TRESLER
Que dia é hoje? Domingo, 16 de dezembro de 2001.

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Olá! Está é a edição número 35 do nosso fanzine eletrônico. Espero que você
goste (ou não). Olha o que temos no menu de hoje:

1. Editorial (Daniel Wildt)
2. Controle Remoto (Daniel Wildt - BORN TO BE WILDT)
3. Entre o céu e a terra (Eduardo Seganfredo - DE NOVO, PÔ!)
4. Pesos e medidas (Marcelo Ferrari - O PLUS A MAIS DE HOJE)
5. CRÉDITOS FINAIS

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======================== EDITORIAL (Daniel Wildt) =========================
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Uau,  que  semana.  Hoje  é  segunda-feira,  mas a gente faz de conta que é
domingo! Alias, já é terça-feira. Então não vamos perder mais tempo.

Música da semana!
Rage Against The Machine - Calm like a bomb

Álbum da Semana!
Rage  Against The Machine - The Battle of Los Angeles (sim, é o mesmo álbum
da  semana passada, o que comprova que essa semana foi complicada, conforme
se vê pela música da semana)

Pensamento da Semana
"A  invencibilidade  está na defesa; a possibilidade de vitória, no ataque.
Quem  se  defende mostra que sua força é inadequada; quem ataca, mostra que
ela é abundante."
                                                                    Sun Tzu

No Tresler de hoje, surpresa!! Leia e veja o que lhe aguarda. Boa leitura.

Daniel Wildt

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===================== BORN TO BE WILDT (Daniel Wildt) =====================
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CONTROLE REMOTO

Mas que coisa complicada isso! Essa novela nunca termina e eu quero ver meu
jogo  na  TV  a Cabo! Porra Andréa, vai ver na outra TV! Ela não ia. Nem se
mexia.  Era  o  último capítulo, ela estava irritada até certo ponto por eu
estar  falando  muito,  mas  meu Deus, tudo bem, o meu jogo não era nenhuma
final  de  campeonato,  mas  enfim,  quero ver!! Era no pay-per-view e eram
poucos os jogos do meu time que passavam depois das 16h, então eu precisava
ver este!!

Espera  um pouco, ela disse. Esperar um pouco? Essa nhaca de novela deveria
ter terminado faz 20 minutos e até agora nada de fim de novela. Se tu sabes
que  todos  vão ficar felizes, se todas as pessoas malvadas vão morrer, pra
que  assistir?  Bom, Marco, se é assim mesmo, para que assistir o teu jogo?
Teu time sempre perde!

Aí  ela  pegou  pesado.  Não,  peraí,  pode falar de tudo, até da minha mãe
pedindo  desculpa  em  seguida,  mas do meu time! Isso é pedir para morrer.
Olha  que  eu  te dou um pau, hein mulher! Aí ela me olhou com uma cara bem
sacana  e  largou um ah, quero ver, um pau seria bom, mas depois da novela,
tá?

Fiquei  atiçado.  Comecei  a  tirar  minhas calças. Ela me olha de canto de
olho.  Viu que eu estou excitado. É um olho na TV e outro em mim. Intervalo
comercial!  Bah,  que  beleza, corri para o sofá, pulei em cima de Andréa e
comecei  a  beijar  seu  pescoço.  Finalmente consegui deslizar minhas mãos
pelas  costas  dela e alcançar o controle remoto, que estava embaixo de uma
das almofadas do sofá. Mudei o canal e graças a Deus o jogo ainda estava no
zero a zero, não perdi nada, afinal.

Andréa ficou muito irritada, mas ainda não sei o porquê. Ela se levantou do
sofá,  e  eu  pensei até que tinha ganho a briga, achei que ela iria para o
quarto,  ver  a  TV lá, que era uma 14 polegadas e a imagem até que não era
ruim, mas não, agora é ela que começa a tirar a roupa.

Que  mulher maravilhosa. Ela está com uma calça bem apertada, e se contorce
toda  para  tirar. Como estava no zero a zero mesmo, puxei ela para cima de
mim,  no  meu  colo  e comecei novamente a beijar o pescoço dela. Ela pulou
para  o  lado,  e eu fiquei de barriga para cima. Ela começou a me beijar o
pescoço  agora,  e  a  mão  dela  começou  a  escorregar em direção a minha
barriga, puxa, fazia tempo que a gente não ficava tão louco.

Eu  de  olhos  fechados e do nada a voz do narrador foi trocada por uma voz
com sotaque nordestino. Não sabia de nenhum comentarista nordestino naquela
TV, ainda mais que o jogo era em São Paulo. Só que o cara falou que amava a
Eulália  e  foi  óbvio  que  ela parou por aí as carícias. Eu não acreditei
naquilo,  assim  como ela não acreditava que o cara amava a tal da Eulália.
Como  ela poderia fazer aquilo? Ela ficou pelada, aquele corpo maravilhoso,
de lado, deitada no sofá da sala, e os olhos fixos na TV.

Como cansei de ficar brigando pelo controle remoto, fui dormir.

Daniel Wildt

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==================== DE NOVO, PÔ! (Eduardo Seganfredo) ====================
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ENTRE O CÉU E A TERRA

Há  algumas  edições,  meu  colega de Tresler, Vincent, escreveu uma coluna
discertando  sobre  sentidos  e  a  possibilidade de se perdê-los. Pedi sua
autorização  para  dar  continuidade  ao  assunto,  que  me  parece deveras
intrigante.  Os  sentidos  são  os meios pelos quais percebemos o que há no
mundo.  Mas  não creio que tudo o que há no mundo possa ser percebido pelos
sentidos.  Não  ao  menos  pelos  tradicionais  5 sentidos que estudamos na
escola.

