Infância que não volta mais...
 


 
Um pouco tarde para colocar minhas memórias de infância. O problema é que eu estou tendo lapsos de memória nesse período e cada vez que acesso dá algo do gênero 404 file not encontered, e eu fico meio sem graça só de pensar que esse mesmo tipo de arquivo será muito acessado quando eu ficar velhinha, gagá e esclerosada.
 
De qualquer forma, este arquivo servirá como gancho se eu me lembrar desses arquivos empoeirados e engavetados. Infelizmente, o leitor vai ficar meio confuso com as atualizações e... desculpe, sorry, gomem-nasai adiantados, mas vou tentar colocar na ordem, inserir datas no meio, e o que der de sinalização para cumprir com o novo Código Nacional de Trânsito virtual.
 
O período coberto: 1974 até 1987. (dos meus 2 até meus 15 anos)
 
1974: Nasceu minha irmã. Não me lembro de nada dessa época, mas minha mãe jura que eu era muito ciumenta! Hã? Não eu não fiquei com ciúmes por ter de dividir minha mãe com ela. Eu ficava com ciúmes toda vez que vinha visita e queria pegar ela no colo. Okatchan diz que eu abria um berreiro, só faltava entrar no berço e defender com unhas e dentes a irmãnzinha. Que será que eu tinha na cabeça???
 
entre 1976 e 1978: Houve uma caravana da coragem nessa época: todos os meus tios e nois fomos farofar em Santos. Não me lembro de muita coisa a não ser que tinha muita areia e fomos nos lavar numa bica que nem tenho idéia de onde fica. Na verdade... será que foi em Santos mesmo???
 
1977: Meu pai comprou o primeiro carro. E eu pra variar achei ruim, pois não era vermelho como eu queria... Se bem que agora seria muito estranho ter um fusca de cor vermelho berrante... O que mais me lembro dessa época era o fato inusitado de meu pai deixar alguns carros ultrapassarem o nosso e eu ficava realmente indignada com isso.

1979: Comecei minha carreira acadêmica. Não entendia uma palavra do que minha professora dizia. E por causa disso, como todo bom trauma, esqueci completamente a língua japonesa...
 
A minha primeira professora Wanda, era um amor, mas agora didáticamente falando percebo que ela seria das primeiras a ficar perdida sem as cartilhas de alfabetização. Como todas as outras professoras seguintes, não sei como ela está agora. Profissão ingrata essa não?

Foi nessa época que minha irmã jogou basquete em cima do beliche.
 
1980: O primeiro derrame de meu avô. Toda a família ficou de vigília na casa de meus tios (irmão mais velho da minha mãe) e só me lembro que não cabia todo mundo lá...
 
1981: Meu avô faleceu e não me lembro quando... De novo, todo mundo num mesmo lugar. Eu tinha 9 anos mas acho que minha idade mental era de 4 anos porque não estava entendendo nada! Morte e perda eram conceitos vagos então.
 
1981: E logo depois disso nasceu um irmão pentelho (ajudava a irmã mais nova para me pentelhar). O que me lembro da ocasião: acordei de sábado, e fui ver minha se minha mãe estava na cozinha, mas não estava. Meu pai disse pra mim e pra minha irmã, que ela tinha ido pro hospital ter o nenê, mas a gente não acreditou... Continuamos com a nossa rotina, fizemos o almoço e percebemos que realmente ela não vinha almoçar. Aí a gente começou a desconfiar que realmente ela tinha ido ter o nenê. (duas BAKAS, tontas, não acham?)
 
Aqui o comentário de minha mãe (não tem jeito ela sempre fala e ia acabar dizendo que esquecemos isso no diário): "...e quando voltei as duas estavam com 39 graus de febre!!!"
 
1983: Entrei no ginásio. Não entendi a diferença. A não ser o fato de que tinha diversos professores, e tinha de acordar mais cedo! :-( Afinal, todos os meus colegas eram os mesmos praticamente desde o meu primeiro ano...

Entre 1983 e 1987: Fiz datilografia, acabei fazendo um curso idiota de programacao (ainda era aqueles TK80's...). Quando tinha 13 anos as meninas começaram a mudar de assuntos, e eu claro não entendia nada! Podia ser uma CDF, mas não estava claro que para muitas das minhas amigas, era um período de transformação. Acho que tanto mentalmente quanto fisicamente meu desenvolvimento nessa área era muito retardado. Claro que eventualmente descobri o motivo de tanto alvoroco, mas francamente, na época não me interessou (agora são outros quinhentos. Está claro agora por que sou tão retardada em certos aspectos?)
 
1987: Prestei o tal concurso e fui pro colégio, mas até então não tinha idéia de que depois do ginásio e do colégio ainda tinha faculdade. (Hai, watashi wa hontou-ni baka desu... - Sim eu realmente era muito tonta...)
 

Aqui termina o lado A.