Francisco Braga

VIDA
Nasceu no Rio de Janeiro em 15 de abril de 1868. Alí faleceu em 14 de março de
1945.
Em 1890 participou do concurso oficial para a escolha do Hino da
República. Não venceu. Mas, como sua composição obteve grande sucesso junto ao
público, recebeu do júri uma bolsa com duração de dois anos para completar e
aperfeiçoar seus estudos musicais na Europa.
Foi, então, para Paris, onde estudou até 1896, quando fixou
residência em Dresden, Alemanha.
Em Bayreuth assistiu à apresentação de Parsifal, de Wagner,
que o impressionou muito. Influenciado pelas cenas líricas do compositor alemão, decidiu
compor uma obra de maiores proporções, utilizando recursos cênicos, vocais e
orquestrais. Com base na novela de Bernardo Guimarães, compôs Jupira, ópera em
um ato, que dirigiu pela primeira vez no Teatro Lírico do Rio de Janeiro em 1900, ano da
sua volta ao Brasil.
Tornou-se professor do Instituto Nacional de Música, no Rio. A pedido
do prefeito, compôs, em 1905, o Hino à Bandeira, com versos de Olavo Bilac. Aos
poucos, o hino ultrapassou as fronteiras da, então, Capital Federal e ganhou popularidade
em todo o país.
Suas composições primavam pelo bom acabamento e leveza de técnica,
sem complexidade aparente, marca de sua formação francesa. As inúmeras composições de
marchas e hinos lhe valeram o apelido de "Chico dos Hinos".
Em 1908 compôs, a partir de temas nacionais, a música de cena para o
drama de Afonso Arinos, O Contratador de Diamantes.
De 1909 a 1931 foi professor e instrutor de Bandas de Música do Corpo
de Marinheiros.
Participou, em 1912, da fundação da Sociedade de Concertos
Sinfônicos, da qual se tornou diretor e regente, permanecendo à frente da orquestra por
vinte anos.
Em 1931 dirigiu o concerto inaugural do Teatro Municipal do Rio de
Janeiro com o poema sinfônico Insônia.
OBRA
Missa de S. Francisco Xavier;
Missa de S. Sebastião;
Te Deum;
Stabat Mater;
Trezena de S. Francisco de Paula;
A Paz,
poema com coro;
Oração pela Pátria, poema com
coro;
Trio, para piano, violino e
violoncelo;
Dois Quintetos;
Quarteto para instrumentos de
sopro;
Virgens Mortas, canção com
letra de Olavo Bilac;
Trovador do Sertão, para canto e orquestra; 
Brasil (1898), marcha;
Paysage (1895);
Cauchemar (1896);
Marabá, poema sinfônico, sua
primeira obra com temas nacionais;
Episódio Sinfônico;
Jupira, ópera;
Hino à Bandeira (1905);
Canto de Outono (1908), para
orquestra de arcos;
O Contratador de Diamantes (1908);
Insônia, poema sinfônico.