John R. Searle 1932 

 

Filósofo, lingüista, nascido em Denver, Colorado. Estudou  na Universidade de Wisconsin (1949--52) e de Oxford (B.A. com primeiras honras da classe, 1955; M.A. e D.Phil. 1959), iniciou a lecionar em Oxford  (1956 -- 59) e entrou na faculdade de filosofia na universidade de Califórnia: Berkeley (1959). É conhecido por sua tese de que os computadores não podem possuir a inteligência artificial genuína.

John R. Searle, um especialista em filosofia da linguagem e filosofia
da mente, doutorou-se em Oxford e é professor da Universidade da
Califórnia, em Berkeley. Autor de livros como The Construction of Social Reality, Intentionality, The Campus War e Speech Acts, Searle foi professor visitante em vários países.

"Não acredito que vivemos em dois mundos, o mental e o físico e menos ainda em três mundos, o mental, o físico e o cultural, mas sim em um só mundo, e quero descrever as relações entre algumas das muitas partes desse único mundo”. (Searle, 2000).

Até as primeiras décadas do século XX, animada pelas revoluções científicas promovidas por Copérnico, Newton e Darwin, a humanidade era dominada pela convicção de que o universo era completamente inteligível. Mas a crença de que nosso conhecimento sobre a natureza só iria aumentar foi abalada por choques sucessivos provocados por inovações como a teoria da relatividade, a psicologia freudiana, a teoria dos conjuntos e a mecânica quântica. Nos últimos anos, a idéia de que podemos conhecer a realidade foi desafiada pelo "pós-modernismo". Até a racionalidade da própria ciência vem sendo posta em questão por autores como Paul Feyerabend. E Jacques Derrida, ironizando os que buscam uma realidade objetiva, chega a afirmar que nada existe "fora dos textos"

Searle ataca o ceticismo de nosso tempo e cria grandes polêmicas. Ao subscrever o que chama de "visão iluminista", o filósofo reafirma que o universo existe de modo independente de nossas mentes e procura demonstrar que somos capazes de compreender sua natureza. Para isso, tenta inter-relacionar a mente, a linguagem e a sociedade.

Segundo Searle, muitas pessoas bem instruídas comparavam o conhecimento cientifico com  sua fé  religiosa. Mais essa crença exigia a distinção entre os dois reinos: o espiritual ficava de um lado e o reino material de outro. Desta maneira quem comandava o reino espiritual era a religião e a ciência comandava o reino material.

Searle critica os filósofos do  final do século XIX e inicio do século XX.   Freud e Marx, apesar de rejeitar o dualismo cartesiano, condenavam a contribuição de Descartes no progresso da ciência. Freud pensava que estava criando a ciência da mente e Marx a ciência da historia e da sociedade.

No inicio do século XX, a psicologia de Freud foi considerada como porta de entrada para a racionalidade. No pensamento freudiano a consciência racional é apenas uma ilha no mundo  do inconsciente irracional.  

Ainda no século XX, Wittgnstein, um filosofo muito influente, mostrou que nosso discurso é uma serie de jogos de linguagem mutuamente intraduzíveis e incomensuráveis.

Nesta mesma época temos também Bertrand Russell que escreveu um livro, “History of Westem Philosophy”. Este livro, como acadêmico, não era considerado muito bom. Porem muito fácil de se lê. A sua leitura estava sempre ao alcance de todos. Conta-se que ate o presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, o tinha em sua mesa de cabeceira.

Para Searle existe uma diferença entre posição-padrão e senso comum. O senso comum são crenças altamente difundidas e geralmente inquestionada. As posições padrão de Searle são muito mais fundamentais do que o senso comum, ou seja, se queremos que as pessoas sejam gentis conosco é bom que sejamos gentis com elas.       

Referencia Bibliográficas

 

Searle,John Mente,Linguagem e Sociedade, Rocco Rio de Janeiro 2000.