Leandro Augusto

 

O texto abaixo é de um cara sonhador como eu, se não fossemos amigos seriamos irmãos mas quem disse que pra ser irmão precisa ser de sangue, por isso esse texto é de um irmão meu e acima de tudo um cara que me ajuda muito nas horas mais difíceis . . .

 

O valor de um grande amor

 

Em meio a este mundo cada vez mais provocador de solidões, estou eu, perdido em meio a pessoas egoístas que não sabem o poder que tem em mãos e machucam corações de que nem sequer fazem parte.

Confundem sentimentos com objetos aos quais valorizam seu Ego. Mal sabem que afundam suas emoções no mais profundo oceano da solidão. E quando fecho os olhos e paro para pensar, me imagino em um ambiente ao qual não faço parte, como em um barco no meio do mar, onde olho para todos os lados e não vejo nada além de água, e me sinto cada vez mais inútil porque as palavra que saem de minha boca não tem valor nenhum. Experimento então o aço que é viver uma vida e desejar outra.

A amarga realidade contraria meus sonhos e despeja meus desejos para mais longe, minha vida fica mais só...

O mais difícil é romper a travessia do mundo, ter coragem para recomeçar, romper com as histórias que me tiraram quase tudo.

É triste ver que uma grande maioria tende a uma resignação incorporada a desastrosos desânimos. Sabe que onde está acontece a vida, mais permanece ali como um cão fiel a beira da sepultura do dono que já não mais existe.

Não adianta fugir da vida, é preciso barrar o volume de frustrações e lutar para que cada vez mais pessoas saibam que existe o amor, porque de nada vale "estarmos vivos sem viver".

Sei que é difícil juntar os pedaços, ainda mais na atual conjectura mundial, porém, nada mais enobrecedor do que o valor de um grande amor.

 

Leandro Augusto Sylvestre da Silva -18.11.1998

 

Pedro Cardoso

 

Cruéis momentos

Os olhos que vi, já não eram os olhos, que antes via.
Agora, sem o brilho de outras eras, olhavam perdidos no tempo
Sem se preocuparem com as lágrimas, já sem brilho, que ora corriam
Na mais terna agonia, de mais um dia, cruel e sonolento.

De pé, e ao pé da cama, eu permanecia calado, surdo,
Sem palavras para dizer e sem forças que pudessem acalentar
O Gigante, que, quase adormecido, olhava-me mudo.
Me vi como um fantasma refugiado naquele quarto a chorar.

Chorei lágrimas invisíveis, indecifráveis para mim.
Naquele momento, vi meus sentimentos destroçados
Apinhados como monte de ossos, desossados.      

Saí dali, como quem tudo perde
Como alguém que tudo teve, e agora, pede.
Ó meu Pai! Não o deixe sofrer assim.

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