Tanto a Casa Branca como a nave são miniaturas, filmadas separadamente. A Casa Branca era uma miniatura em escala de 1:10 de 1,5 metros de altura por 4 metros de largura. A partir de fotografias, os modeladores esculpiram várias partes. Depois eles tiraram moldes de silicone destas partes para criar réplicas de gesso que depois foram pintadas. Todas as partes da Casa Branca estavam apoiadas em uma moldura quadrada de aço. Para conseguir um efeito mais realista a miniatura é constituída de módulos. O primeiro módulo ou plataforma era constituído pela miniatura propriamente dita da Casa Branca. Elas estava apoiada nesta plataforma (semelhante a uma mesa) e que tinha um plástico preto para cobrir os pés desta mesa. Na frente deste módulo ou mesa eles colocaram pequenas árvores em vasos, de forma que os vasos não seriam visíveis, somente as árvores. Na frente desta árvores foi colocado uma plataforma ou mesa com tampo inclinado (mais alto perto da miniatura e mais baixo longe da miniatura) e que tinha um gramado com pequenas flores e uma grade de metal em miniatura imitando um portão. Esta plataforma era inclinada para acentuar a perspectiva, dando a ilusão de estar mais longe. Durante a filmagem, a câmera foi posicionada antes do gramado com a grade. Assim, o gramado estava mais perto, depois estava as árvores e por último a Casa Branca. Sobre a Casa Branca, eles colocaram fortes luzes em cima de uma chapa plástica azul transparente, para dar a ilusão do brilho azul do raio destruidor da nave alienígena. Na figura a esquerda você pode ver o esquema usado e na direita a cena final.

 

Para o filme Terremoto, as cenas de destruição da cidade foram feitas usando-se miniaturas. Glen Robinson e sua equipe recriaram criaram locais conhecidos de Los Angeles em miniatura, construindo prédios e até latas de lixo. As miniaturas dos prédios foram colocadas em uma plataforma elevada (semelhante a uma mesa) para serem filmadas contra um céu de verdade, ficando assim mais realista.

 

Para o filme Na Roda da Fortuna, o supervisor de modelos, Mark Stetson, coordenou uma equipe de 31 modeladores para criar um visão estilizada da Nova Iorque de 1958. A miniatura da cidade foi construída na escala 1:24 e foi baseada em fotografias de prédios reais. Vinte arranha-céus foram feitos, a altura dos prédios variou entre 3 a 12 metros, no total eram mais de 9.000 mini-janelas. Para dar credibilidade à cena, eles acrescentam pedestres, placas e carros nas ruas em miniatura. Os prédios são construídos de madeira compensada, tem apenas a parte da frente (que é a parte que irá aparecer), as janelas tem vidro e são iluminadas por trás. Depois eles pintam os prédios com tinta em spray (com aerógrafo ou com revólver de pintura).

 

No filme 15 Metros de Mulher, Daryl Hannah interpreta Nancy, uma mulher que cresce até a altura de 15 metros. Para que a interação com objetos fosse perfeita, eles deviam ser construídos em miniatura. Gene Warren Jr. e sua equipe da Fantasy II criam várias miniaturas de casas, carros e de todos os objetos que a gigante deveria entrar em contato. Em uma das cenas, Nancy desmaia e cai sobre um celeiro. O celeiro foi feito em miniatura e foi construído de madeira balsa sem uso de pregos, só de cola, pois os pregos poderiam machucar a atriz. Para a cena final em que Nancy agora com 21 metros vai atrás de seu marido enganador, toda a cidade é construída em miniatura, com base em prédios reais. Centenas de árvores, luzes e postes de telefone e carros foram criados. Toda a mini-cidade foi montada dentro do estúdio da Fantasy II e cada quarteirão media 10 metros de comprimento por 6 metros de largura. O solo tinha uma base (tipo mesa) de madeira compensada. Atrás do deserto elevado tinha uma pintura de montanhas. Os arburstos e cactos em miniatura eram apoiados numa chapinha fina de madeira, assim, bastava coloca-los no deserto e polvilhar terra ou areia por cima para tampar esta chapinha.

 

No filme Exterminador do Futuro um caminhão-tanque explode em frente a um prédio, formando uma enorme bola de fogo. Para conseguir essa cena foram usadas miniaturas. O fato de usar miniatura se deve ao perigo que a cena representava, já que o local escolhido para filmagem da cena era em frente a um depósito de armamentos da polícia e é claro a produção não conseguiu autorização para explodir um caminhão de verdade. Assim, miniaturas foram uma opção mais direta. Para isso, foram necessários a miniatura do prédio, da rua e do caminhão. Tanto o prédio como a rua foram feitos de madeira compensada e foi montada na forma de uma plataforma (tipo de mesa) de 50 cm de altura. O prédio só tinha a frente (não tinha nenhum dos outros lados). Depois eles pintaram, e colocaram detalhes como latas de lixo e pequenas árvores. Sobre essa mini-rua na plataforma é que o caminhão-tanque explodiria.

   

 

No filme Asteróide, o planeta Terra é bombardeado por asteróides que foram deslocados de um campo de asteróides. Em uma das cenas, um caminhão-tanque é atingido por um fragmento de asteróide numa auto-estrada. Para isso, a Stargate Effects utilizou miniaturas. A miniatura da auto-estrada foi construída sobre uma plataforma de aproximadamente 80 cm de altura (semelhante a uma mesa). Abaixo você pode ver uma foto da miniatura da auto-estrada. Observe que ela está elevada para que durante a filmagem a câmera não filme o chão de verdade, permitindo captar apenas a miniatura, o cenário de fundo e o céu. Esta técnica de construir miniaturas de cenário elevadas torna a cena mais realista, já que não existe nenhum objeto que condene a pequena escala da miniatura. Note que as laterais da mini-estrada tem os contornos escondidos com mini-arbustos, isto facilita a integração com o cenário real de fundo.

