Pato Fu

A necrofilia da arte

A necrofilia da arte
Tem adeptos em toda parte
A necrofilia da arte
Traz barato artigos de morte
Se o lennon morreu, eu amo ele
Se o marley se foi, eu me flagelo
Elvis não morreu, mas não vivo sem ele
Kurt Cobain se foi, e eu o venero
A necrofilia da arte
Dá meu endereço a quem não gosto
A necrofilia da arte
Faz compreender quem não conheço
Zunfus trunchus que eu nem conhecia
Virou meu star no outro dia
A necrofilia da arte...

Antes que seja tarde

Olha, não sou daqui
me diga onde estou
Não há tempo não há nada
Que me faça ser quem sou
Mas sem parar pra pensar
Sigo estradas,sigo pistas pra me achar
Nunca sei o que se passa
Com as manias do lugar
Porque sempre parto antes que comece a gostar
De ser igual, qualquer um
Me sentir mais uma peça no final
Cometendo um erro bobo, decimal
Na verdade continuo sob a mesma condição
Distraindo a verdade, enganando o coração
Pelas minhas trilhas você perde a direção
Não há placa nem pessoas informando aonde vão
Penso outra vez estou sem meus amigos
E retomo a porta aberta dos perigos
Na verdade continuo sob a mesma condição
Distraindo a verdade, enganando o coração
Na verdade continuo sob a mesma condição
Distraindo a verdade, enganando o coração

Boa noite

Boa noite
Boa noite já estou aqui
Vamos juntos
Viver
Porque vamos fazer
Vamos enfim
Porque vamos fazer
Vamos enfim
Viver, correr
Pegue as coisas meu bem
As roupas e os itens mais e vem
Porque vamos fazer
Vamos enfim
Porque vamos fazer
Vamos enfim
Viver, correr
Feliz

Canção pra você viver mais

Nunca pensei um dia chegar
E te ouvir dizer:
Não é por mal
Mas vou te fazer chorar
G Hoje vou te fazer chorar
Não tenho muito tempo
Tenho medo de ser um só
Tenho medo de ser só um
Alguém pra se lembrar
Alguém pra se lembrar
Alguém pra se lembrar
Faz um tempo eu quis
Fazer uma canção
Pra você viver mais
Deixei que tudo desaparecesse
E perto do fim
Não pude mais encontrar
E o amor ainda estava lá
O amor ainda estava lá

Depois

Não foi dessa vez
Mas pode ter certeza
Mal posso esperar
Pra fugir da tristeza
Amanhã talvez
Vai ser um carnaval
Vão falar de mim
Pro bem ou pro mal
Tomo um café e um guaraná pra me animar
Mas ficou tão tarde
Que é melhor deixar pra lá...
Quando penso em nós dois
Deixo tudo pra depois
Quando penso em nós três
Fica pra outra vez
Juntei passos, palavras
Não era bem o momento
Fingi não querer nada
Tem horas que não me aguento...
Prometo, juro, garanto
Vou resolver tudo isso
Assim que tiver coragem
E mais nenhum compromisso

Eu sei

Sexo verbal
Não faz meu estilo
Palavras são erros
E os erros são seus
Não quero lembrar
Que eu erro também
Um dia pretendo
Tentar descobrir
Por que é mais forte
Quem sabe mentir
Não quero lembrar
Que eu minto também
Eu sei
Fecha a porta do seu quarto
Porque se toca o telefone
Pode ser alguém
Com quem você quer falar
Por horas e horas e horas
A noite acabou talvez
Tenhamos que fugir sem você
Mas não, não vá agora
Quero honras e promessas
Lembranças e histórias
Somos pássaro novo
Longe do ninho
Eu sei

Imperfeito

Eu sei que meu amor
É imperfeito
Mas se ele deixar, vou lhe mostrar
O quanto tambem
Tenho defeito
Não é pra me gabar
Mas rio do que faço
Eu devia chorar
Eu sei o mal que fiz
Já está feito
Mas lhe pedi perdão, por ser assim
E o coração que
Tenho no peito
Não quer acreditar
Já nem estou mais aqui
Nem em qualquer lugar

Lá vai se embora meu mundo sem mim...
O que há de errado em ser tao errado assim?
Já vou saindo, não precisa empurrar...
Pois meu maior defeito é insistir
Que ele é perfeito,
Que é pura crueldade pedir pra ele mudar

