Como nos encaixamos no universo: a mente como fenômeno biológico.

 

Três aspectos da consciência

 

O aspecto primário e mais essencial da mente é a consciência. Mais o que entendemos por consciência? Por consciência entendemos o estado de conhecimento ou a percepção que começa ao despertar e a vai ate ao dormir, ou seja, no momento em que estamos acordados.

Há três aspectos comuns a todos os estados conscientes, são eles: internos, qualitativos e subjetivos. Os estados e processos conscientes são internos em um sentido espacial muito comum, já que acontecem dentro do corpo. Para ser mais específicos, eles crescem dentro de nosso cérebro.

Nos estados conscientes qualitativos no sentido de que há para cada um deles, um modo determinado de senti-los, ou seja, uma característica qualitativa.

Para Thomas Nigel, cada estado consciente existe. Um  modo de esta neste estado consciente: um jeito diferente de ouvir musica, um modo especial de beber vinho tinto.  Lembrando que casas arvores, etc não tem modo dê ser, porque não são conscientes.

E por fim os estados subjetivos da nossa consciência que é o ponto mais importante dos três. O estado subjetivo tem  que ser experimentado por um sujeito humano ou animal. Os estados conscientes tem  a ontologia da primeira pessoa.

Os meus estados conscientes são acessíveis apenas para mim e para mais ninguém. Essa é apenas uma conseqüência da realidade subjetiva dos estados conscientes.

Um exemplo comum são as minhas dores, ninguém pode senti-las por mim. Em contra partida eu também não posso  sentir as dores dos outros. Desse modo os estados conscientes da subjetividade são  individuais.

A subjetividade e a distinção entre “objetivo” e “subjetivo”. Quando reconhecida como verdadeira ou falsa, uma afirmação é objetiva, isto é, independente de sentimentos, atitudes e preconceitos  das pessoas.

Existe também uma relação epistemológica e ontológica na subjetividade. Neste caso, epistemologicamente falando, se aplica a afirmações. O sentido ontológico se refere ao status do modo existencial de tipos de entidades no mundo. Exemplos: montanhas e geleiras são objetivas porque não depende da experimentação do sujeito.

Um conflito de posição-padrão: o problema de mente-corpo -   são dois os sabores do dualismo: dualismo da substancia e dualismo da propriedade. Muitos filósofos hoje são dualistas. Eles aderem em maior numero ao dualismo de propriedade que ao dualismo de substancia.

Nem o dualismo de substancia e nem o de propriedade, em qualquer uma de suas formas, parecem ter chances de estar certos.

Segundo Searle, o dualismo parece estar afinando com o senso comum. Mais adiante o autor faz um breve resumo dizendo que o dualismo não é a apenas esta afirmação com a interpretação mais obvia de nossas experiências, mas também satisfaz um desejo muito forte de sobrevivência que possuímos.

Para Searle a  consciência nada mais é que um fenômeno interno, subjetivo e qualitativo da primeira pessoa. Ele também ressalta que a consciência é um fenômeno biológico como outro qualquer.

O cérebro é um órgão  e a consciência é um processo biológico. A consciência é causada por processos cerebrais e é um aspecto de nível superior do sistema cerebral.

A irredutibilidade da consciência: Searle afirma que a subjetividade da consciência a torna irredutível a fenômeno da terceira pessoa. Ele tem também o argumento subjetivo irredutível que sobra depois de haver feito tal relato.

Mais o aspecto mais importante da consciência, é que existe uma ligação essencial entre a consciência e a capacidade que nós, seres humanos, temos de representar para nós mesmos objetos e estado de coisas no mundo.