TRESLER
Que dia é hoje? Domingo, 02 de dezembro de 2001.

                       http://www.tresler.cjb.net                          

Olá! Está é a edição número 33 do nosso fanzine eletrônico. Espero que você
goste (ou não). Olha o que temos no menu de hoje:

1. Editorial (Daniel Wildt)
2. Volta para casa (Daniel Wildt - BORN TO BE WILDT)
3. Ligar o ar condicionado, sim ou não? (Eduardo Seganfredo - DE NOVO, PÔ!)
4. Big (Vincent Kellers - LINHAS DE PENSAMENTO CAÓTICO & PARALELO)
5. Música urbana (Almandrade - O PLUS A MAIS DE HOJE)
6. CRÉDITOS FINAIS

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======================== EDITORIAL (Daniel Wildt) =========================
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Mother  mother, there's too many of you cryin'... sim, pela primeira vez eu
me  aventurei  em  um Videokê, no Trivial Bar aqui em Porto Alegre. Olhei o
menu, olhei, e lá estava ela, música 4800. What's Going On, do Marvin Gaye.
Ouvi  ela  pela  primeira  vez (isso dizendo a primeira vez que esta música
causou  algum efeito na minha mente) quando assisti Jerry Maguire, que está
na  lista dos 5 melhores filmes, pelo menos na minha lista, mas isso é papo
para  outra  hora.  Cuba  Gooding Jr. canta essa música no casamento do Tom
Cruise  com  a Renné Zelwegger (ou algo assim). E finalmente eu encontrei o
local  correto  para  soltar  a  minha  voz e gritar alto para todos que lá
estavam sentados ouvirem (What's Going On!! Tell me what's going on!!).

Essa  música  está  sendo  usada hoje em uma campanha contra a AIDS global.
Muitos  artistas  aparecem  em  um  vídeo muito legal cantando esta música.
Marvin  Gaye  morreu em 1984, morto pelo seu pai, com um tiro. Ele apanhava
do  pai  muito  seguidamente.  What's Going On fala que existem muitas mães
chorando,  existem muitos irmãos morrendo (guerra do vietnã), mas temos que
encontrar  uma  maneira de trazer o amor aqui hoje! Fala para os pais que a
guerra  não  é a solução, temos que procurar um jeito de trazer o amor aqui
hoje!  Tragam  placas, faixas, e não me punam com brutalidade, falem comigo
para que vocês possam ver o que está acontecendo!

Música da semana!
Marvin Gaye - What's Going On (The Very Best Of)
Bad Religion - Shades of Truth (No Substance)

Álbum da Semana!
Against the grain - Bad Religion

Riff da semana!
Bad Religion - Shades of Truth (No Substance)
e |---------------------4-|
B |--------------------5--|
G |------------------4----|
D |----3-----------2------|
A |---3-------3--5--------|
E |-5----3--5-------------|

E  hoje, bom, hoje o dia estava maravilhoso aqui em Porto Alegre, na real o
final  de  semana  foi  bem  legal.  Até saí para caminhar na praça e ter a
conversa  padrão  que  tenho  com  a  minha  irmã de tempos em tempos, onde
falamos  o que passa na nossa cabeça e assim vai. Ah, vocês querem saber do
Tresler? Mantenha o foco Daniel... bem, continuem lendo aí.

Ah,  e  olha  só, estamos querendo novos associados no Tresler. Eu não faço
SPAM.  Façam  por mim, por favor. Então tipo assim, mandem para os amigos e
inimigos  de vocês o link do nosso Site, http://www.tresler.cjb.net e digam
para  eles  darem  uma olhada nas edições antigas e façam ameaças para eles
assinarem,  para  que  eles possam receber esse esquemático por e-mail toda
início de semana. Senão, senão, sei lá...

Daniel Wildt

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===================== BORN TO BE WILDT (Daniel Wildt) =====================
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VOLTA PARA CASA

Relógio  parado, ok. É só liberar este cliente e ir para a festa. Troquei a
pilha,  recebi  10  reais,  dei  6  de troco, boa tarde ele me fala e eu já
remendo  o  final  da  frase dele dizendo bom final de semana! Igualmente o
senhor  me fala. Ele está novamente escravo do tempo, da sua rotina diária,
de  acordar, lavar o rosto, olhar para o espelho, escovar os destes, depois
pegar o jornal, mas só as manchetes, senão chega atrasado, tomar uma caneca
de  café  com leite, fechar a casa e ir para o trabalho. Oito horas depois,
volta  para casa, faz janta, vê o jornal na TV, olha o jornal em papel para
ver o que perdeu e vai dormir. E tudo de novo.

