SEQUEIROS

do Couto de Gondufe
Ponte de Lima


Linha
documentada dos
possuidores do Paço de
Sequeiros e seus
Antecessores
desde o início do século
XIV


Por Francisco de Vasconcelos

                                  SEQUEIROS                                         
1. Lourenço Pais, enfiteuta do Couto da Várzea, enorme propriedade foreira ao
   Cabido da Sé de Braga, que abrangia parte das paróquias de Beiral e Gemieira
   nos arredores de Ponte de Lima (contíguas à de Gondufe, onde
   fica o Paço de Sequeiros - que também se escreve Siqueiros) e que no século
   XVI foi dividida em seis casais,três dos quais, pelo menos, deram origem a
   outras tantas casas nobres da região.
2. João Lourenço, filho do anterior , casou com Clara Lourenço. Foram "vizinhos"
   de Braga e a eles foi o Couto da Várzea emprazado pelo cabido em 1350.
3. Gonçalo Anes "de Sequeiros", casou com Mécia Anes, filha dos anteriores,
   viveu em Gondufe, em Sequeiros, naturalmente como indica a sua alcunha, era 
   enfiteuta do Couto da Várzea em 1369/80 e 1386, mas já tinha falecido em
   1393.
4. João Gonçalves de Sequeiros, filho do anterior, sacerdote, abade de Arnoso,
   possuidor do Paço de Sequeiros e enfiteuta do Couto da Várzea em 1393 e 1404.
   Teve o filho seguinte de "dona Margarida Gonçalves", solteira ao tempo do
   nascimento:
5. Gonçalo de Sequeiros, filho, legitimado pelo Rei D. João I em 1427 do 
   anterior, "vassalo d'El-Rei", morador em Gondufe, possuidor do Prazo Couto da
   Várzea e do Paço de Sequeiros, casou e teve:
a) João Gonçalves de Sequeiros, que segundo alguns terá alienado o solar de
   Sequeiros no fim do século XV e fugido para a Galiza depois de ter morto um
   fidalgo em Portugal. Casou com uma filha bastarda de D. Pedro Madruga de
   Sotomayor, Conde de Caminha em Portugal. Foram tronco dos Sequeiros da
   Galiza, Condes de Priègue em Espanha, morgados do Paço de La Pastora (ou
   Santhomé), em Vigo.
b) Martim Gonçalves, que segue.
6. Martim Gonçalves de Sequeiros, filho de Gonçalo Anes de Sequeiros e sua 
   mulher, viveu em Gemieira, era proprietário na zona, casou e teve:
7. Diogo de Sequeiros e Abreu, filho do anterior; casou e teve:
 
8. Ana de Caldas de Sequeiros, filha do anterior e sua mulher. Na divisão do
  Couto da Várzea em seis casas feita em 1553 foi-lhe emprazado o lote maior, o 
  do Casal do Paço em Gemieira. Casou com Damião Vaz Ferraz (naturalmente 
  próximo parente de Manuel Vaz Ferraz, que foi dono do solar de Sequeiros e
  morreu em Gondufe em 1613, o qual faleceu em Gondufe em 21.8.1599. Tiveram,
  entre outros:
  a) Ângela Ferraz, que segue b) Damião Vaz Ferraz, o moço, proprietário no
    lugar de Sequeiros, onde viveu.
9. Ângela Ferraz de Sousa, filha dos anteriores, casou com o seu parente Gaspar
   Fernandes de Sequeiros e foram proprietários de uma casa e outros bens no 
   lugar de Sequeiros, onde viveram. Tiveram, entre outros:
a) Ângela Ferraz de Sousa, que casou e teve uma filha Maria Ferraz de Sousa 
  (fal. s.g.), herdeira dos ditos bens em Sequeiros que vinculou em 1737 e 
   deixou a seu sobrinho o padre Luís de Sousa Rebelo; b)Jerónima, q.s.
10. Jerónima Ferraz de Sousa, filha dos anteriores, casou em Gondufe em
    12.2.1648 com seu parente António Rodrigues de Sequeiros, de quem teve:
   
11. Jerónima de Sousa Ferraz, filha dos anteriores, casou em Gondufe em 
    4.6.1673, e viveu e morreu no lugar de Sequeiros. Teve, entre outros:
a) Luís de Sousa Rebelo, sacerdote, proprietário de grande parte das terras 
E casa da “aldeia” de Sequeiros, incluindo “a casa que chamam da ‘Torre de
Siqueiros’”, que vinculou em 1735; b) Mariana de Sousa e sua irmã Damiana
Maria de Sousa, ambas solteiras, sucederam a seus pais, irmão e tios nos
Bens de Sequeiros, os quais dotaram a seu sobrinho João António, adiante;
     b)João de Sousa, que segue.
12. João de Sousa Rebelo e Castro, filho dos anteriores, foi baptizado 
    em Gondufe em 10.45.1687. Teve entre outros:
13. João António de Sousa Rebelo Castro e Melo, “homem nobre”, recebeu
    em 1765 em dote de casamento quase todos os bens dos Sequeiros, 
    incluindo o que restava da Torre, então em ruínas. Em 1772 arrematou
    o que lhe faltava de toda a antiga quinta de Sequeiros aos sucessores
    de Damião Vaz Ferraz, o moço, reunificando assim a propriedade. Casou,
    e teve de sua mulher:
14. Helena Josefa Jerónima de Sousa Pereira de Castro e Melo, sucessora de
    seu pai, reconstruiu o Paço de Sequeiros e casou em 1789 com
    Francisco de Vasconcelos Monteiro de Lima, de Vila do Conde. 

Fontes: Ver "três Lapsos de um Investigador sobre o Paço de Sequeiros-
        Francisco de Vasconcelos- Centro de Est.Regionais de Viana do Castelo
        1995

 
   ANTECEDENTES  FRANCISCO DE VASCONCELOS   DONA HELENA DE SOUSA  
 GERAÇÕES CASAS E SOLARES  AUTORES E OBRAS

Vasconcelos de Vila do Conde


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