Paralamas do Sucesso
Aonde quer que eu vá
Olhos fechados
Pra te encontrar
Nao estou ao seu lado
mas posso sonhar
Refrao
Aonde quer que eu vá
Levo voce, no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá
Nao sei bem certo
se é só ilusao
Se é voce ja perto
Se a intuição
Longe daqui, longe de tudo
meus sonhos vao te buscar
Volta pra mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou, te esperar
Larara, lararara
La, lara, larara
La, larara
La, lara, larara
La, larara
Aonde quer que eu va
Busca Vida
Vou sair pra ver o céu
Vou me perder entre as estrelas
Ver d'aonde nasce o sol
Como se guiam os cometas pelo espaço
E os meus passos
Nunca mais serão iguais
Se for mais veloz que a luz
Então escapo da tristeza
Deixo toda dor pra trás
Perdida num planeta abandonado
No espaço
E volto sem olhar pra trás
No escuro do céu mais longe que o sol
Perdido num planeta abandonado
No espaço
Ele ganhou dinheiro
Ele assinou contratos
E comprou um terno
Trocou o carro
E desaprendeu a caminhar no céu
E foi o princío do fim
Capitão de indústria
Eu às vezes fico a
pensar
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei
Eu não vejo além de fumaça
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
Eu acordo pr'á trabalhar
Eu durmo p'rá trabalhar
Eu corro pr'á trabalhar
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
Eu não vejo além da fumaça que
Passa e polui o ar
Eu nada sei
Eu não vejo além disso tudo
o amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
De música ligeira
Ela deitou
Seu calor se espalhava
Eu despertei e ainda sonhava
Algum tempo atrás
Escrevi uma carta
Que nunca escolhi
As armas do amor
E daquele amor
De música ligeira
Nada nos livra
Nada mais resta
Não lhe enviarei
Mentiras e rosas
Nem penso evitar
O toque secreto
Ela disse adeus
Now the deed is done,
As you blink, she is gone
Let her geet on with life
Let her have some fun
Ela disse adeus e chorou
(Já sem nenhum sinal de amor)
Ela se vestiu, e se olhou
(Sem luxo, mas se perfumou)
Lágrimas por ninguém
Só porque é triste o fim
Outro amor se acabou
Ele quis lhe pedir pra ficar
(De nada ia adiantar)
Quis lhe prometer melhorar
(E quem iria acreditar?)
Ela não precisa mais de você
Sempre o último a saber
Ela disse adeus
Ela disse adeus
La bella luna
Por mais que eu pense
Que eu sinta, que eu fale
Tem sempre alguma coisa por dizer
Por mais que o mundo dê voltas
Em torno do sol, vem a lua me
Enluquecer
A noite passada
Você veio me ver
A noite passada
Eu sonhei com você
Ó lua de cosmo
No céu estampada
Permita que eu possa adormecer
Quem sabe, de novo nessa madrugada
Ela resolva aparecer
Lourinha Bombril
Pára e repara
Olha como ela samba
Olha como ela brilha
Olha que maravilha
Essa crioula tem o olho azul
Essa lourinha tem cabelo bombril
Aquela índia tem sotaque do sul
Essa mulata é da cor do Brasil
A cozinheira tá falando alemão
A princesinha tá falando no pé
A italiana cozinhando feijão
A americana se encantou com Pelé
Häagen-dazs de mangaba
Chateau canela-preta
Cachaça made in Carmo dando a volta no planeta
Caboclo presidente
Trazendo a solução
Livro p'rá comida, prato p'rá educação
Mensagem de Amor
Os livros na
estante já não tem mais tanta importância
Do muito que eu li, do pouco que eu sei
Nada me resta
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor
A noite eu me deito,
Então escuto a mensagem no ar
Tambores rufando
Eu já não tenho nada pra te dar
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor
No céu estrelado eu me perco
Com os pés na terra
Vagando entre os astros
Nada me move nem me faz parar
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor
Meu erro
Eu quis dizer, você não quis escutarNa nossa casa
Quando anoiteceu
Nenhuma luz na nossa casa se acendeu
Aonde você estava?
Aonde estava eu?
Se tudo parecia nada, ainda assim
O nada era mais do que o que você deixou
No fim
Quando anoiteceu
Quando algo em que a gente acreditava
Se perdeu
Por onde você andava?
Por que não me socorreu?
Não é o fim do mundo
É só o fim de tudo que fomos nós
Sem flutuar e sem tocar o fundo sempre sós
O caminho pisado
Da cama pra cama, do
banho pra sala
O sono persiste, o sol não tarda
A vida insiste em servir um velho ritual
Que sempre serve a tantos outros
O mesmo pão comido aos poucos
Se senta e abre o jornal
Tudo parece normal
Um dia a menos, um crime a mais
No fundo, no fundo, no fundo tanto faz
Já é hora de vestir o velho paletó surrado
E caminhar sobre o caminho pisado
Que o conduz rumo à batalha que inicia cada dia
Conseguir um lugar pra sentar e sonhar no lotação
E é tudo igual, igual, igual, igual....
No fim dos dias úteis há dias inúteis
Que não bastam pra lembrar ou pra esquecer de quem se é
O ar pesado nesse bairro pesado em plena barra pesada
A mão pesada vem oferecer
E conta os trocados contando vantagem
E toma uma bola, começa a viagem
E enquanto não chegar a velha hora
Que inicía cada dia
Em várias partes da cidade, por lazer ou rebeldia
A mão pesada se abrirá
Oferecendo a garantia barata de que tudo vai mudar
E é tudo igual, igual, igual....
O caroço da cabeça
Prá ver
Os olhos vão de bicicleta até enxergar
Prá ouvir
As orelhas dão os talheres de escutar
Prá dizer
Os lábios são duas almofadas de falar
Prá sentir
As narinas não viram chaminés sem respirar
Pra ir
As pernas estão no automóvel sem andar
E os ossos serão nossas sementes
Sob o chão
E dos ossos as novas sementes
Que virão
Outra beleza
Outra beleza
Outra beleza você tem
Que põe cama e mesa
E mais beleza no mundo também
Não tá no frio da pedra, do bronze ou da tela
Tá no olhar, tá no movimento dela
Em cada suspiro de amor
Cada gesto de mão, cada novo sabor
Cada ocasião em que a alma se revela
O sol se põe na paisagem da minha janela
Se o telefone tocar já sei que é ela
De caras e bocas e marcas
De ostentação, de comparação
Não precisa não
Você é muito mais bela.
Saber Amar
A crueldade de que se é capaz
Seja Você
Vai sempre ter alguém
Com mais dinheiro, mais respeito
Mais ou menos tudo o que se pode ter
Vai sempre sobrar, faltar
Alguma coisa, somos imperfeitos
E o que falta cega p'ro que já se tem
Eu não te completo
Você não me basta
Mas é lindo o gesto de se oferecer
O que eu quero nem sempre eu preciso
Mas dê um sorriso quando me entender
Seja você
Seja só você
Um pequeno imprevisto
Eu quis querer o que o
vento não leva
Pra que o vento só levasse o que eu não quero
Eu quis amar o que o tempo não muda
Pra que quem eu amo não mudasse nunca
Eu quis prever o futuro, consertar o passado
Calculando os riscos
Bem devagar, ponderado
Perfeitamente equilibrado
Até que num dia qualquer
Eu vi que alguma coisa mudara
Trocaram os nomes das ruas
E as pessoas tinham outras caras
No céu havia nove luas
E nunca mais encontrei minha casa
No céu havia nove luas
E nunca mais encontrei minha casa
Vital e sua moto
Vital andava a pé e achava que assim estava mal