ARIBIRI
Aribiri é um termo indígena que significa o mesmo que Arabiri, Areberi, ou seja, diminutivo de Árabe, barata pequena, baratinha ou barata d´água. Baratinhas que são encontradas nas pedras que ficam próximas ao mar. O rio Arabiri, depois conhecido como Aribiri deu origem ao nome do bairro.
A região já foi um quilombo de escravos e em 1910 foi transformado em povoado, tendo conhecido o progresso a partir da instalação do bonde em 1912, com a inauguração de uma linha de trem que ligava o centro de Vila Velha até o bairro de Paul, sendo a mais rápida via de acesso para quem queria chegar a Vitória. Duas linhas de bonde foram criadas. Uma denominada Paul/Aribiri e outra Vila Velha/Aribiri. Os bondes estimularam a criação de lanchas que ligavam Paul a Vitória pelo canal da baía de Vitória. As lanchas concorriam com os botes dos catraeiros que faziam a travessia da baía.
Entre 1960 a 1970 é construída a Avenida Jerônimo Monteiro que depois de asfaltada passou a ser o elo de ligação mais rápido que o bonde, com o surgimento dos ônibus, fazendo com que os bondes deixassem de circular por volta de 1975/1976.
As viagens de bonde eram consideradas maravilhosas já que os vagões eram abertos e possibilitavam apreciar a paisagem, os manguezais e as áreas em pleno crescimento com construções de ambos os lados da linha férrea.
As famílias mais tradicionais do bairro eram os Vereza e os Lourenço Rodrigues. O Deputado Cláudio Vereza nasceu no bairro. José Rodrigues de Carvalho foi vereador e presidente da Câmara Municipal e residiu e criou seus filhos no bairro, junto com sua esposa, a enfermeira e parteira Cecília Lourenço Rodrigues. O escritor, poeta e trovador, Clério José Borges, Presidente e fundador do Clube dos Trovadores Capixabas, CTC, nasceu também em Aribiri.
O Deputado Cláudio Vereza publicou uma Cartinha com a história de Aribiri onde está registrado que as primeiras ruas foram abertas em 1935 e que em 1952 foi instalada a Fábrica de Biscoitos Alcobaça, de propriedade de Ramiro Leal Reis. Consta ainda que em 1973 foi promovida a inauguração do primeiro Orelhão, Posto Médico e a praça Alfredo Aragão.
No bairro o Campo do Santos Futebol Clube era a opção de lazer da garotada aos sábados e domingos. Partidas do Campeonato Capixaba eram disputadas no Campo do Santos, um time cuja sede era em Paul mas o campo em Aribiri. César Rizzo, Francisco de Oliveira Neto, o Cartola eram alguns radialistas que vinham transmitir as partidas de futebol pelas Rádios Espírito Santo e Vitória. Os times do Rio Branco; Vitória e Santo Antônio jogavam no Campo do Santos em Aribiri. Um dos primeiros jogos da Associação Atlética Desportiva Ferroviária da Vale do Rio Doce, hoje Desportiva Capixaba, foi realizado no Campo dos Santos em Aribiri. A Desportiva foi criada em 17 de junho de 1963 a partir da união de vários times de funcionários da Companhia Vale do Rio Doce que existiam na ocasião.
O time do bairro era o América, cuja sede era na residência de uma família tradicional do bairro na Rua São Luiz.
A rivalidade dos jovens de Aribiri com os jovens do bairro do IBES, Instituto Bem Estar Social, era característico de uma época em que cada grupo de jovens procurava disputar o seu próprio espaço.
Aribiri do mangue que um dia inventaram de fazer uma praia, colocando areia branca numa área por detrás do Morro dos Vereza e em frente a ilha de Vitória.
Aribiri das “poncas” (caronas) no bonde. Do “Cabeção” que como cobrador que não deixava ninguém dar “colote” (viajar sem pagar) a passagem. Aribiri da “Convertidora”, como era conhecida a Oficina de conserto de bondes que havia na parte detrás da Estação. Aribiri dos piques-salva. Das fritadas de bundinha de Tamajura. Aribiri de dona Lyra; do Lico; do Ronaldo; Das quadrilhas das festas juninas no quintal da Casa do pai de Cláudio Vereza; Aribiri dos Campeonato de Jogos de Botão; Aribiri do Bebeto e de Luizinho; Aribiri do Borlote e de tantos outros que hoje se orgulham daquele pedacinho de chão tão belo e precioso.
(TEXTO DE CLÉRIO JOSÉ BORGES.
NASCIDO EM ARIBIRI)
O lançamento da pedra fundamental de inauguração do bairro oficializou o início dos serviços básicos para as construções dos prédios residenciais do bairro Boa Vista II, em Vila Velha, no final de 1977. A festa foi comandada pelo apresentador de Televisão da Rede Globo, já falecido, Chacrinha, o “Velho Guerreiro”. A Companhia Habitacional do Espírito Santo começou então a construção de 36 prédios de Boa Vista II, idealizados para servir de moradia para os trabalhadores de baixa renda. A aprovação do Conjunto no Banco Nacional de Habitação foi em fevereiro de 1979. No ano seguinte começaram as obras. Antes no local existia um campo de pastagem particular, conhecido como “Fazendinha”.
