Podem os computadores pensar?

 

 

No capitulo anterior, o autor abordou o problema da mente-corpo. Como ele mesmo disse não conhecemos o bastante para ter uma idéia geral sobre os processos cerebrais e mentais, ou seja, os processos mentais  são causados pelo comportamento dos elementos do cérebro.

Muitas pessoas pensam que ainda não foi possível criar uma mente artificial, ou seja, um computador que pensa. Neste capitulo o autor afirma que a natureza da refutação nada tem haver com a tecnologia dos computadores. É essencial a concepção que temos de computadores digital. Nas suas operações tem especificações em termos puramente formais. Somos nós que especificamos passo a passo as operações dos computadores.

“Se os meus pensamentos são acerca de alguma coisa, então as séries deve ter um significado”. (SEARLE, 1984. P. 39). Para Searle a mente é mais que uma semântica e uma sintaxe. É essa a razão que o leva a pensar que nenhum computador um dia funcionará como a  mente. O programa de computador é apenas sintático e já está mais que provado que a mente é mais do que sintática. A mente humana tem mais do que uma estrutura formal, tem um conteúdo, afirma o autor, por isso é semântica.

Do ponto de vista de um observador externo, em relação a um programa de computador, este individuo procede como um chinês, ou seja, não compreende quase nada. Percebemos aqui a força desse argumento. Uma mente  pensa e faz perguntas ao passo que o computador só pode repetir o que esta na sua programação, ele não cria nada de novo. 

Para Searle a sintaxe sozinha não é o suficiente para a semântica. Os computadores digitais,  e ao passo que são computadores, tem por definição apenas uma sintaxe.  A pergunta do autor é: pode os computadores pensar? Ele afirma que temos que ser muito cautelosos em relação à maneira de interpretar esta questão.

 

 

 

Referencias bibliográfica

 

SEARLE, John. Mente, cérebro e ciência. Lisboa: Edições 70, 1984.