NAMO BUDDHAYA - NAMO DHARMAYA - NAMO SANGHAYA !

 OS OITO VERSOS DE TREINAMENTO
DA MENTE
LANGRI THANPA (SÉCULO XI)
Dana de Rogel Samuel e Carlos Lessa.

I
Pensando em atingir a Iluminação
Para o bem de todos os seres
Que são mais preciosos do que jóias
que satisfazem desejos
Farei a prática de estimá-los sempre.
II
Rodeado por multidões
Farei a prática de considerar-me o mais humilde
E no mais profundo do meu coração
Reconhecerei a superioridade dos demais.
III
Em todas as ações, observarei a minha mente
E quando surgir  uma ilusão que represente
uma ameaça para mim ou para os outros,
Enfrentá-la-hei e afastá-la-hei com firmeza.
IV
Ao encontrar uma pessoa mesquinha
Carregada de negatividades e intenso sofrimento
O terei em grande estima e como tão raro
Como se tivesse encontrado um tesouro precioso.
V
Quando movidos pelo ciúme destratarem-me
com ofensas, calúnias e desprezo
Farei a prática da aceitação da derrota
E do oferecimento da vitória a eles.
VI
Quando alguém a quem eu tenha feito o bem
e depositado toda confiança
Me magoar profundamente
Farei a prática de encarar esta pessoa
como o meu mestre supremo.
VII
Em resumo, oferecerei direta e indiretamente
Todo o benefício e felicidade a todos os
seres, minhas mães
Farei a prática secreta de assumir
Todas as suas ações nocivas e o seu sofrimento.
VIII
Percebendo todos os fenômenos como ilusórios
Manterei estas práticas puras das oito
preocupações mundanas (1)
E livre do apego, libertarei todos os seres
Do vínculo da mente agitada e não subjugada
do karma.
(1) ganho e perda; fama e desgraça; elogio e censura; prazer e dor.