Oratório
Espécie de armário
ou nicho onde se faz como que um altar com imagens de santos
[1].
No
concelho de Câmara de Lobos, certamente que muitas serão as
residências dotadas de oratórios, não existindo, contudo,
quaisquer dados que nos permitam a sua quantificação, facto a
que não é alheio o seu carácter íntimo ou particular.
Com
características públicas ou semi-públicas poderemos
individualizar um oratório na sede da Banda Municipal de Câmara
de Lobos, ao sítio da Torre, freguesia de Câmara de Lobos,
dotado de uma tela do pintor Nicolau Ferreira, datada de 1781 [2]
e um oratório dedicado a São Cristóvão, no miradouro da
Corrida, na freguesia do Jardim da Serra.
Na
freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, no lugar do Calvário,
existe também um oratório, que constitui o local onde, depois
de se iniciarem na igreja paroquial de Nossa Senhora da Graça,
terminam as estações da Via Sacra e onde se realizam algumas
cerimónias, por ocasião da Semana Santa.
No
tempo ter-se-á perdido um oratório existente no solar da
Quinta da Lourencinha, existente no sítio do mesmo nome, na
freguesia de Câmara de Lobos.
O
Dr. A. Rodrigues de Azevedo nas suas anotações à obra de
Gaspar Frutuoso ainda que faça menção à existência de uma
capela no sítio da Lourencinha, tal parece parece não
corresponder à verdade [3].
Ainda
que conhecida como capela , este local de culto situado na
quinta da Lourencinha terá sido um oratório, ideia que também
é defendida pelo Dr. Nelson Veríssimo que conheceu de perto
esta quinta, destruída por volta de 1970, por ter leccionado
numa escola de ensino primário que nela fora instalada em 1930 [4].
[4]
Ao que tudo leva a crer foi instalada
nesta quinta em 1930 uma escola mista, que segundo o Diário
da Madeira de 26 de Janeiro de 1930, terá sido alvo de
vistoria e aprovação.