O  mesmo  acontece  comigo,  e agora eu sou escravo do relógio. De 12 em 12
horas  me  vejo  tentando  encontrar  significado para viver. Aquele senhor
certamente  iria  preferir ficar sem relógio se soubesse que o dia primeiro
de dezembro é importante para mim. É o dia mundial de combate a AIDS, sabe.
Se  ele  soubesse  que  eu  sou  uma  doença  incubada,  que tenho uma arma
mortífera  dentro  de  mim. Poderia, se fosse louco, inconsequente e cruel,
mas  muito  cruel,  como  diria  Januário  de Oliveira, poderia sair por aí
infectando  outras pessoas. Elas não tem culpa do meu estado, mas e daí? Eu
também  não  tenho!  Faz  6  meses, 12 dias e 16 horas que eu sei que tenho
AIDS. Ano novo, vida nova, sabe? Não? Então eu te conto.

 - Amor, você vai querer mais café?
 - Por quê?
 - Para saber se eu desligo a cafeteira.
 - Não, não quero mais café. Sabe o que eu quero?
 - Me diz... 
 - Quero transar.
 - É? Vem então.

E  eu  fui.  Sem  camisinha,  pois a gente se amava e naquele dia não tinha
camisinha, era domingo, chovendo pra caramba e nenhum dos dois estava a fim
de  sair.  Me  lembro  como se fosse hoje. Aquela vontade louca de transar,
sexo oral que nada, o bicho tava pegando naquele dia, um fogo como nunca se
viu.  Valeu  a pena. E a gente nunca mais usou a camisinha. E ela começou a
tomar anticoncepcional no dia seguinte.

Depois  de  um tempo, a gente parou de se ver. O tesão foi baixando, ela só
queria  dormir.  Nunca estava a fim de transar. Dor de cabeça que nada. Ela
usava  umas calcinhas que era impossível puxar para o lado sem acordar ela.
Não  tinha  como  entrar  de surpresa, e ela sempre acordava e tirava o meu
barato. Aí um dia ela resolveu terminar mesmo, pois não sentia mais nada.

Mas  a  vida  fluiu. Na boa. Dei uma viajada no meio do ano, para uma praia
bem  deserta.  Sozinho.  Lá  conheci  uma menina local, que só transava com
camisinha.  Tudo  por  10  reais. E ela tinha uma facilidade para colocar a
borracha!  Mesmo  nas  rapidinhas  lá  estava a camisinha entrando em ação.
Ficava  mais  louco ainda aquilo. Como era freguês diário ela fez um pacote
especial para mim, durante minha estadia nm praia.

Mas  eu  tive  que  ir  embora  daquela  praia, precisava voltar para minha
realidade.  Ainda  estava sensível. E o grupo de amigos era o mesmo, com as
mesmas  intrigas  idiotas  e  os  mesmos  papos,  a  mesma música e a mesma
falsidade.  Não  sei  porque, mas acabei em uma festa com eles, e lá estava
ela. Mudada, bem diferente da menina que um dia eu namorei.

 - E aí, tudo legal contigo?
 - Tudo, e contigo?
 - Na merda, mas sei lá.
 - Como assim?
 - Ah, eu fiz besteira em te deixar, tu sabe.
 - Sei não.
 - Ah, tipo, a gente fez um monte de burrada, eu na verdade, mas sei lá, te
   amo.
 - Ãhn, acho que não.

Depois disso fui beber. Deixei a menina com a cara no chão, não acreditando
naquela dispensada que merecia um prêmio pela apresentação da realidade nua
e  crua.  Acabei  bebendo demais, e fui levado para casa de alguém. É, e eu
estava  suado quando acordei. Do meu lado, ela, com cara de satisfeita. Não
sentia muita coisa além da dor de cabeça, em todos os sentidos.

