http://www.google.com.br/search?q=cache:CnHk70gweP4J:br.groups.yahoo.com/group/acropolis/files/Entrevistas/entrevistas%2520com%2520Searle.doc+%22linguagem,+mente+e+sociedade%22&hl=pt-BR&ie=UTF-8 http://www.google.com.br/search?q=%22linguagem%2C+mente+e+sociedade%22&btnG=Pesquisa+Google&hl=pt-BR&ie=UTF-8&oe=UTF-8  

http://atelierfilosofia.no.sapo.pt/Searle2.htm

INTENCIONALIDADE, EXPERIÊNCIA CONSCIENTE, PERSPECTIVA

"As minhas experiências conscientes, ao contrário dos objectos das experiências, são sempre perspectivas. São sempre de um ponto de vista. Mas os objectos em si não têm ponto de vista. Perspectiva e ponto de vista são particularmente evidentes no caso da visão mas, naturalmente, são também características das nossas outras experiências sensoriais. Se toco na mesa, experiencio-a apenas sob certos aspectos e a partir de uma certa localização espacial. Se ouço um som, ouço-o apenas a partir de uma determinada direcção e ouço apenas certos aspectos dele. E assim por diante. Observar o carácter perspectivo da experiência consciente é uma boa maneira de nos lembrarmos de que toda a intencionalidade é aspectual. Ver um objecto de um certo ponto de vista, por exemplo, é vê-lo sob certos aspectos e não sob outros. Neste sentido, todo o ver é um "ver como". E o que é verdade para a visão é-o também para todas as formas de intencionalidade, quer conscientes quer inconscientes. Todas as representações representam os seus objectos, ou outras condições de satisfação sob aspectos. Todos os estados intencionais têm aquilo a que chamo uma forma aspectual."

A Redescoberta da Mente, John Searle

http://atelierfilosofia.no.sapo.pt/Searle3.htm

 

GESTALT, PERCEPÇÃO

"A psicologia da Gestalt habituou-nos a que as nossas experiências perceptivas se nos apresentam sob a forma de figuras destacando-se sobre um plano de fundo. Por exemplo, se vejo uma camisola à minha frente sobre a mesa, vejo a camisola com a mesa por plano de fundo. Se vejo a mesa, vejo-a com o soalho por plano de fundo. Se vejo o soalho, vejo-o com toda a sala como pano de fundo, até que finalmente atingimos os limites do meu campo visual. Mas o que é característico da percepção e, segundo parece, característico da consciência em geral é que, seja o que for em que concentre a minha atenção, será contra um plano de fundo que não é o centro da atenção; [...] Ligado à estrutura figura-fundo das experiências conscientes está o facto de as nossas percepções normais serem sempre estruturadas; de eu não perceber apenas formas indiferenciadas, mas de as minhas percepções estarem organizadas em objectos e características de objectos. Este facto tem por consequência que todo o ver (normal) seja ver como, que toda a percepção (normal) seja percepção como e, na realidade, que toda a consciência seja consciência de algo como tal ou tal."

A Redescoberta da Mente, John Searle

http://atelierfilosofia.no.sapo.pt/migalhas.htm