   

 

Para o filme-game Os Exterminadores foi preciso construir miniaturas para a cena final do ataque de um inseto gigante a uma prefeitura. Para isso, os modeladores da StarGate Films criaram em 6 semanas uma miniatura em escala 1:6 da prefeitura. A equipe de 5 escultores e pintores usou madeira compensada para a estrutura básica , gesso e plástico líquido para fazer detalhes e adornos. A miniatura era constituída apenas pela frente e dois lados, ou seja não tinha a parte de trás. Isto era importante para permitir colocar os explosivos.

 

Para climax ardente do filme O Iluminado, baseado numa estória de Stephen King, as chamas de um incêndio consomem o hotel Overlook. Para obter esta cena foi usada uma miniatura extremamente realista. A VIFX sob a supervisão de Boyd Shermis se baseou em fotos de um hotel real. A miniatura tem 2,7 metros e foi construída com 5.182 metros quadrados de madeira balsa. A madeira balsa foi escolhida pois o hotel deveria ser incendiado como um hotel real de madeira deveria ser. A miniatura foi filmada a noite em cima de um tipo de mesa coberta com um forro de plástico preto (muito parecido com os usados aqui no Brasil como saco de lixo). Como o cenário deveria ser durante o inverno, os modeladores colocaram neve falsa sob o chão dos arredores do hotel. Para dar ainda mais realismo a cena, eles fizeram mini-marcas de sapato sobre a neve na entrada do hotel e marcas de pneus de carro feitas com rodinhas de carros de brinquedo.

 

No filme Despertar de um Pesadelo, os personagens principais são quase tragados por uma enorme bola de fogo numa explosão em uma ponte. Para conseguir esta cena, foram utilizadas miniaturas. Para isso, a WKR Productions com uma equipe de 10 pessoas projetou e construiu a mini-ponte em escala 1:5 em 2 meses. Tinha 41 por 6 por 5 metros. Assim que a ponte foi montada em locação, as miniaturas de caminhão-tanque com explosivos e um carro controlado por controle remoto (representando o veículo de fuga dos heróis) foram colocados na cena.

 

No filme As Loucas Aventuras de James West, para a cena em que a tarântula ataca a cidade, foi usada uma cidade cenográfica e miniaturas. Nas cenas em que mostrava as casas vistas de perto sendo destruídas foi usada a cidade cenográfica. Mas nas cenas em que parecia um visão aérea e panorâmica foi usada uma miniatura da cidade. Em apenas 6 semanas uma equipe de 15 carpinteiros, modeladores e artistas cênicos construíram 26 casas em escala 1:4. Eles foram cautelosos com os mínimos detalhes. Depois de cada tomada de incêndio eles entravam e apagavam o fogo. E para não deixar pegadas no local (o chão era de terra), eles tinham de varrer o cenário e para nele andar, eles colocavam um pedaço de chapa de madeira debaixo do sapato. Debaixo desta chapa de madeira havia várias mini-ferraduras feitas de madeira e coladas. Assim quando eles pisavam, eles deixavam marcas de mini-ferraduras de cavalo, 4 vezes menor que as de verdade. Além disso, eles passavam rodinhas de madeira presas a uma vara para simular marcas de carruagem.

 

No filme Fim dos Dias, Arnold Schawarzenegger se defronta com o diabo dentro de uma catedral em Manhattan. Como esta catedral deveria ser destruída, foi preciso construir uma miniatura. Para isso, tinha que ser uma réplica exata e perfeita ou a ilusão não funcionaria. Para isso contrataram a Hunter e Gratzner ( de Ian Hunter e Matthew Gratzner). Como era uma construção que já existia, era muito importante atentar para os detalhes e que fosse o mais detalhada possível para combinar com as imagens da catedral real, para definitivamente não haver dúvida que fosse real. A equipe de Hunter e Gratzner fabricou bancos de madeira balsa, colunas, candelabros para uma catedral em escala de 1:6. O resultado final foi uma miniatura de 13 metros de comprimento por 6 metros de altura. Para quebrar os vitrais em seqüência em resultado ao poder do diabo, eles posicionaram cilindros de ar comprimido por detrás delas. O vitral foi pré-cortado para que os fragmentos tivessem tamanho adequado. Uma réplica de 2 metros de altura da cúpula da catedral foi encaixada no alto da miniatura e também foi pré-cortada para ser destruída diante das câmeras.

 

Em umas das cenas mais interessantes do filme 007 O Mundo Não É O Bastante, em uma fábrica portuária de caviar, 007 é ameaçado por atiradores e por um helicóptero com serras rotativas. Para isso, o supervisor de efeitos especiais John Richardson optou por usar miniaturas, pois segundo ele "se é muito caro, perigoso ou muito grande para fazer uma cena com dublês ao vivo, usa-se miniaturas". Em um setor de estúdio em Pinewood (Londres) , a equipe de Richardson construiu um modelo em escala 1:4 do cenário da fábrica. Copiaram todos os detalhes das docas, os barris e equipamentos nas plataformas. Para as cenas em que o helicóptero seria filmado em vôo seria usado um helicóptero de verdade com serras rotativas falsas. Na cena em que o helicóptero corta parte do cenário, eles usaram um helicóptero em escala 1:1 suspenso por um guindaste e controlado por computador. Mas quando o helicóptero precisava ser atingido por um míssel, destruir um helicóptero de verdade seria caro e muito arriscado. Assim, a equipe de Richardson também teve de criar a miniatura do heicóptero em escala 1:4. O helicóptero foi construído em grande parte com fibra de vidro e madeira em algumas partes (turbinas de exaustão no teto do modelo).

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