Que dia é hoje ? Domingo, 13 de maio de 2001.
Olá ! Está é a edição número 4 do nosso fanzine eletrônico. Espero que você
goste (ou não). Olha o que temos no menu de hoje:
1. Editorial (Daniel Wildt)
2. Deixando o Meu País (Ariadne Amantino - CARPE DIEM)
3. Lembranças (Daniel Wildt - BORN TO BE WILDT)
4. Manheee (Eduardo Seganfredo - DE NOVO, PÔ!)
5. Angels fall first (Vincent Kellers - LINHAS DE PENSAMENTO CAÓTICO &
PARALELO)
6. Ensaio sobre o vento (Michelle Leonhardt - O PLUS A MAIS DE HOJE)
7. CRÉDITOS FINAIS
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======================== EDITORIAL (Daniel Wildt) =========================
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Que dia! Dia das mães. Feriados comerciais como este são legais. As pessoas
ficam pensando no que comprar para agradar a pessoa que sempre cuidou da
gente sem pedir nada em troca. Todos temos uma mãe, alguém que sempre está
lá, nos olhando, nos fazendo pagar micos, gorilas e enfim, mães. Segundo o
dicionário, é uma mulher generosa, carinhosa. No meu conceito ela é mais
que isso (afinal ela me faz pagar contas de luz, telefone, etc.,
brincadeira!), mas enfim, cada um faz a palavra mãe soar de maneira
diferente, do seu próprio modo, positiva ou negativamente. Ou não.
Então tá! Dia das mães, mas esse não é o ponto de hoje. O ponto de hoje são
enganos. Você acredita em enganos? Hoje eu passei a manhã (11h55min -
11h56min) procurando significado para coisas que acontecem comigo no
dicionário. Sim, no dicionário. Engano é um lapso, que é um engano
involuntário, um deslize, descuido. E lapso é também um espaço de tempo.
Sempre que fazemos algo seguido, não digo de maneira repetitiva até, digo
com uma certa frequência, é normal errarmos, nos enganarmos, quer dizer,
ninguém é perfeito.
Imagine a seguinte situação (não imagina tanto, ok Márcia?, amor, beijos!).
Você por um bom tempo, sempre ligou para o lugar x procurando a pessoa y. A
pessoa z que atende o telefone, sempre chamou a pessoa y para falar com
você. De repente você liga para o mesmo telefone e pede para falar com a
pessoa w. A pessoa z que atende, está com o texto na cabeça pronto, e chama
a pessoa y. Depois de 1 segundo, ela se liga da cagada e chama a w, ficando
com a voz toda insegura, e se despede quando w chega para atender o
telefone. Isso é legal. São atos falhos... eu achei legal.
Telefonemas são estranhos. Esses tempos me ligou uma pessoa que já saiu
fazendo saudações e tal, mas não falou com quem queria falar... nisso eu
perguntei se a pessoa queria falar com meu pai, já que temos a voz bem
parecida, e perguntei (DW=eu, TF=telefone):
DW> - Quer falar com o Wildt pai?
TF> - Tá meu, pára de brincadeira, é o Tonho aqui! (sigh=Tá, tipo,
normalmente quando a gente está brincando com alguém no telefone sobre
enganos, sempre falamos tipo, quer falar com o Zé, com a Bete, com o
clássico Mário... agora, fazer uma brincadeira perguntando se quer falar
com o Wildt pai!? E a pessoa do outro lado achar que é uma brincadeira!!??
Enfim, continuei na linha para ver onde o cara ia chegar)
DW> - Tonho? Enfim, você quer falar com quem?? (risos)
TF> - Tá meu, deu deu. Seguinte, tá de pé o futebol amanhã?
DW> - (sigh=hehe, o cara não desiste)... Claro! Onde vai ser?
TF> - Vai ser no sítio do Cláudio! 15h! Tá confirmado?
DW> - (sigh=be bad, be BAD!) Claro! Tens como ir?
