![]() | |
Fausto
Fausto Bordalo Dias nasceu em 26 de Novembro de 1948, em pleno oceano Atlântico, a bordo de um navio chamado «Pátria» que viajava de Portugal para Angola. Foi nesta antiga colónia portuguesa que passou a infância e adolescência e começou a interessar-se por música. Filho de beirões, assimilou os ritmos africanos a que juntaria, mais tarde, os das suas origens lusas.
O primeiro grupo de que fez parte chamava-se Os Rebeldes e cultivava, naturalmente, a música pop da altura. Em 1968, com 20 anos, fixou-se em Lisboa para iniciar os estudos universitários: é licenciado em Ciências Sócio-Políticas e frequentou um mestrado de Relações Internacionais. Foi no âmbito do movimento associativo que se revelou como cantor, aproximando-se rapidamente do movimento que já integrava então nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire ou Vieira da Silva – juntamente com José Mário Branco ou Luís Cília, que viviam no exílio – e que teve um importante papel político e cultural na resistência aos últimos anos do fascismo e no processo revolucionário iniciado com o 25 de Abril de 1974.
É impossível dissociar o seu nome de discos tão fundamentais da música portuguesa contemporânea como «Por Este Rio Acima», «O Despertar dos Alquimistas», «Para Além das Cordilheiras», «A Preto e Branco» ou «Crónicas da Terra Ardente». Com Fausto, é toda uma viagem pelo universo dos sons, da memória colectiva, do sentir mais profundo que nos une enquanto comunidade(s).
Com 12 discos gravados desde 1970 - dez de originais, uma colectânea regravada e um disco ao vivo - Fausto é presentemente um dos mais importantes nomes da música em geral e da música popular portuguesa em particular. E é, sobretudo, um inquestionável grande poeta da música.
(Excerto de um texto de Viriato Teles)
Discografia
"Fausto" (1970) "A preto e branco" "Para além das Cordilheiras" "Histórias de Viageiros" "A Madrugada dos Trapeiros" "Beco com saída" "P'ró que der e vier" (1974) "Por este rio acima" (1982)
- É o mar que nos chama
- O barco vai de saída
- Porque não me vês
- A guerra é a guerra
- De um miserável naufrágio que passámos
- Como um sonho acordado
- A ilha
- A voar por cima das águas
- Olha o fado
- Por este rio acima
- O cortejo dos penitentes
- O romance de Diogo Soares
- Navegar, navegar
- O que a vida me deu
- Lembra-me um sonho lindo
- Quando às vezes ponho diante dos olhos
"O Despertar dos Alquimistas" (1985) "Crónicas da Terra Ardente" "O melhor de Fausto" (colectánea) (1994) "Atrás dos Tempos vêm Tempos" (1996) "A Ópera Mágica do Cantor Maldito" (2003).
Letra de Se tu fores ver o mar (Rosalinda)
Página Principal