Tô passando, viajando
no balanço do trem
pelo Rio de Janeiro
e fevereiro também
Cada bairro, uma cidade
Cada 'Rio' um lugar
Um agito, um delírio
vem pra cá, vem dançar
refrão
No balanço do trem
(larga o bonde, vem pra cá também)
No balanço do trem
(vem dançar)
No balanço do trem
(no suíngue não tem pra ninguém)
No balanço do trem
Passa uma, passam duas
Passam três estações
Cada bairro uma história
Carretel de emoções
Central do Brasil,
estação terminal
do centro da cidade
ao interior, matagal
São Cristóvão da Quinta
do Museu, da Cancela
A Mangueira de Cartola
o samba-funk na canela
Triagem, São Francisco
Manguinhos, Bonsucesso
Riachuelo e Sampaio
São os trilhos do sucesso
repete refrão
Vou pra Ramos sambar
Com a Leopoldinense
Zona Norte é cultura
Abra a mente, pense
Engenho Novo, tô no Méier
cascadura, Madureira
Tô de novo no samba
da Portela, sem bobeira
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Em Honório ou na
Penha
Na Pavuna, Cordovil
Marechal no sapatinho
aquele charme, quem não viu
Deodoro é sujeira
só tem dono de quartel
Vigário sem chacina
É da paz, é o céu
galera
A viagem continua
em Caxias vou chegar
Baixada Fluminense
esse é o meu lugar
Santa Cruz, Japeri
Gramacho, São Mateus
Nova Iguaçu, Saracuruna
Imbariê é sangue bom
repete refrão
No final dessa linha
a galera quer chegar
gente vai, gente volta
balança sem parar
Esse trem é da massa
E o balanço contagia
E esse rap é pro povo
que viaja todo dia
Agüentar todo cansaço
não é pra qualquer um
pois um trem como esse
não tem em lugar nenhum
repete refrão
Copacabana, Ipanema
no Flamengo também
na Barra, no Leblon
não tem trem...
na Gávea, na Lagoa
não tem trem
na Tijuca, Grajaú
não tem trem.
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