Nem luz, nem espelho,
Nem olhos pra enxergar
Acho que sou alguém
Que nunca vai mudar

Lá vai se embora meu mundo sem mim...
O que há de errado em ser tao errado assim?
Já vou saindo, não precisa empurrar...
Pois meu maior defeito é insistir
Que ele é perfeito,
Que é pura crueldade pedir pra ele mudar

Isopor

Estouro de bolha de sabão
Rufem os tambores de brinquedo
O palco é de papelão
Alguém fez um samba enredo
Vou levar pastel de vento
Sanduiche de isopor
Bolo de esquecimento
Vou esquecer quem é meu amor
Vou pensar que ainda não vi
Nada igual ao que estou vendo
Nem vou mais querer olhar
O firmamento

Tudo o que vejo é inconsistente
E nada aprendo, tudo se desmente
Nada do mundo, desde o começo
Eu não conheço, eu não entendo

Vou querer tomar veneno
Vou querer dissimular
Vou ter crise de comportamento
Vou sorrir querendo chorar
A música é feita de sons
E os sons são feitos de ar
E agora que a banda passou
Nada vai ficar
Nada vai ficar
Nada vai ficar

Licitação

Quando essa joça ficar pronta
Quero ver quem que dá conta
De contar como se conta o dinheirão que vai pro saco
Fazer pirâmide, jardim, não é problema
Bota o nome do ayrton senna
Põe na entrada do buraco
Vamos errar português
Vamos eleger um bundão
Vamos votar em quem roubou mas fez
Pena de morte para os linchadores, ou não?
Já que a policia não faz nada
O menininho da calçada
De dia dou moedinha
De noite eu dou porrada
Vamos inventar uma nova dancinha
Sucatear o samba e maltratar o carnaval
Vamos dar um jeito de arrumar a vida
Então vamos morrer de uma vez, tá legal?
COLISEU PENELAQUI !

Made in Japan

Ningemwa imamade osoroshimeni attekita
Atsui genbakuo hitoride uketa Nippon
Yokute yasukute kireina shouhinwo

Sekaini utteiru,
Genbaku no adao kaeshiteiru
Honmonono amerikaseino amplio

Akete bikkuri,
Hotondono buhinwa nihonsei

Watashi wa omotta no aa shikataganai

Made In Japan! Doo-doo-doo-doo-doo...
Made In Japan! Doo-doo-doo-doo...
Made In Japan! Doo-doo-doo-doo-doo,
Doo-doo-doo, doo-doo-doo,
Doo-doo-doo-doo-doo-doo-doo-doooooo-doo!

Projekuto-niwa himitsuga-aru
Korewa nasa-ga kaiketsu-suru
Korede watashiwa anshinda,
Nasa-wa itsumo watashitati-no yokoni tsuiteiru

Made In Japan! Doo-doo-doo-doo-doo...
Made In Japan! Doo-doo-doo-doo...
Made In Japan! Doo-doo-doo-doo-doo,
Doo-doo-doo, doo-doo-doo,
Doo-doo-doo-doo-doo-doo-doo-doooooo-doo!

Korede watashiwa anshinda,
Nasa-wa itsumo watashitati-no yokoni tsuiteiru

Morto

Meu anjo, eu sei
É duro esperar
No chão
Tudo terminar
Pois continuar vivo
Não é mais uma opção
Fácil é virar pó
Difícil é a lição

Quem quer ser o novo campeão?
Quem quer ser o primeiro a entrar?
A fila dos bonitos é aquela de lá!
Quem nunca dançou vai começar a sambar!
Vai começar a sambar!
A fila é aquela de lá!
Pode ser que não
Sobre nada em suas mãos
Mas não vou dizer
Agrados pra você
Incerto é seu futuro
O espertinho fez seguro
E a sujeira que sobrou
O fogo queimou

Nunca diga

Querida nunca diga
Que eu tenho mal gosto
E saiba que o belo da vida
Ainda está pra nascer
Querida por favor
Olhe bem em meu rosto
E tente enxergar o que os outros
Não conseguem ver
Fui lhe mostrar
Um disco que eu comprei
De um cantor
Que eu sempre gostei
Mas você
Não me deu atenção
E voltarei pra casa
Pelo mesmo caminho
Escutarei o meu disco sozinho
Dentro do meu quarto
Na escuridão
Querida por favor
Olhe bem em meu rosto
E tente enxergar o que os outros
Não conseguem ver
E tente enxergar o que os outros
Não conseguem ver

O filho predileto de Rajneesh

Você sabe que a mulher tem um apetite sexual
Dez vezes maior que o seu?
Amigo meu.
Você pode passar uma semana inteira
Resguardando a fronteira do lar
Mas ela sempre quer mais
Mas ela sempre faz mais que você!

