"Não
há poder sem informação" - É com essa
frase que o underground se mantém: a eterna busca de
mais dados, mais informações, mais sabedoria. O
entendimento completo de uma tecnologia é
fundamental. O conhecimento completo de todas é o
Nirvana!
O mundo
virtual em que habitam os hackers é extremamente
complexo. Existem os mais graduados, que são
respeitados única e exclusivamente pelo grau de
conhecimento que possuem; existem os intermediários,
que estão sempre contribuindo com descobertas de
pequenas falhas; e não existe hacker "ouvinte".
Um hacker precisa de informação exclusiva e secreta,
com a qual poderá trocar ou barganhar com outros
hackers. Os hackers mais avançados se empenham em
desenvolver ataques muito sofisticados, pesquisas de
grande porte, e por isso passam um bom tempo recebendo
informação de "hackers operários" e
montando gigantescos quebra-cabeças, sem que para
isso precisem compartilhar uma informação que não
tenha sido exaustivamente testada, não pondo em risco
seu projeto.
Estes
grandes ataques, quando ocorrem, movimentam toda a
comunidade hacker, e principalmente os responsáveis
pela segurança em sistemas iguais ao que sofreu o
ataque. A circulação da informação de como o
ataque foi feito pode levar dias (contando com o
levantamento procedimental por parte da vítima) e até
que todos os sistemas semelhantes corrijam as falhas
que permitiram o ataque, muitos outros sistemas ficam
vulneráveis durante horas, pois a informação técnica
do ataque no underground hacker é repassada de uma
maneira muito mais veloz, já que o procedimento não
precisa ser descoberto, apenas refeito.
Podemos
perceber, então, que uma informação realmente séria
sobre falha de segurança é geralmente válida por
muito pouco tempo. Empresas sérias com sistemas
importantes corrigem suas falhas de forma quase tão rápida
quanto o ataque (quase! este é o problema). E
dificilmente um sistema em que a segurança é
completamente vital utiliza processos comum.
Geralmente são processos personalizados, de
tecnologia própria, o que comunitariamente é muito
bom, pois um ataque efetuado naquele sistema não
funcionará em nenhum outro, mas por outro lado,
apenas os responsáveis por este sistema é que estarão
encarregados de detectar e corrigir o problema, coisa
que é conseguida de forma absurdamente mais rápida
quando muitas pessoas temem sofrer o mesmo ataque.
A tendência,
hoje, é a de se formarem grupos, onde há somente uma
troca de informação interna, entre os componentes, e
está cada vez mais raro a troca de informações
entre os grupos. Talvez estejamos presenciando uma
corrida para o aperfeiçoamento das técnicas. Um
grupo parece estar sempre preocupado em superar o
outro. Fica a proposta, inclusive, de inaugurarmos uma
"Tecnogincana"! O que você
acha? ;-)