(sigh=aqui um detalhe. Eu poderia ter um carro ou não, então esta pergunta
foi chave, pois se eu não tivesse um carro, teria de pedir carona, senão eu
ofereceria uma... :-)))
TF> - Não, até por isso liguei. Me dá uma carona!?
DW> - (sigh=BOOM!) Te pego as 14h!? Pode ser?
TF> - Então tá. Até!
DW> - Até.
Vocês já fizeram isso? É legal. Quem tem um lapso ao ligar, pode encontrar
alguém que não suporta lapsos do outro lado. Hehe... enfim, eu nunca fiz
nenhuma besteira desse tipo, então valeu a pena como experiência. Eu sou um
bom menino.
Para produzir esta edição estou ouvindo Radiohead (Creep), Cold Play
(Yellow), Candysuck (Discharged!), Bad Religion (Dream of Unity), Green Day
(Waiting e Church on Sunday) e para finalizar, escolhi o super Jimi Hendrix
(Foxy Lady, Hey Joe, Red House e Wild Thing).
A frase da semana? "A oportunidade é um bicho cabeludo na frente e careca
atrás. Se quando vem você não pega, não pega mais" (Autor desconhecido, mas
ouvi de um professor meu da PUCRS, professor que não era bem visto por
alunos e professores pelo seu método de ensino metacognitivo... eu
gostava!)
Então vamos ao que interessa!! Hoje temos lembranças, devaneios sobre ser
manheee!!, temos andanças pelo centro da cidade, andanças por Manhattan
(cool stuff), e poesia.
Daniel Wildt
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====================== CARPE DIEM (Ariadne Amantino) ======================
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DEIXANDO O MEU PAÍS
Saída de Porto Alegre às 16:30 do dia 24 de agosto de 1999. Fico olhando
para todo o mundo no aeroporto. Me dá uma vontade de mudar de idéia. De
quem foi esta maldita idéia de querer ir morar na Europa?!?! Quem disse que
eu sonhei a vida toda com esse dia?!?! Que estranho... Era tudo que eu
sempre sonhei e de repente, na hora que está dando certo parece que não
quero mais. Eu fico pensando para que fazer isso, que talvez eu não devesse
ou não quisesse tanto assim. Mas acho que tudo isso é parte do nervosismo
porque eu nunca tinha pensado assim antes. E é claro que não vou desistir
porque sei que esse é o meu sonho e se eu não fizer, vou sempre ficar
imaginando como teria sido. Acho que faz parte...
Eu tinha escala em Nova Iorque. Cheguei lá às 5 da manhã. No Brasil já eram
6. A primeira coisa que fiz foi tentar ligar para casa, o que já não foi
muito fácil porque a telefonista não me entendia direito (muito menos eu
entendia ela) e ainda por cima eu tinha que escolher a operadora. Como
assim escolher a operadora se eu não sei nem que operadoras existem nos
Estados Unidos!?!?!?!
Eu tinha mais ou menos 10 horas para ficar em Nova Iorque. Dez horas em
Nova Iorque no aeroporto? No way! Tenho que sair daqui, ver alguma coisa. O
próximo problema foi encontrar informações sobre como sair do aeroporto. Eu
pensei que sabia falar inglês quando saí do Brasil, mas descobri que falar
inglês com brasileiro é muito mais fácil do que com americanos e entender
toda aquela quantidade de informações que me davam para uma simples
pergunta não foi nada fácil.
Mas enfim, consegui sair do tal aeroporto. Nas estradas aqueles caminhões
imensos com umas "torres" prateadas jogando fumaça. Na cidade, os táxis
amarelos, limusines e prédios luxuosíssimos! Será que estou num filme...?
Logo que cheguei em Manhattan, fiquei de boca aberta olhando aquilo tudo...
Tudo é ENORME!!! E uma quantidade de gente que não acaba mais. Todo o mundo
passando muito rápido. Ruas bem largas com muito movimento...
