Como a mente funciona: intencionalidade
“A suposição de
consciência e intencionalidade não é acidental”. (SEARLE, 2000. pg.
84).
Segundo Searle, os nossos
estados cerebrais, que não são conscientes, podem ser perfeitamente
compreendidos como estados mentais. Eles dão origem a estados conscientes. Como
exemplo o autor afirma que Clinton é presidente dos Estados Unidos. Esta
afirmação pode ser consciente ou inconsciente.
Os estados mentais
funcionam de maneira causal, isto é, independentemente de ser conscientes ou
inconscientes. Por exemplo, dirigi do lado direito da rua.
As discussões sobre a
intencionalidade acabam sempre no mesmo tipo de conflito, ou seja, nas
posições-padrão. Para Searle é importante distinguir a intencionalidade que
animais e seres humanos possuem.
Searle faz três tipos de
afirmação a cerca da intencionalidade: primeiro
intencionalidade intrínseca, eu tenho o estado que me é atribuído, independente
do que pensam a meu respeito; segunda não-intrínseca. Nesta afirmação, Searle
se detêm na intencionalidade derivada da linguagem; terceiro, intencionalidade metafórica.
Nesta afirmação Searle não atribui literalmente a nenhuma intencionalidade. Ele
nos dá exemplos das plantas do jardim. Elas não têm nenhuma intencionalidade,
mas se comparta como se tivessem.
Consciência e
intencionalidade, uma não depende da outra. Ambas são o que nos permite superar
o conflito das duas posições-padrões.
Segundo Searle, para
entender a estrutura dos estados intencionais, é necessária distinção básica
entre o tipo e o conteúdo dos estados intencionais. Intencionalidade para Searle, é
o modo especial que a mente tem de nos relacionar com o mundo (2000, pg.96). Os segredos para compreender a intencionalidade
estão nas condições de satisfação.
Referencia Bibliográfica
Searle,John Mente,Linguagem e Sociedade, Rocco Rio de Janeiro 2000.