A morte de Deus
Certo dia, um louco sai na rua com uma lanterna acessa em plena luz do dia e se dirigem para uma praça publica, onde começa a proclamar a morte de Deus. Como naquele local encontrava-se outras pessoas que também não acreditavam em Deus, este ganhou adeptos. E todos que ali estavam gritavam num tom de interrogação: Onde está Deus?
A partir de um determinado momento, depois de ter falado muito sobre a morte de Deus, todos ali naquele momento silenciaram e o louco então para romper o silencio jogou a lanterna no chão com toda força que além de apagar, se quebrou toda.
Neste mesmo dia, o louco visitou varias igrejas e em todas ele proferia palavras fazendo alusão à morte de Deus. Nenhuma igreja o tolerou. Alem de expulsá-lo, os responsáveis pelos templos ainda o interrogavam. Quando perguntavam para ele porque procedia desta maneira, ele respondia: As igrejas não tem mais sentidos, são tumbas e monumentos de Deus.
Nietzsche usa a pessoa do louco para poder falar da morte de Deus. Porque Deus é uma questão de fé. Ou acreditamos ou não acreditamos. Faz parte da nossa cultura e é tradicional.
Herdamos de nossos pais entre outras coisas a religião. A família de Nietzsche esperavam que ele seguisse a carreira do pai, ou seja, fosse pastor. A decepção veio quando ele se afastou deste caminho e se tornou professor de filologia.
Com certeza Nietzsche percebe a sua facilidade em falar da morte de Deus. Tudo faz parte de nossa educação. Somos educados para ter uma religião e acreditar em um Deus. Provavelmente ele entendeu que existe uma maneira de pensar diferente desta educação recebida. Como ele mesmo disse para mãe dele, quando ela leu um de seus escritos, que não foi para ela que ele escreveu. Sem duvida ele escrevia para os intelectuais de sua época. Falar da morte de Deus no século xix, ainda era polemico, nem todos compreendia.
No auge de vida de Nietzsche muito pouco se conheceu de sua obra e pouco se vendeu. E foi no final de sua vida que suas obras começou a ser divulgada e ele se tornou então muito conhecido.