O BUDISMO NO JAPÃO

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O Butsudô, o caminho de Buda, entrou oficialmente no Japão no século VI, quando no ano 538, Songmyong, rei tributário do senhorio japonês de Paekche ou Kudara, Coréia, fez chegar à corte do imperador Kimei uma estátua de Buda e os livros onde se narrava a santa vida de Sakyamuni. Nessa primeira época Asuka de aceitação da religião vinda da grande China, os ídolos do budismo se uniram tanto aos kami do sintoísmo que a nova imaginaria terminou também por confundir-se num culto híbrido, pondo-se em andamento uma nova atitude litúrgica, centrada na incorporação à liturgia dos heróis legendários e dos antepassados. Os encarregados de dar forma às imagens do Buda japonês, os busshi, se ocuparam de criar um Mirok (Mitreya) local; de ajaponezar os Quatro Reis Celestes chineses encarregados de velar pela lei budista; a rainha Maia, mãe do Buddha; das representações da Tríade de Amida (Buda da Luz, Amitabha); da Tríade de Yakushi (Buda da Medicina, Bhaisajyaguru); das múltiplas reproduções domésticas em relevo dos oshi-dashi-butsu; das figuras cerâmicas dos Dez Discípulos e as oito classes de Divindades; as imagens dos dois Rikishi; dos doze Generais Guardas; os Buda de Mil Braços, ou de Onze cabeças. Mas junto destas devoções também estão os imperadores sacralizados: Jimmu-tennô, o primeiro; Sujin-tennô, o oitavo, que mandou construir o santuário de Ise para venerar nele as jóias imperiais; o grande herói imperial Yamato-takeru, filho do décimo imperador; Ojintennô, conhecido como Hachiman, décimo-quinto imperador; Tenjin, divindade humana da escritura; os gênios tengu, os sennin, os shôjo, os oni, os animais míticos raiju, baku, nuye, ema, namazu, kappa, kitsune, gami-inu, koma-inu. otsukai, etc., até completar o quadro mais amplo de seres divinos e divinizados.

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