Imagine  uma pessoa que já nasce cega. Peça a ela que descreva a você o que
são cores ou o que é luz. Provavelmente a resposta nem de longe vai lembrar
um  dia  de  sol  ou  um  belo  arco-íris.  Peça  para um surdo de nascença
descrever  uma  música  e, se ele não for Bethoven, o resultado vai ser bem
diferente daquela melodia harmoniosa que você conhece.

Isso  porque  claramente faltam-lhes recursos para perceber a existência do
som  ou  da  luz.  Observe  que nem som nem luz são matéria, salvo se algum
físico moderno já tenha provado o contrário. O som é uma onda mecânica, que
se  propaga  através  da matéria, mas não é a matéria em si. Quase da mesma
forma  que  a  luz,  que  é  uma  onda  também,  porém  não é mecânica, não
necessitando de matéria para se propagar.

Isto  posto,  seria  demasiada  presunção  humana supor que os cinco pobres
sentidos  do qual somos dotados são suficientes para interagir com tudo que
há na Terra.

Se  ao  cego  é impossível descrever as cores e os demais aspectos da luz e
aos  surdos  de  igual forma inviável sucitar-lhes as maravilhas do acordes
harmoniosos da escala musical, é justo pensar que também às pessoas normais
seja  vedada  a  percepção  de determinados elementos, que espraiam-se pelo
universo, ocultos aos homens comuns.

Mas,  da  mesma  forma  que  alguns  cegos são capazes de notar a claridade
intensa  e  os  surdos  conseguem  sentir  a  vibração  da  música  alta em
determinadas  situações,  também  nós,  homens comuns, conseguimos perceber
aquilo que não vemos, que não ouvimos, que não provamos ou sentimos cheiro.
A  isso  damos  o  nome  de  intuição  e  na maioria das vezes não passa de
manifestações  ilógicas de nossos medos e anseios subconscientes. Porém, em
alguns  casos,  são  evidentes  percepções de elementos muito além da nossa
compreensão mundana.

E  assim  se  dá  com  algumas  pessoas que, por motivos que desconhecemos,
nascem  dotadas de uma capacidade inegável de interagir com elementos ainda
demasiadamente míticos para o tão avançado mundo moderno.

Na  história  da  humanidade há vários registros de "profecias" que a razão
humana  não  explica.  A  própria  conquista  da  América, por exemplo, foi
influenciada    pelas   histórias   lendárias  dos  antigos  habitantes  do
continente,  cujo símbolo máximo do horror, equivalente ao popular "diabo",
era  a  imagem  e semelhança dos conquistadores espanhóis que desembarcaram
aqui.  Sem  falar  da  já  consagrada obra do médico Michel de Nostradamos,
cujas  centurias anteviram uma série espantosa de fatos. Também Shakespeare
imortalizou  sob  a sapiência de Hamlet que "Há mais coisas entre o céu e a
terra  do que sonha nossa vã filosofia". E em Macbeth, o destino do monarca
é traçado pela maldição de 3 feiticeiras.

Enfim,  não  é,  em  absoluto,  nenhuma estultice aceitar que desconhecemos
muito  do que há no vasto mundo de mistérios que nos cerca. Pelo contrário,
muitas  razões há para supormos a existência de outros planos, coligados ao
nosso  por  caminhos trilháveis apenas por uma fração de pessoas dotadas de
meios  para  isso.  No  entanto, algumas pessoas demonstram-se teimosamente
céticas a tudo o que seus sentidos são incapazes de captar. Porém, elas são
minoria  nos  dias  de  hoje,  da  mesma  forma  que o são as que acreditam
cegamente  no  mundo  imaterial.  A  predominância  ainda  é  daquelas  que
concordam  com  um  célebre  escritor hispânico que disse: "Yo, no creyo en
bruxas,  pero  que  las  hay,  las  hay".  E  aí reside um mundo ainda mais
intrigante,  assunto  para uma próxima coluna: o da psicologia e pensamento
humano.

Eduardo Seganfredo

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================= O PLUS A MAIS DE HOJE (Marcelo Ferrari) =================
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PESOS E MEDIDAS

Olá Buda! Sabe como calcula o data da Páscoa? Toma-se a lua nova de março e
conta-se  quatorze  dias.  O  primeiro  domingo que aparecer é o domingo de
Páscoa.  Agora,  sabe  como  se  calcula  a  largura do tanque de um ônibus
espacial? Simples, basta somar dois traseiros...

Vou explicar... A bitola (largura entre 2 trilhos) das ferrovias americanas
é  de  4  pés.  Por que este número? Porque a empresa inglesa que vendia os
vagões  para os EUA, construía também carroças e usava ao mesmo maquinário.
A  distância  entre  as rodas das carroças era baseada nas antigas estradas
européias.  As  estradas foram abertas pelos Romanos e tinham a largura das
bigas  (carroças  romanas).  Por  fim,  a  medida  das bigas era baseada na
largura  de  2  traseiros  dos  cavalos...  Assim,  como o tanque do ônibus
espacial  tem a limitação dos túneis das ferrovias por onde é transportado,
mede duas bundas de cavalo...

Agora  entendo como é que faz para ampliar o universo. E só ampliar o túnel
por onde as idéias passam.

Sim, vejo luz no fim...

Marcelo Ferrari 

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============================= CRÉDITOS FINAIS =============================
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Tresler Team:
  Ariadne Amantino (ariadnedbka@yahoo.com)
  Daniel Wildt (dwildt@oocities.com)
  Eduardo Seganfredo (edu.zu@ig.com.br)
  Vincent Kellers (vkellers@terra.com.br)
Colaborador da edição de hoje:
  Marcelo Ferrari (marceloferrari@ajato.com.br)
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Última atualização em 31 de março de 2002
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