Correio BrazilienseAri Cunha
14 de fevereiro de 2001De olho na Amazônia
Foram 64 civis, 24 generais, 178 oficiais superiores, 21 capitães e tenentes que assinaram manifesto do Grupo Guararapes em defesa da Amazônia. Eles estão impressionados com a clareza das opiniões internacionais, como a do ex-presidente Clinton: ‘‘Quando necessário, quando não houver concordância da ONU com os EUA, faremos a intervenção, onde quer que seja, mesmo sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU’’. O seu então vice-presidente Gore fez coro: ‘‘Acabou a fase de contemporização. Agora é a vez da ação militar, pois os países que têm a Amazônia dela não sabem cuidar’’. Já o recém-eleito presidente Bush disse que ‘‘o Brasil e os outros países deviam vender suas florestas tropicais para pagar as imensas dívidas’’.
Não é novidade que este é o século da água, e 20% da água doce do planeta estão no norte do Brasil. Mas o documento ressalta as riquezas vegetais, minerais e o potencial de plantas usadas na medicina. Relembra o texto que os americanos vão instalar base em Alcântara, no Maranhão, proibindo o acesso até mesmo a brasileiros. Há expectativa em torno desses fatos que o povo precisa conhecer.