A análise do ambiente é fator crucial para a capacidade de adaptação da empresa. É preciso que a organização conheça os fatores que influenciam o seu negócio e saiba como enfrentar os seus concorrentes. Alguns modelos de planejamento estratégico essencialmente incrementalistas não mais funcionam. É preciso pensar diferente sobre estratégia. As empresas bem sucedidas são aquelas que ditam as regras do seu setor.

Todo o processo de adaptabilidade organizacional a um mundo em constante e rápida evolução exige que os gerentes das empresas, que pretendem se perpetuar de forma rentável, utilizem o seu tempo pensando sobre o futuro.

Muitas vezes, a pergunta que surge nas organizações é como conseguir planejar o futuro sem descuidar do presente. A resposta está na necessidade de construir empresas que estejam orientadas para os seus processos. Pensar de uma forma departamentalizada normalmente impossibilita o compartilhamento de capacitações entre os membros da organização.

O papel do executivo é gerenciar oportunidades, alavancar recursos e promover um ambiente agradável para se trabalhar. O que o modelo tradicional de redesenho (normalmente baseado em downsizing) proporciona é um ambiente de completa insegurança e desconfiança. O papel dos executivos em ambientes desse tipo é reforçar que a falta de eficiência pode custar a perda dos empregos. Em ambientes assim, como pode ser possível pensar no futuro?

Organizações de alta performance, de qualquer porte, possuem uma característica comum: a participação dos funcionários independentemente do nível. A maneira de buscar essa integração é desenhar uma organização de forma consistente, indicando quais os caminhos que deve seguir e, somente a partir disso, definir a estrutura organizacional necessária.

Para aquelas empresas que buscam o lucro no curto prazo, mas não se preocupam com a sua rentabilidade e com a sua posição no futuro, pensar em redesenho organizacional não tem relevância. Quando houver algum tipo de pressão ambiental que comprometa a sua posição e os seus resultados basta realizar um rearranjo estrutural (entenda-se como redução do quadro de funcionários). Para aquelas que pretendem definir o setor em que atuam, um projeto de redesenho organizacional (não uma simples revisão de estrutura) deve fazer parte da agenda organizacional. Os seus gerentes têm o dever de pensar sobre o futuro e a alta administração deve, mais do que permitir, estimular que isso aconteça alocando os recursos necessários.

É inquestionável que a estrutura organizacional pode contribuir para a adaptabilidade da empresa ao meio ambiente, mas não se pode perder de vista a necessidade de reavaliar os processos de trabalho. Pensar em redesenho sem refletir sobre os processos que possibilitam e suportam a capacidade da empresa de tornar-se competitiva no longo prazo seria considerar que a estrutura é que deve definir as estratégias a serem adotadas pela organização.

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