NEGOCIAÇÃO


Navegar é Preciso, Competir também...

Não se recomenda nem a concorrência selvagem com os colegas de empresa, nem a atitude passiva, de quem tudo aceita, na ilusão de que a tolerância leva à harmonia da equipe.

A competição saudável se dá no campo da competência, de projetos, idéias e propostas. Porém, em algumas situações é preciso saber brigar – por exemplo, se algum colega recorre a métodos ilegítimos para obter vantagens. Ou seja, a competição é inescapável. Mas, quando isso for necessário, que seja da forma correta e por objetivos válidos. Quem adota a agressividade como norma no ambiente de trabalho, fatalmente perderá o foco e dedicará mais energia às brigas pessoais do que aos objetivos da empresa, e, sem dúvida, acabará colecionando inimigos. Como qualquer crescimento apenas ocorre em equipe, é preciso saber trabalhar em grupo.

Em qualquer competição, há o outro lado da moeda: sempre existem os que assumem o papel de vítimas, e dizem que foram atropelados por colegas ambiciosos. Porém, são os mesmos colegas que vivem colocando a culpa de seus fracassos nos outros. É o chefe carrasco, ou a falta de tempo para um curso de inglês. As desculpas fazem com que se deixe de ser pró-ativo e de se lutar por projetos. A pessoa passiva é o avesso do competidor desenfreado, e precisa perceber que o sucesso não é uma dádiva, mas uma conquista pessoal. Como tal, é construída com persistência e ética. E a dose certa de espírito competitivo.

Enfim, é preciso brigar contra os inescrupulosos, assim como também é preciso uma certa dose de briga para conseguir emplacar qualquer boa idéia em qualquer organização. Os insucessos não podem ser totalmente atribuídos aos que brigam por brigar, porque sempre há também uma dose de não ter sabido competir – ou mesmo, faltou defender-se na hora certa.

Bibliografia

A competição saudável. Gazeta Mercantil. 20/10/2005.