A LEI DA RECIPROCIDADE
Adaptado de: "Respostas a Perguntas" de Abdruschin
A Lei da Reciprocidade perpassa tudo. Não se estende apenas sobre o pensar e o atuar consciente e desejado dos seres humanos, ou sobre sua atuação nas diversas profissões, mas sim, também, sobre todos os acontecimentos considerados como naturais, que se realizam até certo ponto automaticamente.
A Lei da Reciprocidade, uma grande lei da Criação, diz: que somente no dar é que também pode residir o verdadeiro receber.
Consideremos, por exemplo, a respiração! Só quem expira corretamente, pode executar e executará automaticamente a inalação sadia e perfeita, sim, através da expiração correta é levado e obrigado a essa inalação. Isso proporciona ao corpo saúde e força.
Com a expiração o ser humano dá! Ele dá algo que representa uma utilidade para a Criação: mencionamos aqui apenas o carbono, necessário à alimentação das plantas. Reciprocamente, ou conseqüentemente, pode aquele ser humano, que cuida bem da expiração, inalar profundamente e com satisfação, pelo que lhe aflui grande força, completamente diferente da respiração superficial.
Em sentido contrário isso não se dá. O ser humano pode inalar profundamente e com prazer, sem por isso ser automaticamente obrigado a expirar também profundamente, pois a maioria dos seres humanos executa justamente a expiração de forma superficial.
Eles procuram, sim, tomar com prazer, mas não se lembram de que também devem dar algo. E da falta desse dar acertado, isto é, da completa expiração, conclui-se muitas coisas: primeiro, que o ser humano, por esse motivo, nunca pode chegar a um verdadeiro prazer na inalação, e, segundo, que não será expelido ou removido tudo aquilo que é nocivo ou inaproveitável para o corpo, tendo de sobrecarregá-lo ou impedir a sua vibração sadia, pelo que, com o tempo, podem surgir muitos males. Um observador atento reconhecerá também nisso a lei que atua imperceptivelmente.
A percepção desse fenômeno é a absorção do prana que se faz da seguinte maneira:
Mede-se a aura antes e depois do exercício pode-se utilizar a vidência ou instrumentos como o aurímetro ou o pêndulo.
expulse todo o ar dos pulmões;
prenda a respiração por quatro tempos.
inspire lenta e profundamente, imagine uma energia entrando pelo chakra básico, subindo pela coluna até sair pelo chakra coronário;
prenda a respiração por quatro tempos.
expire lentamente, imagine a energia entrando pelo chakra coronário e descendo pelo frontal, laríngeo, cardíaco, esplênico, umbilical e saindo pelo chakra básico.
repita esse processo por cinco a sete vezes.
O resultado esperado é um aumento considerável do tamanho da aura, resultante da absorção prânica. Essa energia será absorvida pelos corpos espirituais e paulatinamente passando deles, para o corpo físico. Uma aplicação prática desse processo de absorção energética é na seqüência, dirigir essas energias para algum local dolorido, imaginando que as energias entrando durante a expiração se dirigem para lá. Outras aplicações são o uso dessa energia no passe magnético e energização e se imaginarmos cores, também estaremos trabalhando com a cromoterapia mental.
Não é diferente com as coisas mais grosseiras do corpo. A ingestão prazerosa dos alimentos só pode ser alcançada mediante a digestão, isto é, transformação e transmissão posterior para a nutrição da terra e das plantas. Disso depende incondicionalmente.
Assim como se manifesta nos acontecimentos corporais, igualmente se processa nas coisas espirituais. Se um espírito deseja colher, isto é, receber, então deve transformar e retransmitir o recebido. A transformação ou formação, antes da retransmissão, robustece e tempera o espírito, que, nesse fortalecimento, torna-se capaz de absorver cada vez mais coisas valiosas, após haver criado espaço para isso pela transmissão, seja por palavras ou por escrito ou outra ação.
Unicamente após a propagação lhe advém alívio; do contrário oprimi-lo-ia, incomodá-lo-ia permanentemente ou o inquietaria, podendo finalmente até deprimi-lo completamente. Somente dando, isto é, retransmitindo, poderá ele receber renovadamente.
Nesse ensinamento, poderia ser considerado como o papel do instrutor que estuda um assunto, e o transmite aos seus alunos, dessa forma torna-se apto a receber novos conhecimentos.
Apenas menciono essas coisas facilmente observáveis e compreensíveis, para com isso dar uma idéia da grandiosa e sempre atuante lei. Todos os fenômenos na Criação estão sujeitos a essa lei. Os efeitos naturalmente sempre se apresentam de maneira diferente, de acordo com a planície e espécie correspondente.
Essa lei também pode ser interpretada diferentemente, elucidada de outra maneira, dizendo-se: quem recebe tem de retransmitir, do contrário surgem congestões e perturbações que são nocivas, podendo tornar-se destrutivas, porque opõem-se à lei automaticamente atuante da Criação. E não existe criatura que não receba.