Detalhe da arquitetura do Porto de São Mateus, antigo pólo comercial de projeção nacional
Igreja Nossa Senhora de Assunção, erguida em 1579 pelo padre José de Anchieta
Convento da Penha, construído em 1558 em homenagem à padroeira do Espírito Santo
Itaúnas, patrimônio histórico e paraíso ecológico. No detalhe, tartaruga marinha
Palácio do Anchieta, Sede do Governo Estadual
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A história e cultura do povo capixaba
O patrimônio histórico-cultural do Espírito Santo remonta ao início da colonização do solo espírito-santense.
Correntes arquitetônicas característcas do século XVI ao conteporâneo revelam os caminhos do crescimento da economia e, conseqüentemente, as origens da cultura local. Um traço muito forte nas construções do Espírito Santo é a influência jesuíta, que pode ser conferida com vários monumentos no litoral do Estado.
Na ilha de Vitória, a data de fundação coincidiu com a do início da construção do conjunto arquitetônico, formado pela igreja de São Tiago e pelo Colégio dos Jesuítas, hoje Palácio Anchieta. Símbolo da cidade, sua construção foi iniciada pelo padre Afonso Brás, em 1551, a partir de uma modesta tapera coberta de palha. Ao final do século XVIII, os jesuítas tinham aí sua principal casa, como também sua maior igreja na Capitania.
Quando foram expulsos da Colônia e seus bens apropriados pela Coroa, o antigo colégio passou a ser a sede do governo; primeiramente da Capitania e depois do Governo Provincial, durante o qual recebeu em 1860, a visita de dom Pedro II.
Atualmente sede do governo estadual, o Palácio Anchieta guarda sob o local do altar-mor da antiga igreja, o túmulo do padre José de Anchieta, "Apóstolo do Brasil".
Vila Velha
Marco da fé do povo capixaba, o convento da Penha foi
construído em 1558, pelo frei franciscano Pedro Palácios, no alto de um rochedo de 154 metros, em Vila Velha , ao lado de Vitória. Trata-se do Principal monumento religioso do Estado, onde fiéis de todo o País se dirigem para o alto do morro da Penha em procissão, oito dias após a Páscoa para prestar homenagem à padroeira do Estado, Nossa Senhora da Penha.
Trilha abençoada
Andarilho, o padre José de Anchieta fazia constantes caminhadas pelo litoral do Espírito Santo. Duas vezes por mês, durante os 10 últimos anos de sua vida, percorria a pé o percurso de 105 quilômetros, entre a Aldeia de Reritiba, onde morava com os índios tupiniquins , e Vitória, onde era diretor do Colégio São Tiago. Em 9 de junho de 1597, ele percorreu pela última vez o percurso que separava sua cidade, hoje Anchieta, da capital capixaba. Só que desta vez o beato foi carregado, morto, numa rede, num cortejo que reuniu 3.000 índios. Homenagem para um homem, quase santo (é o mais forte candidato brasileiro à canonização pelo papa), que se tornou uma importante referência não só para a religião, mas também para a cultura da História do Brasil.
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