No  chão, meu relógio, precisava ir trabalhar, ela véspera de natal, mas ia
abrir  a  loja meio turno. Irritado, falei para aquela mulher nunca mais me
procurar.  Ela  disse que eu poderia ir embora, que nunca me livraria dela.
Todos  os  dias  quando acordasse iria me lembrar dela, para sempre, até eu
morrer.

Depois  de algum tempo, eu acabei ficando mal, e depois de inúmeros exames,
já recuperado de algo que não sabia o que era, veio a notícia.

 - Diga doutor, afinal, qual era o meu problema?
 - Na  verdade,  ainda  é. Vou ser franco e objetivo.  Senhor, o senhor tem
   AIDS. 
 - Não pode ser.
 - O senhor tem que ser forte. Temos no hospital um time de psicólogos  que
   podem lhe ajudar no que for preciso.
 - Não quero ajuda.
 - Senhor, não, espere, não vá.

Eu fui. Para casa, pensar. Resolvi dormir aquele dia, esperando que no meio
da noite algum anjo ou demônio tirasse minha vida, mas isso não aconteceu e
quando  eu  acordei,  me lembrei da doença. E aí as idéias vieram. Ela. Foi
ela. ELA...

Voltei  ao hospital, precisava falar com os psicólogos. Eles me perguntaram
várias  vezes  se  eu  tinha  certeza da história que estava contando, pois
ninguém  faria  algo  assim.  Era insano pensar que alguém transaria comigo
para  me  passar  um  vírus,  mas  eu sei que era ela, só poderia. Dadas as
evidências  no meu corpo, sei que naquele dia não usamos preservativo. E eu
não tinha tido relações com mais ninguém sem proteção nos últimos tempos.

E eu fui. Na casa dela. Ela atendeu a porta...

 - Oi.
 - Oi, está tudo bem con...
 - FALA!
 - O... o que você quer que eu fale?
 - Por que me passou AIDS para começar?
 - Não, eu, eu, me desculpa!!! Por favor, olha, eu não sei o que eu  pensei
   naquele dia, estava fora de mim. Queria ter você perto de mim.Poderíamos
   viver juntos, nos cuidar juntos. Sabe, eu tinha...
 - Está louca!? Você acabou com a minha vida!!
 - Eu sei! E eu queria que fosse diferente, mas não foi! Pensei em te   
   procurar, para te avisar, mas não tive coragem. Eu rezei  muito  pedindo
   para que você não se contaminasse.
 - E agora, o que eu faço?
 - Pode aceitar ficar comigo...
 - Ai meu Deus. 
 - Não bastasse ter AIDS, agora isso. Você sabe as implicações disso!?
 - Não fica chateado, eu não vou te pedir nada!
 - Você destrói minha vida e fica aí, feliz?
 - Eu  estava muito  sozinha! Todos  me deixaram  quando fiquei  sabendo da
   doença!
 - AAAAAHHHHH!

Saí  da  casa  direto  para  um  advogado.  Hoje  ela  está  em um hospital
psiquiátrico.  E  eu, virei exemplo em escolas, revistas, jornais. Já virei
até filme. E pensar que eu achei a cena final do filme Kids ridícula.

Daniel Wildt

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==================== DE NOVO, PÔ! (Eduardo Seganfredo) ====================
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LIGAR O AR CONDICIONADO, SIM OU NÃO?

Sabe quando sai uma votação trabalho, para saber se é necessário ou não ligar o ar condicionado? Bom, na empresa onde trabalho, fazemos isso pelo ICQ. E o pessoal vai respondendo, sim, não, vai pro inferno, tanto faz, e de vez em quando o pessoal gosta de analiar melhor a situação, filosofar mesmo. E normalmente essa pessoa é o Eduardo. Essa acho que nem ele sabe que eu guardei, mas quando ele "larga" essas pelo ICQ eu vou guardando na minha máquina e depois no final do dia despacho um email para minha casa, com o subject "algum tresler". E ela fica ali, e quando aparece a oportunidade, no caso hoje, o texto sai no nosso e-zine, para que vocês possam ter uma aula de filosofia sobre o ato de ligar ou não o ar condicionado.

