A estrutura do universo social: como a mente cria uma realidade objetiva.

 

“Pense, por exemplo, no pedaço de papel que tenho em minha carteira. Se eu tirar a minha carteira do bolso para examiná-la, vejo que suas propriedades físicas são desinteressantes”. (SEARLE, 2000. Pg. 105).

Para Searle, neste capitulo, o principal problema é explicar a existência de uma realidade social, sendo ela explicada por um conjunto de atitudes ontologicamente subjetivas e epistemologicamente objetivas.

Segundo Searle, existem regras para regular a vida social. A princípio são as regras gerais  e as regras regulativas. Como exemplo ele cita o jogo de xadrez e compara com as regras de trânsitos. O jogo de xadrez depende de suas regras. E os jogadores têm que atuar de acordo com as normas.

X equivale a Y. As regras constitutivas sempre têm a mesma forma lógica, ou seja, tal coisa vale por tal configuração.

Para Searle toda realidade institucional pode ser explicada pela intencionalidade coletiva, atribuições de funções e regras constitutivas. Muitos indivíduos podem atribuir funções coletivamente.

Dinheiro-mercadoria, dinheiro-contrato, dinheiro-fiat. Todos estes tipos de dinheiro representam um enigma, o da posse. É uma função imposta em virtude da exterioridade física do objeto em questão.

Mas o problema principal para Searle é, como pode haver uma realidade social e institucional objetiva? Quando ele mencionou a palavra dinheiro no parágrafo anterior, foi apenas uma maneira de substituir um complexo conjunto de atividades intencionais e também o importante papel que o dinheiro exerce nas nossas atividades e na nossa vida social.

Como um filosofo da mente, Searle não podia deixar de ressaltar o papel da linguagem. “Como na realidade institucional, podemos usar a linguagem, não apenas para descrever, mas em parte para criar os próprios fatos...”. (SEARLE, 2000. Pg. 124).

Searle finaliza ressaltando que a realidade é totalmente independente de nós e que as nossas informações sobre a realidade podem ser verdadeiras ou falsas.

 

Referencias bibliográfica

 

SEARLE, John R. Mente, linguagem e sociedade. Rocco, Rio   de Janeiro, 2000.