Pior do que barata tonta, devo ter dado umas duas voltas na quadra antes de
resolver o que eu ia fazer... E como o meu senso de localização nunca foi
lá muito apurado, então achei melhor fazer o reconhecimento do terreno
primeiro, afinal de contas tenho que saber para onde voltar para pegar o
ônibus depois.
Fui caminhando pela Lexington Avenue. No início, achei que estava escrito
na minha cara que eu estava perdida no mundo e não sabia para onde estava
indo. Mas aos poucos fui notando as criaturas mais estranhas possíveis
passando por mim. Muita gente com máquina fotográfica, mapinha na mão,
filmadora e o diabo a quatro. Era francês, alemão, espanhol, japonês... De
tudo! O mais interessante eram as mulheres arrumadas, de roupa social:
blazer, saia, meia calça; e TÊNIS!
Fui até o Central Park. Voltei pela Broadway e acabei meu passeio em New
York com uma visita ao 86º andar do Empire State Building por U$ 6,00. A
vista é simplesmente demais!!!! Não tem descrição que caiba aqui sobre
isso...
Apenas quatro horas antes do meu vôo para Zurich sair, eu estava de volta
ao aeroporto. Considerando que meu destino final era a Europa, eu não
queria nem pensar em perder esse vôo presa num engarrafamento na terra do
Tio Sam.
Ariadne Amantino
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===================== BORN TO BE WILDT (Daniel Wildt) =====================
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LEMBRANÇAS
Nostalgia, saudade por assim dizer. Lembram do Chaves ? Eu lembro. Lembro
de chegar do colégio e querer almoçar correndo, pois 13h30min ele estaria
lá, me fazendo rir. Era o tempo que tinha com meu avô, que sempre me buscou
no colégio, e sempre era companhia garantida para assistir Chaves. Hoje o
ator, que interpretava o Chaves, é casado com a atriz que interpretava a
dona Florinda... é, o menino do 8 se deu bem.
Detalhes a princípio sem importância nenhuma. O simples fato de assistir
Chaves com meu avô era a forma de convivermos, um menino de 7 anos e um
homem com 69 anos de vivências, naquela época, 1986. O silêncio em que
ficava naquela sala de TV era algo único, e com este silêncio eu e meu avô
conversamos até hoje. Ficávamos na sala de TV, assistindo algum jogo de
futebol, e com o bom e velho silêncio sempre sabíamos como foi nossa
semana, o que era planejado para se fazer na semana seguinte, enfim, eram
momentos mágicos na minha vida... lembro com muita saudade destes momentos.
Silêncio, o silêncio é tão bom, a ausência de ruído, o sossego. Dentro de
nossas cabeças a imaginação corre solta, sempre dando asas para coisas que
em situações normais nunca poderiam sair do chão. O silêncio é bom, dois
corpos se amando em silêncio, com apenas o som da respiração ofegante e
excitada, isso é bom. O silêncio existente no exato momento de um beijo.
Silêncio. O silêncio existente entre um pedido para dançar e a resposta, é
muito bom, é especial.
(silêncio) O tempo passa, e nós ficamos em silêncio. Lembranças de uma
vida, normalmente estamos sozinhos lembrando de amigos de infância, de
jogos de futebol homéricos, daquele pênalti defendido, da cesta que salvou
o time, da cortada que fechou o campeonato entre turmas no Rosário
(1995)... eu e meus colegas, amigos de guerra com um objetivo comum e uma
vontade acima da capacidade técnica e física. Ganhamos sim, e não
festejamos em silêncio, mas cada ponto era disputado com um silêncio que
nunca se viu. Internamente cada um sabia o que deveria fazer e não
importava o que acontecesse, nosso time jogava apenas com gestos, olhares
que traziam consigo uma motivação que deveria existir em tudo o que fazemos
na vida.
Motivar é despertar o interesse. Quando queremos fazer algo, algo que temos
interesse, nós motivamos outras pessoas. É, você cria uma necessidade nas
outras pessoas, estímulos para que elas consigam sentir o que você sente. E
quando você tem isso (motivação), você tem harmonia. Duas pessoas que se
amam, estão em harmonia, e o silêncio existente entre elas é o melhor tipo
de silêncio que se pode viver. O silêncio motiva, estimula o amor.
