Após algum tempo passado e muito trabalho surge a máquina a vapor propriamente dita, ou seja: o motor a vapor.
É uma máquina do tipo alternativo com 1 cilindro de duplo efeito, com válvula de gaveta e distribuição plana. Este tipo de distribuição é vantajoso para os motores miniatura "modelos" porque o vapor ao entrar na caixa de distribuição comprime a válvula contra a sua superfície de vedação facilitando assim a vedação.
( Este tipo de válvula inventado no início do século passado, foi muito mais tarde copiado pela aviação militar e civil, e outras máquinas, para ser usado nos macacos hidráulicos e nas unidades de potência que fazem mover os lemes de comando dos aviões, embora com formatos diferentes e muito mais miniatura.)
Este motor tem uma cambota contrabalançada podendo assim chegar facilmente ás 500 rotações por minuto o que é razoável para uma máquina alternativa de curso longo.
Utiliza uma cruzeta e dois paralelos como ponto de junção entre a biela e haste do êmbolo para proteger o vedante da própria haste, a haste e o êmbolo.
Foi construída em bronze fosforoso: o cilindro e as chumaceiras de apoio, aço inoxidável: a biela e a haste, aço macio: a cambota e em ferro fundido os volantes. Para o chassi de apoio foi utilizado alumínio macio.
Não foi ainda feita a medição da sua potência por impossibilidade material de o fazer, mal calculo que seja capaz de rebocar 2 pessoas adultas em terreno plano quando tudo estiver pronto com as rodas e carro de apoio a passageiros.
A utilização poderá ser fazer trabalhar um gerador eléctrico, como mostra a fotografia supra, ou puxar uma máquina debulhadora de cereais que era a principal utilização destas máquinas nos primeiros 50 anos do século passado.
Do outro lado da cambota levará as engrenagens que por meio de alavancas serão engrenadas e desengrenadas das rodas motrizes.
Actualizado em 18/10/2002 05/04/2003
Sebastião