Por isso é que o filho é mais dela
Por isso é que o filho é mais dela
Você traz a comida
Mas a panela é dela!

O prato do dia

Não é tão ruim assim
Não é de todo mau
Quando me corto sem querer
É bom pra me lembrar
Que todo esses sangue
Que vejo por aí
Está por aqui também
Está por aqui também
Moço, hoje eu vou querer
A comida mais estranha
A que menos se pareça comigo
Tô me sentindo meio janta hoje
Tô me sentindo meio arroz com feijão...

Quem vamos ter pra hoje?
Quem vai ser? Quem?
Quem vamos ter pra hoje?
Quem vai ser? Quem, o prato do dia?

Não gosto mais de ler jornal
Pensei: é melhor pra mim
Fazer as contas do que vi
E nem quero me lembrar
Que todo esse sangue
Que vejo por aí
Está por aqui também
Está por aqui também
Moço, hoje eu vou querer
A comida mais estranha
A que menos se pareça comigo
Tô me sentindo meio janta hoje
Tô me sentindo meio arroz com feijão...

Quem vamos ter pra hoje?
Quem vai ser? Quem?
Quem vamos ter pra hoje?
Quem vai ser? Quem, o prato do dia?

O mundo não acabou

Leio livros complicados
Faço teses, faço juras
Mas não, oh não
Mundo não mudou
Pego em armas, dou meu sangue
Jogo bombas e granadas
Mas não, oh não
Mundo não mudou
Vou pra rua, vou pra praça
Grito hinos, grito frases
Mas não, oh não
Mundo não mudou
Fico em casa, cheiro incenso
Canto mantras, ligo chakras
Mas não, oh não
Mundo não mudou
Vou pra festa, queimo plantas
Tomo todas, tomo tudo
Mas não, oh não
Mundo não mudou

Perdendo dentes

Pouco adiantou
Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão
Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém

Acho que eu fico mesmo diferente
Quando falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que não sei quem sou
E uso as palavras de um perdedor

As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei

As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci

Quase

Ela é quase tudo o que sonhei
E eu sou quase aquilo que sempre evitei
E falhei, sim, falhei...
Quase um amor
Quase um caminho
Que me deixou
Quase sozinho
E quase que fiquei contente
E fui feliz pra sempre
No dia em que eu
Quase conquistei seu coração
Quase um amor
Quase um caminho
Que me deixou
Quase sozinho
E apesar de ter ficado
Quase um ano
Quase morto de paixão
Hoje já estou quase bão

Hoje já estou,
Realmente já estou,
Hoje já estou quase bão

Saudade

É de manhã bem cedo
A rua desperta
Na primeira hora
Sinto falta de você
E vou pedir
Mais uma vez
Pra você voltar

Olha, eu sei que não tenho
A sorte e o tempo
Sempre que eu tento
Não consigo te dizer
Tão simples é
Mas eu perdi
Tão lindo amor

A saudade faz sofrer
Não precisa nem querer
Mais e mais
Vou amar você

Spaceballs, the ballad

Running 'cross the universe
They got long hair and they wanna fly
Space: the final frontier
Space: i wanna be here
If they don't have the glory of a war
It's just because they don't believe in war
We got the space that's the final frontier
Space: i wanna be here
Down thru the space we swim on a dream
It sounds like a sound of a song that we can sing!
Down thru the space we swim on a dream
It sounds like a sound of a song that we can sing!