Os apartamentos começaram a ser entregues em 1983. Um dos primeiros moradores do local foi o Sr. Sirett Lyrio que informou que os compradores dos apartamentos se comprometeram a pagar o imóvel em 300 parcelas.
No local está a Escola Municipal Fundamental (de 1º Grau), Mikeil Chequer, que foi Deputado Estadual. A Escola da rede estadual recebe o nome do poeta e Trovador Geraldo Costa Alves. Também no bairro a sede da UVV – Centro Universitário de Vila Velha.
O nome da praça do bairro é uma homenagem ao Deputado Argilano Dario e o bairro está incluído na Região Administrativa I, conhecida como Grande Centro e Grande Coqueiral. Cerca de 500 apartamentos foram construídos no bairro que está situado entre os bairros de Boa Vista I, Vista da Penha e Coqueiral de Itaparica. A via de acesso para o bairro é a avenida Luciano das Neves para quem vem da Terceira Ponte. Pelos bairros próximos à Glória, o caminho mais perto é a Avenida Ministro Salgado Filho.
O bairro de São Torquato está situado entre Cobi, Alvorada, Sagrada Família e Ilha do Príncipe, em Vitória. O bairro possui 29 ruas e a população da região em Abril de 2001 era estimada em 10 mil habitantes. Uma das primeiras moradoras do bairro é a Sra. Rizely Vieira Cegatto que chegou a região em 1945 e informa que o local era um Manguezal, que foi pouco a pouco sendo aterrado. Os taboais existentes forneciam matéria-prima aos primeiros moradores para a confecção de esteiras.
No bairro existe a Escola de Samba Independestes de São Torquato que já brilhou e marcou história no Carnaval Capixaba. A Escola surgiu através do Bloco das Caveiras, grupo que começou a desfilar em 1952. Em 1974 surgiu oficialmente a denominação Grêmio Recreativo e Escola de Samba Independente de São Torquato. Na representação do primeiro enredo, veio o primeiro título de Campeã, sendo o tema de estréia, Pedro Nolasco, fundador da Estrada de Ferro Vitória-Minas.
A praça de Esportes local recebe o nome de Oswaldo Rui que foi vereador e faleceu quando estava em pleno mandato no Legislativo de Vila Velha.
O comércio de Auto Peças é uma das atividades econômicas mais tradicionais de São Torquato, sendo que o maior número de lojas fica na pracinha do bairro.
Na pracinha do bairro existe um espaço destinado aos Poetas Trovadores Brasileiros sendo denominado de Praça dos Trovadores, lei votada e aprovada pela Câmara Municipal de Vila Velha.
A prainha de Vila Velha, localizada entre o Batalhão Tibúrcio, antigo 38º Batalhão de Infantaria e a Escola de Aprendizes de Marinheiros é a região onde a maioria dos historiadores considera como o local onde teria aportado o Donatário da Capitania, Vasco Fernandes Coutinho quando veio tomar posse da sua Capitania em 23 de maio de 1535. Antigamente não havia no local um ancoradouro de barcos e depois um aterro fizeram com que a Prainha tivesse uma praia entre 1966 a 1970, quando posteriormente foi construído um local onde aportavam as embarcações do Sistema Aquaviário.
No governo Max Mauro a Prainha ganhou uma imensa área de lazer baseado num projeto doado ao Governo do estado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Hoje existe um movimento que luta pela restauração dos patrimônios históricos da região e a transformação do local num grande complexo turístico. Há previsão da construção de uma marina para 500 embarcações de porte médio. Atualmente a Colônia de Pescadores da Prainha possui 500 integrantes com 70 barcos. A Colônia exporta 60 toneladas de pescado, por mês, para os Estados Unidos e Canadá. Na prainha encontram-se os Pontos Turísticos do estado como a Gruta de Frei Pedro Palácios e a antiga subida para o Convento da Penha, a subida para o Forte São Francisco Xavier, a Igreja do Rosário e o Museu Homero Massena (Casa de Memória de Vila Velha).
JARDIM SÃO PAULO
No bairro Jardim São Paulo, em Vila Velha está localizada a União dos cegos Dom Pedro II (Unicep), escola de deficientes visuais, a maior entidade de atendimento aos deficientes visuais do Estado e a quinta maior do país. Também se situa no bairro a Escola Thiago Whait e uma loja maçônica.
O bairro possui um comércio modesto, com padaria, lojas de materiais de construção, restaurantes e salões de beleza.
O bairro fica próximo a Novo México e possui aproximadamente 87 mil metros quadrados. A criação do bairro data de 1987, quando a Prefeitura Municipal de Vila Velha promoveu o desmembramento da área em quadras e o seu povoamento, dando início ao processo de criação de Jardim São Paulo.
Em 1989 foi fundado o Movimento Comunitário. Aos poucos a região foi contando com os serviços de fornecimento de energia elétrica, rede de água e escoamento de esgoto. As ruas Unicep (da União dos cegos) e Rosa são as principais do bairro.
