Rali Casino da Póvoa
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No Rali Casino da Póvoa
TOYOTA YARIS ESTREIA-SE EM PISOS DE TERRA
Na prova de abertura do Campeonato Nacional de Ralis de 2001, a dupla Vitor Calisto/António Cirne vai estrear o pequeno Toyota Yaris 1.3 em pisos de terra. “Há uma grande expectativa da nossa parte,” afirma o piloto. “Nunca ninguém andou com o Yaris em terra. Somos os pioneiros e não sabemos como é que se porta o carro naquelas condições. Vai ser uma grande novidade.”
O Toyota Yaris 1.3, preparado em Grupo A com 120 cv e inscrito pela Calisto Corse Equipe, é idêntico ao que foi utilizado no ano passado no Troféu Toyota. A introdução de uma suspensão preparada para pisos de terra está a gerar uma grande ansiedade na equipa e também na própria Toyota.
Para a Calisto Corse Equipe adivinha-se um rali bastante complicado porque as condições meteorológicas que têm afectado o nosso país em geral e a região Norte em particular deixaram o piso em condições bastante precárias. “Em termos de rali, a verdade desportiva não vai vigorar. Vai ser um problema porque não vamos andar em terra, mas, sim, em lama,” refere Victor Calisto. “E não vamos ficar a saber qual é o verdadeiro potencial do Yaris fora do alcatrão.”
Para Vitor Calisto o Rali Casino da Póvoa vai ser igualmente marcante, uma vez que vai cumprir a sua 150ª participação em provas de automobilismo. Estreou-se em 1977, num Fiat 128 de Grupo 1, e nos seus 24 anos de competição já obteve um palmarés interessante para um piloto privado: quinto melhor português no Rali de Portugal de 1991 e o 11º no Troféu Citroen desse ano; um oitavo lugar nesse mesmo troféu em 1992; um segundo lugar no Troféu Citroen de 1993 e o terceiro lugar no Campeonato Nacional do Agrupamento de Turismo viaturas até 2000 cc; quinto lugar no Campeonato Nacional de Agrupamento de Turismo de 1994 e vice-campeão no Agrupamento de Turismo até 2000 cc; terceiro lugar no Campeonato Nacional de Turismo Viaturas até 2000 cc de 1995.
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Estreia promissora
PRIMEIRO TESTE DO YARIS EM PISOS DE TERRA
A dupla Vitor Calisto/António Cirne, em Toyota Yaris 1.3, discutiu a liderança na Classe 5 no Rali Casino da Póvoa, prova de abertura do Nacional de 2001. O pequeno carro japonês, que se estreava em pisos de terra, evidenciou um comportamento que surpreendeu agradavelmente a Calisto Corse Equipe. “O Yaris revelou-se muito fácil de guiar, o que nos permitiu lutar pela vitória na classe com um carro (Ford Ka) que tem mais de 20 cv do que o nosso,” afirma o piloto de Odivelas.
A estreia começou por ser auspiciosa até que a partir da metade do terceiro troço da segunda secção, a mais longa do rali com uma extensão de 30 quilómetros, a equipa começou a sentir problemas de suspensão. Na segunda passagem pela mesma classificativa, na terceira secção, o problema agravou-se, o que levou ao abandono do Yaris 1.3 da Calisto Corse Equipe, a dois quilómetros do final dessa prova especial de classificação. “A parte que segura a manga de eixo ao triângulo da suspensão cedeu,” explica Vitor Calisto. “A roda saiu do sítio e tivemos uma ligeira saída de estrada. A desistência foi inevitável.”
A equipa acredita que o carro poderá evoluir bastante no futuro. “As soluções encontradas até agora são viáveis, mas o Yaris sofre ainda de problemas de juventude porque foi preparado inicialmente para a Velocidade,” refere Vitor Calisto. “Enquanto tivemos suspensão, o comportamento foi bastante bom, mas penso que estamos no caminho certo. Com o apoio por parte da Toyota, nomeadamente do engenheiro Monteiro da Silva, o carro poderá tornar-se mais competitivo nas provas daqui para a frente.”
Em termos de evolução, Vitor Calisto considera que o Yaris pode ser melhorado ao nível das suspensões, nomeadamente em durabilidade e eficácia para ralis de terra. Estabelecido esse compromisso, o passo seguinte será lutar pelo triunfo na respectiva classe, o que poderá acontecer já na próxima prova, o TAP/Rali de Portugal, que se realiza de 8 a 11 de Março.