O silêncio de um sorriso, de um carinho, de um abraço, de um simples olhar.
Silêncio de um coração apaixonado, que escreve palavras de amor, palavras
que juntas formam declarações atemporais, silenciosas, que provocam
suspiros na pessoa amada.
Ah, 15 anos depois, 2001, eu e meu avô continuamos assistindo Chaves. Ele
na casa dele e eu aqui na minha. E o silêncio que fica quando assisto me
lembra dele, silêncio nostálgico, saudoso por assim dizer.
Daniel Wildt
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==================== DE NOVO, PÔ! (Eduardo Seganfredo) ====================
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MANHEEE
Sim, hoje é dia das mães ...
Ah, mulheres... toda sensualidade, todo charme, todo jeitinho meigo de
ser... faz das lágrimas a mais letal das armas e despedaça nosso coração
sem precisar agredir, sem precisar tocar. Como entender este maldito poder
que elas exercem por senso nato? Sim. Muitas vezes elas não sabem o que
fazem, por isso perdoa-as Senhor! Mal sabem elas que aquela voz sussurrada
carregada de mel ou aquela roupa curta ou colada é sim a maior fraqueza da
vida de um homem. E no entanto, por natureza elas já sabem usar com
destreza estas habilidades que fogem a minha compreensão racional. Este
"instinto" feminino só é superado por outro ainda mais impressionante: a
maternidade. Sim. A mulher já nasce sabendo ser mãe. Mais do que isso. Elas
já nascem "querendo" tornarem-se mães. Você não vê uma menina brincar de
boneca fazendo o papel de filha. Elas sempre são as mães! Minha mãe sempre
me alertou: "Desconfie de qualquer mulher que diga que não quer ser mãe!".
E olha que ela diz isso depois de ter tido 4 filhos, entre os quais EU! E
nada me tira da cabeça que a tensão pré-menstrual, a famosa TPM, é nada
mais que a instintiva percepção corporal do adiamento desta realização.
Calma, eu explico! A mulher sente seu corpo se preparando para adiar mais
uma vez o sonho de ser mãe! Subconscientemente, a mulher percebe que não
está grávida, que mais este mês ela deixou de cumprir a tarefa sublime de
dar continuidade a espécie. E seu corpo, que estava preparado para fazer
daquela semente mais um exemplar da espécie humana a sua imagem e
semelhança, tem que chorar em lágrimas de sangue o aborto natural de mais
uma tentativa frustrada, ao passo que se resigna - outra característica
marcante das mulheres - a tentar obstinadamente de novo no próximo mês.
Bom, e o resultado destas decepções nós conhecemos muito bem! Alterações
repentinas de humor (ou falta dele) e um fator de tolerância tendendo a
zero (quando não negativo!). E provavelmente é esse também o motivo pelo
qual a menopausa é um acontecimento tão traumático para as mulheres. Porque
a menopausa sinaliza o término do maior poder feminino: o de dar a vida. E
acaso sabem vocês o que é ter um poder e depois perdê-lo? Caso ainda não
saibam, imaginem seu salário dividido por dois sem compensação nenhuma.
Então imaginem perder um poder deste porte: dar a luz. Mas nada com que se
preocupar. Afinal, uma mulher é uma mãe em estado latente.
Sim, mulheres, podem comemorar este domingo! Mas cuidado com a comemoração!
Ser mãe é bastante trabalhoso, embora tremendamente meritório e
compensador, e além disso não quero ser padrinho de novo! Portanto,
cercar-se de precauções é sempre importante. Mas se isso não foi
suficiente, pense bem antes de tomar qualquer atitude drástica. Já fui um
defensor do aborto e considero o assunto tremendamente delicado ainda.
