O uso do método do caso na Harvard Business School começou em 1908, por Edwin F. Gay, primeiro Diretor da Escola, fundador da Harvard Law School, e introdutor da idéia nos cursos de Direito Comercial da Escola de Negócios. O uso do método se intensificou a partir de 1912, e desde 1940, essa instituição passou a usar em larga escala esse método nas áreas de relações humanas e de responsabilidades sociais na liderança de negócios. Desde então, consagraram-se e vêm sendo utilizados nas principais escolas de todo o mundo para ensinar os futuros administradores a estruturar problemas e exercitar julgamento e tomada de decisão.
O estudo de administração de empresas - por estar inserido no mundo das ciências humanas - não apresenta modelos ou regras gerais que possam ser aplicadas em todas as situações. Decisões acertadas em uma determinada empresa, sob um certo conjunto de circunstâncias, podem não ser as mais adequadas para a mesma empresa, algum tempo depois. O embasamento teórico tem a finalidade de formar o profissional, de modo a que esteja preparado a enfrentar as circunstâncias diversas da realidade, adotando a linha de conduta que seja mais adequada para cada situação específica que vier enfrentar.
Um caso é a descrição de uma situação ou problema, objeto de decisão que foi determinada ou que necessita ser tomada. O caso geralmente envolve uma decisão, um desafio, uma oportunidade, um problema ou um assunto que as pessoas enfrentam em uma empresa. Do ponto de vista científico, um caso isolado não pode ser utilizado para a construção ou validação de teorias - desse modo, o uso de casos deve ser visto como um apoio para a apresentação de determinados conceitos. Em outras palavras, o estudo do método do caso visa estabelecer um elo entre a habilidade baseada na experiência prática com o conhecimeto teórico.
O case permite que os alunos atuem no papel de quem decide, mas sem os riscos envolvidos na situação. Ou seja, proporciona oportunidades de identificar, analisar e resolver problemas e preparam para atuar melhor no mercado de trabalho. Algumas das habilidades que podem ser desenvolvidas com a prática de cases são: análise, tomada de decisão, comunicação oral (em debates ou exposições orais) e escrita, gerenciamento de tempo, relacionamento social ou interpessoal, além de criatividade.
O estudo de casos apresenta uma vantagem adicional: permite ao aluno efetivamente participar de diversas outras experiências - ou seja, propicia um enriquecimento do nível prático de conhecimentos dos alunos.
A maior dificuldade da elaboração de um caso se encontra na delimitação precisa de uma certa situação - que seja passível de ser tratada através desse método - e na redação, de modo que seja atrativa ao aluno e obtenha os efeitos pedagógicos esperados. Adicionalmente, pode-se falar da dificuldade que consiste na redação de um caso de forma neutra, ou seja, sem que o autor coloque as suas opiniões pessoais sobre o objeto do estudo.
Todo estudo de caso apresenta limitações. A situação retratada pode estar em um passado muito distante ou pode ter ocorrido em um outro país. A firma pode ser conhecida e ter vindo a passar por alterações posteriores à situação descrita no caso. Os dados apresentados no caso normalmente apresentam algumas lacunas, incitando perguntas sobre as mesmas, e dificultando a discussão do caso apenas apoiada naquilo que foi disponibilizado para todos. Ou finalmente, especialmente no uso do método em Cursos de Mestrado, os presentes à discussão do caso podem conhecer detalhes adicionais sobre a situação ou empresa descrita - e dificilmente irão deixar de apresentar essas informações, atrapalhando o planejamento previsto pelo professor.
Um estudo de caso não é como um problema de física. Isto é, não tem solução. E nem é para isso que se utiliza. O importante do estudo é conhecer com profundidade um certo caso que foi preparado. Por outro lado, o estudo do caso deve levar:
Finalmente, os participantes de um estudo de caso aproveitam melhor o exercício: