KOMODOR
De aparência exótica, a raça causa sensação logo à primeira vista. Ele surgiu
na Ásia Central e de lá foi levado à Hungria por uma tribo de pastores, os
magiares, há mais de mil anos.
Afinal, por ser corajoso, leal e muito alerta, o Komondor servia aos propósitos
daquele povo - era um excelente guardião de rebanhos, especialmente o de ovelhas.
Acredita-se que seja descendente do cão do Tibet.
Apesar de ser um cão antigo, seu padrão oficial só foi redigido em 1920, pois
os velhos pastores e pecuaristas não tinham como preocupação o aprimoramento
da raça.
BOA
ADAPTAÇÃO ao Komondor não se pode impor limites geográficos. Sua rusticidade
o capacita a viver em qualquer local. O pêlo encordoado, seu grande atrativo,
o protege das intempéries, como também das investidas dos predadores. Acontece
que sua pelagem cheia de trancinhas funciona como um regulador térmico e ainda
é repelente à água, impedindo que penetre facilmente no corpo do Komondor.
Existem dois tipos de tranças na raça: uma mais espessa e outra fina.
Entretanto, ambas só estão totalmente formadas quando o cão atinge, no mínimo,
2 anos de idade. Outra vantagem é que como a raça é originária de putsza,
a estepe húngara, onde há invernos rigorosos e verões extremamente quentes,
este cão também está acostumado a grandes variações climáticas.
O Komondor é também por natureza muito limpo e não possui odor forte, característico
da maioria das raças caninas.
VIGIA EFICAZ Muito leal aos donos e com um senso territorial bastante aguçado,
o Komondor tem sido utilizado também como cão de guarda. Extremamente alerta,
também não deixa de observar qualquer movimento e ruído por mais distante
que ele esteja.
De porte gigante (as fêmeas chegam a atingir 70cm de altura e os machos, 80),
peluda e muito ágil, a raça já impõe respeito assim que é visualizada.
Este
cão "tem o costume de ainda se posicionar em locais estratégicos do terreno
de modo que tenha a visão mais ampla possível do local". Assim, de seu olhar
atento não escapa nada. Quem invadir seu território não terá perdão. Será
fortemente atacado. Assim como também o será se esboçar reação agressiva com
seus donos.
É preciso saber, no entanto, que este cão não ataca estranhos sem motivo.
Se for sociabilizado desde pequeno, aceitará pessoas desconhecidas se as mesmas
estiverem devidamente acompanhadas de seu dono, ou seja, se forem apresentados
ao Komondor pelo dono.
No entanto, com os donos ele é extremamente afetuoso e companheiro. Adora
estar sempre perto da gente, vigiando como se fosse um guarda-costas. Apesar
do tamanho imenso, ele também é muito cauteloso, especialmente com crianças,
pois gosta de estar com elas. O espírito brincalhão, calmo e alegre da raça
fazem desta união uma dupla perfeita. Seu instinto natural de proteção, desenvolvido
durante séculos, faz igualmente com que conviva bem com qualquer animal: gatos,
galinhas, vacas e outros. Entretanto, com outros cães o Komondor acaba sempre
querendo disputar a liderança e quase sempre ganha a parada por causa de seu
porte avantajado ser e bastante intimidatório. A raça é tão boa no trabalho
como pastora de rebanhos, por causa desse seu instinto de proteção aguçado,
que além do dono quem mais confia no Komondor são as próprias ovelhas.
" Texto: Carmen Olivieri.