Porém, o fato é que quase 90% das mulheres que abortam alimentam
continuamente alguma espécie de arrependimento. Talvez seja alguma espécie
de mecanismo natural alertando em desacordo com o procedimento contrário ao
instinto. Enfim, homens ou mulheres, mães ou não, somos todos animais
pré-programados com uma gama variada de instintos que naturalmente não
podemos contrariar. Não! Não vou falar da monogamia masculina! Deixemos
este assunto para o caso do meu estado civil passar a "solteiro e
procurando" novamente. Discorrer sobre isso agora poderia causar uma
mudança prematura neste aspecto. Brincadeirinha! Bom, permitam-me mudar de
assunto para saudar todas as mulheres nesta data especial. Quer tenham ou
não filhos, o fato de ser hábil a carregar no ventre por 9 meses alguém
que: - vai trazer provavelmente o momento mais sofrido de suas vidas
(parto), que vai faze-las perder o interesse por sexo, que vai literalmente
sugá-las enquanto puder sem se dar contas que agora já tem dentes, que vai
por fim definitivo a todas as noites de sono tranqüilo, que vai se achar o
sábio dos sábios e exigir tudo que puder delas, que vai aprontar tudo o que
for possível e muito mais; - e ainda por cima quererem isso já merece a
nossa total admiração e respeito, mesmo que, como de costume, nós homens
não consigamos entender como isso é possível.
Enfim, mulheres, parabéns pelo notável instinto do ofício materno! Ah! E se
houver algo em que eu possa ajudar ... :)
Eduardo Seganfredo
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======== LINHAS DE PENSAMENTO CAÓTICO & PARALELO (Vincent Kellers) ========
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ANGELS FALL FIRST
Oi!
Passou-se a prova de Processamento Gráfico e a vida continua! Com a
perspectiva de se realizar um festival de bandas no Instituto de
Informática da UFRGS. Ok, pode parar de rir... vou fazer tudo que estiver
ao meu alcance para que isto não seja apenas mais uma idéia.
---
Então esse é o Dia das mães! Você já deu um beijo estalado em sua mãe? Para
aqueles que não podem dar um beijo em sua mãe, por uma razão ou outra...
você já pensou com carinho nela hoje? E não se esqueçam... tentem não
fazê-las chorar. Toda vez que você faz sua mãe chorar, um anjo morre. Ou
algo do tipo, com pequenas variações para cada pessoa...
---
Pessoas, ontem fui ao centro de Porto Alegre. Não posso dizer que adoro
Porto Alegre, e adoro ainda menos o centro da cidade, pois o considero algo
parecido com o inferno. Além de ser tumultuado (especialmente na véspera do
dia das mães), não é lá muito seguro, não é exatamente limpo e eu tava (tô)
gripado. Ok, eu sei que a cidade não tem nada a ver com a minha gripe, mas
enfim, eu tô gripado e eu odeio estar gripado!!!
No centro de Porto Alegre encontramos milhares de pessoas, uma mais
estranha do que a outra. Mulheres com moleton do Krisiun (acredite!), punks
na Esquina Democrática, hippies na Rua da Praia, camelôs também na Rua da
Praia, mulheres absolutamente lindas & inteligentes (se isso não é
estranho, é raro :), lutadores de jiu jitsu acéfalos (se é que isso não é
redundante), homens apressados (atrasados para algum compromisso, talvez),
famílias inteiras, com quatro ou cinco crianças pequenas, em seu passeio
semanal... bem, você entendeu a idéia: o centro de Porto Alegre é como o
Mercado Público... tem de tudo!
Tem problemas sociais também, assim como o centro de toda grande cidade.
Tem mendigos, muitos pedintes, todos maltrapilhos, pessoas que não tiveram
uma chance de viver dignamente. Destes, os que mais me entristecem, são as
mulheres que segurando seus filhos, pedem algum dinheiro aos transeuntes.