Qual a sua opinião, devemos ou não ligar o ar condicionado? [ ] sim [ ] não Mensagem 1: Bom, em primeiro lugar eu gostaria de deixar claro que ligar o ar-condicionado tem implicações econômicas em âmbito global. Por exemplo, temos que estar ciente de que o aparelho em questão consome energia elétrica em quantidades reletivamente altas em comparação direta com outros dispositivos empregados no escritório. Aqui faço ressalva aos Slaves, que também podem ser interpretados como dispositivos do escritório, mas têm sua energia provida pela ingestão de alimentos orgânicos, dispensado a utilização de tomadas elétricas. Ao menos por enquanto. Além disso, temos que levar em conta que os já mencionados slaves tendem a sofrer de mal funcionamento com variações bruscas de emperatura. Em especial os Slaves situados mais próximos a zona de incidência direta do ar-refrigerado. Por conseqüência, existe a possibilidade a se considerar de uma eventual perda de produção caso se concretize a tendência já observada de alguma enfermidade respiratória acomenter um de nossos funcionários. O que por sua vez causa reflexos na sociedade como um todo, uma vez que eles podem transmitir o mal para as pessoas do seu ciclo social. Ainda, precisariam de atendimento médico em um dos hospitais da rede pública, uma vez que não dispõem de plano de saúde, o que resulta em gastos para o governo. Estes gastos fazem com que o governo busque recursos fora para investir na área de saúde, o que envolve reuniões e negociações infindáveis com o FMI. O FMI por sua vez precisa de nossas reservas de metais preciosos como garantia para fornecer a verba, o que acarreta uma crescente perda dos recursos preciosos do solo da nossa amada pátria. Mensagem 2: Entretanto, é importante conjecturarmos a respeito da temperatura interna no ambiente de trabalho. Se porventura o calor continuar, é provável que haja uma redução no ritmo de trabalho dos funcionários, principalmente se levarmos em conta que a presente data sucede de imediato o feriado de proclamação da república. E bem sabemos que a queda de rendimento da equipe tem como inegável conseqüência uma gama infindável de perguntas que sem o menor esforço poderiam ser classificadas, com benevolência, de "irritantes". Principalmente quando, por uma dessas incoerências que a linguagem nos apresenta, elas são apresentadas por um 'superior'. Enfim, superada a distoância semântica da palavra, prosseguimos lembrando que também conhecemos o efeito que a irritação provoca no organismo humano. É bem possível que face a algum destes problemas os cavalheiros do escritório acabem cometendo algum deslize, um desvio de conduta, por assim dizer, com as suas respectivas damas. Sabemos que uma vez cometida algum destes disparates conjugais, para redimir-se de tais situações emaraçosas é necessário um investimento considerável em futilidades e agrados de valor exclusivamente feminino, como flores e bombons, por exemplo. Ou ainda, um jantar em algum restaurante dispendioso. A conseqüência lógica é que a nossa conta bancária se reduz na proporção direta do estresse. Observe, portanto, nobre colega, que a questão é muitíssimo mais complexa que unicamente girar um botão no painel do aparelho. Trata-se, indubitavelmente, de uma atitude que possui conseqüências em inúmeras vertentes da vida humana. É mais que ligar ou desligar. É decidir se você prefere ficar com calor e financeiramente quebrado (e dependendo da esposa fisicamente também) ou com ficar com frio e conhecer o time de enfermeiras do HPS sabendo que o solo brasileiro pode estar sendo negociado por sua culpa. Mensagem 3 (a tacada final): Enfim, a questão apenas parece simples! Na realidade ela é ardilosa, posto que oculta por trás da facilidade que sugere uma gama infindável de reflexos, melhor pormenorizados em mensagem circulante na última sexta-feira (vide primeiro parágrafo). Como eu já expus em outra oportunidade, é muito complexo tomar essa decisão, em virtude das inúmeras conseqüências intrínsecas à questão! Não trata-se exclusivamente de marcar deliberadamente uma das opções propostas. É necessário antes de mais nada fazer uma análise ampla dos efeitos que seguem uma resolução ante tão conturbada matéria. Trata-se indubitávelmente de uma polêmica que divide opiniões em todas as repartições da empresa, afetando o âmago dos funcionários, alguns dos quais podem porventura acabar sendo efetivamente prejudicados de acordo com o veredito acatado. Eduardo Seganfredo =========================================================================== ======== LINHAS DE PENSAMENTO CAÓTICO & PARALELO (Vincent Kellers) ======== =========================================================================== "BIG" Primeiro, pensei em escrever sobre uma luta sangrenta. Pedaços de corpos por todos os lados de uma sala. Sangue nas paredes e nas mãos. Destroços de um corpo humano, pedaços de uma história. Até escrevi alguma coisa, mas desisti da idéia. Faltavam as imagens que somente uma boa história em quadrinhos poderia me proporcionar. Então pensei "Quem vai se importar?" Decidi então descrever uma caçada nos campos longínquos. Mas não sei o quão longíquos são estes campos. Não sei onde os homens caçam hoje em dias. Não sei sequer como são caçadas. Logo, não poderia descrever uma caçada. Naturalmente, ninguém ia ler. Mas resolvi este plano adiar. Pensei então que poderia falar sobre a busca por vida extraterrestre inteligente, mas o tempo é curto e eu não possuo todas as referências necessárias disponíveis no momento. Então vou adiar este favor a ciência para outra ocasião. É claro que ninguém se importaria, afinal de contas, todos sabem que ETs não existem. Exceto o ET de Varginha e aquele alien autopsiado na década de 50. Mas isso foi no século passado, por enquanto vamos duvidar. Ainda, poderia falar sobre assuntos relevantes, ou insultar a estupidez da televisão e de quem a assiste. Como ninguém leu até aqui, resolvi suar. Vincent Kellers =========================================================================== ==================== O PLUS A MAIS DE HOJE (Almandrade) =================== =========================================================================== MÚSICA URBANA 10 postais fotos de Aristides Alves haikais de Carlos Verçosa (exposição Aliança Francesa - Salvador / Ba.) novembro / 2001 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- Registros inesperados, detalhes quase anônimos de imagens urbanas, surpreendidas e congeladas pela memória instantânea da câmara fotográfica. Construídas e reconstruídas por intervenções ou mesmo pela própria presença do homem que transforma o ambiente e se sobrepõe ao restante da natureza. Não importa a cidade: Salvador ou Curitiba. São pequenos recortes com as minúcias de luz e sombra, claro e escuro, figura e fundo, selecionados pelo trabalho do fotógrafo na contemplação solitária de centros urbanos. A fotografia também inventa seus restos ou pedaços de cidades no pormenor dos enquadramentos de ângulos diversos, invisíveis longe da objetiva. “...Ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente” (Barthes). Opõe ao seu referente outro cenário, outra cidade, indiferente ao que entendemos como real. Fotos sem legendas, acompanhadas de haicais. O poeta flerta com o que vê ou se deixa levar pela viagem paciente do fotógrafo, na busca de perspectivas para fixar imagens. Os textos, têm a gentileza de não revelar identidades geográficas, celebram a incerteza do lugar. A cidade se transporta, levando lembranças e interrogações, parada em closes, no silêncio em preto e branco dos cartões postais. Almandrade artista plástico, poeta e arquiteto =========================================================================== ============================= CRÉDITOS FINAIS ============================= =========================================================================== Este fanzine maluco que você recebe por email todo domingão se chama Tresler. Um grupo de amigos escreve histórias para o seu deleite. Se você quiser entrar em contato conosco, visitar o nosso Site (você pode ler os números anteriores do nosso fanzine eletrônico), se cadastrar ou descadastrar, enfim, utilize os emails/urls no final da mensagem. Tresler Team: Ariadne Amantino (ariadnedbka@yahoo.com) Daniel Wildt (dwildt@oocities.com) Eduardo Seganfredo (edu.zu@ig.com.br) Vincent Kellers (vkellers@terra.com.br) Colaborador da edição de hoje: Almandrade (almandrade_x@ig.com.br) Visite o Site do nosso e-zine (edições antigas e outras coisas mais!): http://www.tresler.cjb.net Para entrar em contato com o e-zine, mande um email para: treslerbr@yahoo.com.br Para receber o nosso e-zine mande um email para (DIVULGUE!): tresler-subscribe@yahoogroups.com Para não receber mais o e-zine, mande um email para: tresler-unsubscribe@yahoogroups.com

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Última atualização em 31 de março de 2002
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