Para
Searle há duas dificuldades para se ter uma explicação da consciência que vem
da relação entre consciência e a observação. Os dualistas tratam a consciência
sendo não físico. Em um momento temos o modelo do conhecimento científico, que
é o conhecimento do “mundo físico” e somos herdeiros de uma tradição filosófica
que diz que a consciência não faz parte do mundo físico.
Neste sub-título
Searle vai mostrar os três erros a respeito da consciência. Descartes
tinha um argumento do qual temos a certeza absoluta a respeito de nossos
estados conscientes. Para Searle isso parece um erro.
Uma causa
de erros sobre nossos próprios estados conscientes, relacionados ao
auto-engano, é a má interpretação.
Um outro tipo de erro que
Searle ressalta sobre nossos próprios estados conscientes é a desatenção –
simplesmente não prestamos atenção suficiente às maneiras como nossa
consciência está se comportando.
Uma interpretação diferente, e realmente bem distinta, da
doutrina da autoconsciência é que todos os estados conscientes têm a si mesmos
como objetos intencionais. Devo ter uma percepção de segunda ordem da
percepção, além da minha consciência dos objetos percebidos.
Aspectos estruturais da consciência: Até o presente momento o autor expunha o que a
consciência não era. A partir daqui ele vai dizer o que a consciência é. Para
fazer isso, Searle enumera os aspectos mais importantes da consciência. Tais
como: consciência unificada. A consciência chega até nós de forma
unificada, ou seja, experiência unificada.
Pensar e sentir são dois
estados conscientes diferentes, mas fazem parte de um único campo da
consciência, que é unificado.
Os pacientes com cérebro dividido são os melhores exemplos da consciência
unificada.
A unidade da consciência
vem em duas formas: vertical e horizontal. Na unidade vertical todos os nossos
estados conscientes são unificados. Neste aspecto Searle chama humor de sabor.
A nossa consciência tem
graus variados de atenção. Neste aspecto, Searle divide a nossa consciência em centro e periferia.
Condições fronteiriças da consciência. Segundo Searle, para uma experiência
consciente sempre vai existir uma pergunta: você gostou? Foi divertido? Você
ficou feliz? Etc.
Para finalizar este
capitulo, Searle nos fala de consciência e valor. Em
certo sentido, a consciência
é o aspecto mais importante, porque todas as outras coisas só tem valor,
importância ou mérito graças a sua existência. (2000. Pg. 81).