Suponha que estas mulheres, estas mães, realmente precisam do dinheiro que
pedem. Caso contrário, seus filhos passarão fome. Não vamos nos ater a
questões do tipo "pq ela não vai trabalhar?", etc e tal. Imagine que as
circunstâncias são tais, de maneira que elas não possuem outra saída a não
ser pedir sua ajuda.
Essas mulheres, como mães, sofrem ao verem seus filhos passando fome, frio
e dor. Por certo, gostariam de dar-lhes uma vida mais digna. Algumas destas
mulheres sequer tem forças para chorar a sua situação, tamanho o desespero
que elas sentem.
E eu me pergunto: quantos anjos morreram até que tamanho desespero fosse
atingido?
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Linhas de pensamento caótico
- Com toda essa confusão sobre o ACM, eis que surge um site em defesa do
hômi: http://www.apoioacm.com.br
- Se vc pretende ir do Campus do Vale da UFRGS até a minha casa, a pé,
prepare-se para caminhar pelo menos 1h. Eu demorei 1h03min.
- Cléo, Cristiane e gurizada de Viamão: espero que o acampamento tenha sido
show de bola!
- Hoje tem ensaio da Overflow! GOOD!!! 20h - 22h na Protásio, xxxx (vc NÃO
quer assistir nosso ensaio...).
Linhas de pensamento paralelo
- Tem um outro site, de opinião contrária, de URL http://www.foraacm.com.br
que malha o hômi até não poder mais e ainda afirma que o site de apoio
ao ACM foi feito por sua própria equipe, e está hospedado em uma máquina
da TV Bahia, que é de adivinhem quem??? Sim, do ACM!!!
- Sim Rute... é por isso que não fui a festa do CPD... :(
- Gostaria de ter ido nesse acampamento...
- Vou arrancar meus dedos nesse frio. No mínimo.
Bem, acho que era isso... tá frio e na semana que vem tem mais: Suicidal
Tendencies. Sci-fi! Animes! Coisas sem sentido, teorias e idéias furadas e
muito punk rock!
Trilha:
- Bad Religion - Chimaera
- Bad Religion - Suffer
- Candysuck - Kill your boyfriend ("HE'S NOT INNOCENT!!!")
- Evangelion - Zankoku na tenshi no these (opening theme)
- Saber Marionette J - Opening & Ending theme
- Bush - Machinehead
- Shelter - Here we go
- Pavilhão 9 - Trilha do futuro
Vincent Kellers
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=============== O PLUS A MAIS DE HOJE (Michelle Leonhardt) ================
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ENSAIO SOBRE O VENTO (DIÁLOGO)
Digo ao vento,
vento doce, brisa leve
onde está o meu amor?
Porque não me escreve?
Procuro o vento
vento médio, ventania
Por que foi que me esqueceu?
Por que me deixa em agonia?
Me responde ó senhor vento
Vento forte, furacão
Seu amor, pequena dama
está em seu coração
...
Mas vento amigo, misterioso
Traga para mim o meu amor
Me faça feliz e sorridente
Com esse gesto valoroso
Vento que sou, posso buscá-lo
Jovem dama, sonhadora
Mas lá longe ele vive
Primeiro preciso encontrá-lo
Pode até estar perdido
Pode ter se distraído
Pode ter lhe esquecido
Mas doce dama tenha certeza
Dentro de você, nem eu, poderoso vento
Posso roubar do seu amor a beleza
Vento dos amantes, enamorado
Procure-o, por favor
Eu não sei o que fazer
Preciso estar com meu amado
...
Vai-se o vento, bem depressa
e a jovem dama espera
sentada, bordando seu pano
enquanto o vento não regressa
E um dia volta o vento
cabisbaixo, estridente
Seu amor, preciosa dama
encontrei-o, está diferente
Nobre vento, como assim
o que queres me dizer?
Encontraste meu amor
ele não gosta mais de mim?
(silêncio)
Dama, doce dama
Sou vento, sei dizer
A distância não muda
o coração de alguém que ama
Michelle Leonhardt
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============================= CRÉDITOS FINAIS =============================
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