HBM Consultores Associados Ltda.

A organização estratégica

com vistas à contingência ambiental

* Oscar Luiz da Silva Júnior M.s.

 

A questão proposta de fundamental importância para a organização estratégica - " como organizar os meios materiais e humanos (os custos) de tal sorte que se pratique o preço de mercado e se remunere o lucro da empresa" - apresenta dois caminhos que devem ser trilhados em paralelo: o primeiro é a pesquisa do composto de marketing conhecido através da relação entre o produto, o seu preço, a forma de promoção e as vias de distribuição; o segundo é a estruturação do fluxo operacional em atividades que agreguem valor ao produto.

 

O primeiro caminho vai estabelecer o modelo de eficácia da organização, ou seja, fixará os objetivos externos da organização, que é materializado pelos três pares de relações entre: o produto e a sua qualidade; o preço e a respectiva quantidade; e, a disponibilidade associada à oportunidade.

 

O segundo caminho vai estabelecer o modelo de eficiência da organização, ou seja fixará os objetivos internos da organização, enquanto um conjunto de normas, métodos, regras e procedimentos que são traduzidos em economia interna de todos os processos operacionais.

 

O trilhar em paralelo dos dois caminhos implica, necessariamente, que a eficiência (a economia interna de todos os processos operacionais) esteja permanentemente subordinada à eficácia (os objetivos externos) dentro de uma ótica de adaptação constante da organização à contingência ambiental.

 

A eficiência apoia-se na ênfase duas funções importantes da Administração que são traduzidas pelas ações de organizar e de dirigir. Nesse sentido, vale dizer que somente se organiza o que se pode dirigir.

 

A solução da questão proposta começa a se materializar através das seguintes ações:

  1. estabelecer os objetivos de eficácia;
  2. estabelecer os objetivos de eficiência traduzidos pelo custo padrão;
  3. elaborar o custo padrão identificando os custos fixos e variáveis, os custos diretos e os custos indiretos;
  4. transformar sempre que possível os custos fixos em variáveis;
  5. eliminar sempre que possível os custos que não agregam valor.

 

A materialização dessas ações não esgotam a solução, pois não basta estabelecer objetivos e elaborar o custo padrão. Há que se considerar, seriamente, as possibilidades de diminuição dos custos fixos e dos custos indiretos através de novas formas de organização das relações de produção como: a especialização flexível; a terceirização; e, a cooperativa.

 

Assim sendo, a reflexão proposta é " como as novas formas de organização das relações de trabalho podem ser parceiras fiéis do desenvolvimento do trabalhador, com vistas à organização estratégica"?

 

Até a próxima edição.

 

* o autor é professor universitário e consultor empresarial.

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