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15082003

BH - VITÓRIA  >  AGITAÇÃO E PAQUERA

Crianças e adolescentes aproveitam o espaço e liberdade de movimento nos vagões para brincar e fazer amigos

As férias levam crianças e adolescentes para dentro dos vagões já no clima de descontração das praias capixabas ou para uma temporada de travessuras no pomar da casa da vovó, no interior de Minas. As amigas Deysilene Pacheco, de 17 anos, e Priscylla Keithy Pires Andrade, de 16, alunas do 1º e 2º ano do ensino médio, respectivamente, na Escola Municipal Professor Tancredo Neves, no Céu Azul, região de Venda Nova, em Belo Horizonte, já preparam o esquema para os dias de lazer na praia de Camburi, em Vitória: biquíni e bronzeador. "Quase sempre pego o trem. É uma viagem mais tranqüila. Você faz amizades e pode circular", comenta Deysilene.

Sorte do tatuador Márcio Bittencourt, de 23, e do camelô Fernando Mendes da Cruz, de 27, amigos de BH, que se preparam para "chegar a Guarapari e curtir uma onda, vendo as gatinhas de biquíni", resumiu Márcio, que reclamou da falta de higiene das pessoas que usam o transporte. Já o estudante Bruno de Souza Rodrigues, de 18, de Contagem, ia para a casa da avó em Cachoeira Escura, próximo a Açucena, para descansar. Entre idas e vindas dentro do vagão, os jovens começaram a se enturmar e até trocaram telefones para um possível encontro após a temporada de lazer. "Mas isso aqui é tudo amizade", garantiu Deysilene, em meio a beijos e abraços com Bruno, que descia do vagão.

Lívia Weber, de 6, só fala inglês, mas entende a linguagem de criança e logo que entrou a bordo se simpatizou com a vizinha de vagão Luíza, de 9. Depois de alguns minutos de convivência, lá estavam as duas meninas desenhando figuras e brincando de pique-esconde. Lívia é filha de Marise Weber, de 39, que, junto com os pais e a filha caçula, Juliana, de 3, pegaram o trem depois de aterrisar no Aeroporto Internacional de Confins, na capital, vindos de Nova York, onde moram há 18 anos. Natural de Governador Valadares, a família veio ao Brasil para rever parentes. "Preferimos ir de trem por causa das meninas. É uma viagem mais tranqüila. Já andei de trem entre Nova York e Washington e nunca vi um serviço assim", diz Marise, elogiando o trabalho dos garçons e comissárias as ferromoças que levam as refeições às poltronas.

Dias de bêbados e grávidas

Zelar, durante quase um dia, pelo bem-estar de centenas de passageiros não é tarefa fácil para os funcionários que se encarregam de servir, limpar e manter a ordem e a segurança dentro dos vagões. Bêbados, grávidas e pessoas passando mal ou querendo pular do trem são alguns problemas já enfrentados pela equipe de encarregados. Há oito anos como chefe de trem, Erivaldo da Costa Soares, de 42, conta que a bebida alcoólica foi proibida devido ao desconforto causado por passageiros que tomavam uns goles a mais.

Nas proximidades de Santa Bárbara, a 112 quilômetros de Belo Horizonte, Erivaldo lembra que, certa vez, uma grávida teve contrações e o bebê nasceu dentro do vagão. Já o chefe de trem Augusto César Passos teve uma experiência desagradável. O passageiro com um problema cardíaco, que ajudou a socorrer, morreu após ser atendido no hospital. Tereza, a cozinheira, prepara a comida para o almoço e jantar, que deve estar impecável para o consumo. No cardápio, à base de arroz, feijão, salada, macarrão, só o tipo da carne varia. As opções são frango, porco frito e carne de panela. A refeição sai por R$ 4.

Fonte: www.em.com.br

 

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