O bairro limita-se pelos bairros de Vila Nova, Jardim Colorado, Novo México e Jardim Asteca. Antes da fundação o local era um grande areal que integrava o bairro Novo México. O bairro conta com cerca de 2 mil habitantes.
Um dos bairros mais antigos de Vila Velha é Cobi. No ponto mais alto, no Morro fica Cobi de cima e na área baixa, Cobi de baixo. A Rodovia Carlos Lindenberg separa o bairro nas partes de cima e de baixo. No início as duas partes eram uma só. A separação oficial ocorreu por volta de 1981, quando foram fundadas em cada bairro uma representação comunitária. A população de Cobi de baixo é de aproximadamente 25 mil habitantes.
O bairro limita-se com São Torquato, Cobi de cima, Nova América e Vasco da Gama, este último em Cariacica.
O bairro surgiu de uma ocupação de terras do Governo do Estado. Segundo consta o bairro possui mais de 100 anos quando não havia a separação entre Cobi de baixo e de cima. As terras ocupadas, antes do Governo desapropriar para a construção da Rodovia Carlos Lindenberg, pertenciam a Marciano Ferreira e à família Caus, de origem alemã.
O rio Marinho faz parte da história do bairro e os antigos moradores dizem que o rio tinha porto de areia para a canoa ancorar e muita água boa de beber.
O nome Cobi surgiu de uma árvore centenária com flores amarelas que ficava no alto do Morro da região.
O bairro possui um celeiro de poetas. A Sra. Maria Cipriano Celestino, dona Cici, que em maio de 2001 tinha 71 anos, registrou vários acontecimentos do bairro em poesia. O poeta trovador Alair Silva pertence ao Clube dos Trovadores Capixabas, CTC.
O bairro de Santa Rita é um dos mais antigos de Vila Velha. Segundo Nelson Diogo da Silva, um dos primeiros moradores do bairro, antigamente o local se chamava Coteca. Nelson chegou na região em 1935.
O bairro surge de uma invasão de uma área de mangue, que a cada povoamento era aterrada. Situa-se entre os bairros de Ataíde, Ilha da Conceição, Primeiro Dia e Zumbi dos Palmares. O bairro pertence à Região Administrativa 3 da Prefeitura de Vila Velha. O acesso a Santa Rita pode ser feito pela Rodovia Carlos Lindenberg e a estrada de Capuaba. O rio Aribiri divide os bairros de Santa Rita dos bairro de Primeiro de Maio e Alecrim.
Na época do povoamento do bairro, as casas de madeira ficavam em cima da água do mangue, as palafitas. Em 1992 e 1993 foram realizadas várias obras na região em Mutirão, com a parceria do Governo do estado, Prefeitura de Vila Velha, Caixa Econômica Federal, Companhia Habitacional do Espírito Santo, Cohab e Movimento de Amparo ao Desempregado do Espírito Santo, Mades. As áreas vizinhas de Ilha das Flores, Ilha da Conceição, Ataíde e Alecrim também foram beneficiadas pelo projeto.
No local em Junho de 2001 funcionava a Rádio Poste CDE, de Hermes Vieira da Costa, prestando serviços de utilidade pública e divulgando os eventos do bairro.
O bairro Jockey de Itaparica foi criado oficialmente através da Lei Municipal Nº 3.452/98. Os limites são a Avenida Itapetininga, o canal de Guaranhuns e as Rodovias do Sol e Darly Santos. O bairro fica situado entre Araçás, Guaranhuns, Parque das Gaivotas e Itaparica.
O principal ponto de encontro do bairro é o Bar do Tuca, que virou ponto de referência devido a qualidade do atendimento do proprietário Francisco Pereira da Silva. A linguicinha frita e os caldos de mocotó são indispensáveis. A festa de São João já é tradicional no bairro, sempre em junho.
O bairro de Santa Paula surgiu do loteamento de áreas onde predominavam os matagais. A divisão e comercialização dos terrenos foram promovidas no ano de 1978 pela Imobiliária Santa Paula, que batizou o local com o próprio nome da empresa. Bem antes da ocupação dos loteamentos, algumas pessoas moravam na região, onde inclusive existia a Fazenda Portuguesa, propriedade vizinha ao bairro.
O bairro situa-se entre Santa Paula II, Itapuera e Barra do Jucu e o bairro faz parte da Região Administrativa da Grande Barra do Jucu. A entrada que dá acesso à área está situada logo após o posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) da Rodovia do Sol.
Alguns moradores realizam caminhadas até a Barra do Jucu, balneário que fica nas proximidades.
No local reside uma dos melhores poetas do Estado, Zedânove Tavares Sucupira, filho do velho Andrade Sucupira e irmão de Toninho, Andrade Sucupira Filho e Linda Sucupira.
Segundo consta, embora o loteamento do bairro tenha sido promovido em 1978, o crescimento populacional de Santa Paula somente se acelerou com a valorização dos imóveis da região com a duplicação da nova Rodovia do Sol e implantação de grandes empreendimentos na Grande Barra do Jucu.
A Imobiliária registra o local como Santa Paula Um, já que próximo existe os novos lotes de uma área denominada de Santa Paula Dois.