Televisão de cachorro

Às vezes penso que eu assisto tv
Como o cãozinho que olha o frango rodar
Que mais e mais saboroso de se ver
Aguça cada vez mais meu paladar

E quando uma gotinha de óleo cai
Como uma novidade que entra no ar
Eu paro tudo, eu paro de pensar
Só pra ficar te olhando, televisão

Porque o que está lá dentro
É tudo o que eu quero ter
Porque o que está lá dentro
É tudo o que não posso ser

Eu perco horas babando sem saber
Que se o galo morreu não foi por mim
E quando outros cãezinhos vem me imitar
São telespectadores no mesmo canal
Mas meu cachorro nada vê na tv
E é aí que eu vejo o burro que o bicho é
A tela plana não deixa ele perceber
A propaganda bacana de frango

Tempestade

Chegou a tempestade devastando o lugar
E quem viu desesperou-se e começou a chorar
O frio, queimando as plantas, castigando animais
A fome era o que mais assolava
Matando bons e maus em uma só tacada
O sol retoma logo a dianteira
Mandando avisar que o céu é dele e que tudo vai mudar
Tudo vai mudar
E já não existia mais tristeza no ar
Assim que o sol nasceu e começou a brilhar
A luz tranquilizou toda a população
A chuva já não nos preocupava
Havia novo gá s pra crowd da parada
É o sol quem toma conta do planeta
E manda avisar que o seu povo não precisa mais chorar
Não precisa mais chorar

Um dia, um ladrão

Um dia não vai dar pra voltar atrás
Se tenho a vida em minhas mãos
Não quero pensar que devo deixar pra lá
O que eu não quero deixar
Um dia esse tempo vai ficar pra trás
E o que vai ser desse rapaz?
Um carro corre pra chegar logo a um lugar
É lá que eu quero estar
Você não vai, não vou também
Se vai ficar, estou aqui
Não vou deixar escapar
Não vou deixar você me escapar
Se o acaso decidir, não vai ficar assim
E o que vai ser dessa vez?
Por mim, motivos pra roubar
Matar, mentir, trair a estúpida lei
Temos no bolso e coração
Você vai não... estou aqui...
Não vou deixar escapar
Não vou deixar você me escapar
Um dia só me bastaria pra fugir
Pra anos-luz daqui
Mas tenho o sangue vulgar
Volto a ficar
Perto demais pra enxergar

Um ponto oito

Dentro do meu carro
A estabilidade
Me faz acreditar
Que está tudo bem
Tudo em seu lugar
E logo me esqueço
Tudo tem seu preço
Aumento a velocidade
E atravesso a cidade
Sem pensar
Sem pensar
Sem pensar

Sem pensar
Em mais ninguém
A não ser em quem gosta de mim
E esqueci numa curva que fiz
Tão veloz que o amor
Não morreu por um triz
Não morreu por um triz

Mas naquela estrada
Naquela madrugada
Acho que matei alguém
E no mesmo instante
Morri um pouco também
Fui até ao rapaz
Que ainda vivia
E vendo ele morrer
Sem saber o que fazer
Segurei sua mão fria
Vi que era pobre
Moço sem instrução
Fedia a pinga barata
Uma aliança no dedo
Talvez fosse um ladrão
Ajoelhei-me ao seu lado
Me disse o atropelado:
Fiquei com a pior parte
De tudo o que é chamado
Civilização
Devolva este anel
Pra dona daquele bordel
Foi lá que eu roubei
Diga pro dono do bar
Que minha conta encerrei
Silenciou de repente
Gemeu como um cão
E sobre o asfalto quente
Seu sangue escorreu suavemente
Todo pelo chão
Olhei a cidade
Olhei pro meu carro
Voltei a correr
Pensei em fugir
Quis não mais viver
Quis não mais viver

Com mais ninguém
A não ser com quem gosta de mim
E esqueci numa curva que fiz
Tão veloz que o amor
Não morreu por um triz
Não morreu por um triz

Olhei a cidade
Olhei pro meu carro
Voltei a correr
Pensei em fugir
Quis não mais viver
Quis não mais viver
Quis não mais viver

Vivo num morro

Vivo, vivo num morro
Que quanto mais de longe
Mais bonito é de se ver
Não há quem resista ao meu morro
Dentro da luz azul
Que sai da tv
Morro que é assim
Cheio de não sei o quê
De tantas almas em dor
Pra sentir teu cheiro e teu sabor
Morrendo pra sobreviver
Penando pelas quatro dimensões
Pra lá e pra cá, é difícil chegar
Pra cá e pra lá, como vou começar
E o tempo passa quando quer passar
E morro sempre no mesmo lugar
Morro, vivo num morro
Que quanto mais de perto
Mais difícil é de se entender