|
TREM DO ANO NOVO
|
|
Viajamos em um trem silencioso
Com destino à estação de um novo ano
Sobre os trilhos do vagão siluriano
Que obedece a um traçado cestuoso
Onde o progresso é o vilão danoso
Que torna a criatura um desumano
E a cada estação cobra, o tirano,
O bilhete virtual misterioso
Ainda bem que existem as flores,
Os poetas, os rios, os condores
Que alçam as cordilheiras triunfantes
E existe Deus, supremo e sem igreja
Que assiste à hecatombe e ainda deseja
Felicidade para nós, os viajantes.
|
|
Autor: Luis Lêdo Motta Mello
|
|