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Marcella,
    Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor   ( o seu amor ), serei bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor ( o seu amor ), nada serei. O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não ufana, não se ensoberbece, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor ( por você ) jamais acaba minha menina bonita, de olhar encantador e sedutor, cabelos negros e pele clara...
     Eu te amo com as minhas imperfeições. Com meus sonhos irrealizávais. Te amo de uma forma leoninamente egoísta - porque me faz bem te ter ao meu lado, porque as tuas palavras, o teu jeito, tudo isso me fascina e me seduz, porque a tua beleza é a da flor que brota fora do tempo e a do primeiro raio de sol no rosto de quem deixa um calabouço, porque nenhuma mulher me deu mais amor em toda a minha vida. Mais que te amar, eu te quero. Eu, que não tenho nada a te oferecer além do meu carinho ás vezes desastrado, das minhas histórias, e de um punhado de versos. E eu, procuro a coragem de te dizer mais uma vez : Eu te amo...
    
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